7 de maio de 2011

Dead Rising 2 [Zombrex Edition]

A caixa dos comprimidos.
Desenvolvido por: Capcom, Blue Castle Games
Publicado por: Capcom
Produtor: Keiji Inafune
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360, PC
Lançamento: 24-09-2010 (EU, EUA), 28-09-2010 (EUA), 30-09-2010 (JP)
Género: Acção, Aventura, Surival Horror
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores (Co-Op online), Modo multiplayer online para até quatro jogadores
Media: BluRay + DVD-Rom (Making Of)
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (2.8GB mínimo), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com DualShock 3, Suporte HD 720p e 1080i, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes.

(Sol, chuva, sol, chuva, sol, chuva...)

Zombies! Já escrevi imenso acerca deles por estas bandas portanto não vou estar a repetir novamente aquilo que provavelmente já leram anteriormente ou já sabem por "experiência". Em vez disso prefiro escrever um pouco acerca desta edição que me chegou à mãos pouco depois do seu lançamento em Setembro de 2010, por cerca de 35 euros. Como é costume, foi comprada online para evitar alimentar os chulos de cá. Tratando-se da Zombrex Edition, vem num steelbook, em forma de caixa de comprimidos que comporta o disco de jogo e um DVD com o Making Of. Ao contrário da versão americana, não traz os panfletos de informação médica nem as brochuras do medicamento, o que é pena pois torna-a um pouco incompleta a meu ver. Mas tal como esta, faz-se acompanhar de uma pequena caixa de cartão onde está incluída uma réplica de uma seringa, semelhante às que apanhamos no jogo para administrar o "antídoto" aos que foram infectados para prevenir a transformação. Neste caso, esta seringa é uma caneta com um líquido azul. E sim, escreve. :P


E o antídoto intravenoso.
Dead Rising 2 só pelo nome é um chamariz para os fãs de zombies e tudo isto porque tem zombies em maior quantidade que qualquer outro jogo ou filme que conheçam. A trama começa cinco anos após os eventos do primeiro jogo, onde Chuck Greene, um antigo campeão de Motocross, compete num controverso programa de televisão chamado Terror Is Reality que decorre em Fortune City para ver se consegue arrecadar o prémio para comprar Zombrex, um medicamento que previne a transformação de quem foi mordido por um zombie. O objectivo é apenas um: impedir que Katie, a sua filha se transforme pois foi mordida anteriormente pela sua mãe, no surto que deflagrou em Las Vegas. No entanto, após ter competido neste programa, onde o objectivo é exterminar zombies em diversos mini-jogos contra outros participantes, ocorre uma explosão em Fortune City e um novo surto rapidamente começa a espalhar-se por esta pequena cidade do pecado. Cabe a Chuck sobreviver e ajudar os outros a sobreviverem, recorrendo para tal a tudo o que lhe venha à mão...

O costume mais os extras.
Decorrendo inteiramente numa pequena cidade completamente fechada ao exterior, Dead Rising 2 aposta num visual muito temático, fruto do conceito desta mesma cidade onde o que podemos ver com fartura são casinos. Consegue porém variar um bocado, mostrando-nos outras localizações como um hotel, uma arena para o tal programa de televisão, dois centros comerciais com imensas lojas de todos os tipos, áreas de restauração e toda uma área subterrânea para percorrer. A atenção ao pormenor é algo que não escapa em Dead Rising 2, sendo que em todos os locais há sempre pequenos detalhes que saltam à vista e lhe conferem um gostinho especial. Não sendo um jogo com uma vasta área para explorar tem no entanto muitos e muitos zombies para impedir o nosso progresso. Estes aparecem nas mais variadas formas e feitios, estando extremamente bem concebidos em termos de modelos tridimensionais com animações decentes e um particularidade: aparecem às dezenas! O motor de jogo assim o permite, chegando a estar até 7000 em simultâneo no ecrã, ainda que os nossos olhos não consigam ver assim tantos, ou pelo menos, contá-los. Mas o facto é que estão lá e o jogo não sofre muito por isso, mantendo uma framerate quase constante em todas as ocasiões. Por vezes quando estamos a desfazer muitos, poderá ocorrer uma quebra mas nada de alarmante. Os modelos das personagens estão muito bons, com bastante pormenorização, especialmente em Chuck que pode optar por mudar de visual sempre que encontrar uns trapitos novos. Claro que a minha atenção recaiu essencialmente nas personagens femininas mais proeminentes como Rebecca. Sabe-se lá porquê...

O antídoto não funcionou...
No campo sonoro, Dead Rising 2 está repleto de grunhidos até mais não. É muito provavelmente o que irão ouvir mais durante o jogo inteiro. Música existe mas é algo muito secundário neste jogo visto resumir-se à própria música ambiente do espaço em que nos encontramos criando assim a atmosfera ideal para o espaço. Fora os grunhidos, vão ouvir muito som de cortar, esmigalhar e desfazer, enquanto tentam abrir caminho pelas hordas de zombies que não têm fim. Os diálogos fazem parte integrante da história pelo que vão ocorrer com frequência durante as inúmeras cutscenes, com um voice-acting bastante agradável e personagens muito bem conseguidas em termos de caracterização psicológica.

Chuck diverte-se sobre rodas.
Chegados à parte jogável de Dead Rising deparamo-nos com um mar de possibilidades. O jogo atenta num sistema de missões que têm um tempo limite para serem feitas, desde salvar pessoas, apanhar uma dose de Zombrex para dar a Katie e derrotar psicopatas que se andam a aproveitar da situação. Falhar estas missões incorre em penalidades que podem levar o jogador a ver um final menos favorável às personagens. Por outro lado, fazer as missões todas pode tornar-se complicado devido ao tempo apertado que seja para as fazer, quer seja para o final do jogo, visto haver uma deadline até o exército chegar à cidade. Este limite de tempo afastou muitos jogadores que são avessos a este tipo de coisas. Pessoalmente não gosto mas tolero. Relativamente às personagens, para além de Chuck existe um número enorme de NPC's que nos ajudam mas que na maioria do tempo temos de ser nós a ajudá-los nas diversas missões. Chuck por si só, é uma excelente personagem que tem a possibilidade de usar qualquer tipo de objecto como arma contra os famintos zombies. Melhor ainda é que pode combinar diversos objectos para construir armas ainda mais poderosas e isto é feito através das Combo Cards, espalhadas pela cidade. Algumas só as encontramos se combinarmos determinados objectos, sendo essas as secretas. Para além de andar a salvar pessoas e a espalhar sangue e bocados de corpos, Chuck tem ainda de lidar com os psicopatas que se traduzem em bosses, alguns deles bem difíceis. Para tal, Chuck vai evoluindo, estilo RPG, ficando mais forte e com mais energia ganhando Prestige Points (PP) que são no fundo a experiência neste jogo. Mesmo com tudo isto ainda existem algumas side missions onde Chuck poderá fazer certas coisas que não terão impacto na história mas não deixam de ser divertidas.

Tanta carne para canhão!
Sozinho ou com um amigo em Co-Op, Dead Rising 2 é um jogo difícil inicialmente pois os inimigos são demasiado fortes, ou nós é que somos demasiado fracos pelo que podemos ir evoluindo Chuck até certo ponto, ignorando missões. O próprio jogo encoraja-nos a fazer isso pois podemos começar tudo de novo mas reter o progresso que fizemos a Chuck. Isto no fundo é dizer, da primeira vez não tentem acabar logo o jogo, percam algumas horinhas a evoluir, comecem de novo com a personagem evoluída. Em Co-Op poderá ser um pouco mais fácil mas ainda assim se o nosso companheiro for ferido teremos de o salvar e se estivermos demasiado longe ele morre e tudo acaba. Triste mas verdade e até frustrante para alguns. O modo multiplayer é um dos extras que Dead Rising 2 oferece e no fundo deixa-nos competir nos eventos de Terror Is Reality, divididos em diverso mini-jogos divertidos mas extremamente sádicos onde a vitória nos recompensa com dinheiro que podemos usar depois no modo single-player para podermos comprar certos objectos nas lojas da cidade que ainda têm alguém para vender algo. Não é um modo terrivelmente viciante, até porque só permite até quatro jogadores em simultâneo mas é divertido q.b., ainda que ache que deviam ter incluído um modo splitscreen para este modo pois seria muito, mas muito melhor.

E Dead Rising 2 resume-se a isto, basicamente. Sobreviver, ajudar a sobreviver ou se preferirem andarem a desfazer zombies sem pensarem muito. Já é sabido que terá uma sequela muito provavelmente mas por enquanto já vai sofrer um upgrade com Dead Rising 2 - Off The Record, onde vamos poder jogar com Frank West, protagonista do primeiro. Enfim, palavras para quê! Mas pelos zombies e tanta carnificina, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, tiros e muita confusão em multiplayer! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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