22 de maio de 2011

The Legend of Zelda: Ocarina of Time

Needs more gold!
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director(es): Shigeru Miyamoto, Yoichi Yamada, Eiji Aonuma, Yoshiaki Koizumi
Produtor(es): Shigeru Miyamoto
Artista: Yusuke Nakano
Argumentista(s): Toru Osawa, Shigeru Miyamoto,Yoshiaki Koizumi
Compositor: Koji Kondo
Plataforma(s): Nintendo 64, Nintendo GameCube, iQue Player,, Virtual Console, Nintendo 3DS
Lançamento: Versão N64 - 21-11-1998 (JP), 23-11-1998 (EUA), 11-12-1998 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 256-megabit
Funcionalidades: 3 slots para gravação de progresso no cartucho
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes na N64.

(É domingo, capitão óbvio.)

Lá está o maldito autocolante...
Certos jogos marcam épocas, seja pelas proezas técnicas que desempenharam ou simplesmente porque foram lançados em conjunto com uma consola nova. No entanto outros não se enquadram em nenhum destes cenários mas sim no da expectativa que criaram ainda antes do lançamento e posteriormente no culto que geraram devido a serem tão especiais. O jogo de hoje é um dos melhores exemplos de que há memória pois para além de ser um ícone de excelência de uma consola, marcou uma geração de jogadores bem como virou uma página na história. Este meu exemplar chegou-me às mãos pouco depois do seu lançamento europeu, baratinho ainda que não me lembre ao certo quanto paguei pelo mesmo. Mas considerando que foi uma aquisição por fora ao meu contacto na Concentra, terá sido uma verdadeira pechincha! :) Belos tempos, belos tempos...


Manual, papelada e cartucho.
The Legend of Zelda: Ocarina of Time dispensa apresentações mas ainda assim creio que não será de todo errado fazê-lo visto alguns não o conhecerem. Foi o primeiro Zelda a fazer a passagem para as três dimensões, dando um saltinho dos 16-bit até aos 64-bit, em toda a sua glória. Para muitos foi também o primeiro Zelda que jogaram, dai o seu imenso valor. A história passa-se antes dos quatro primeiros jogos da saga e depois do futuro Skyward Sword. O jovem Link tem um pesadelo onde vê Ganondorf a raptar a princesa Zelda, numa noite tempestuosa. Após ter sido acordado pela sua fada Navi, Link apresenta-se diante da Great Deku Tree, que após saído do feitiço em que se encontrava, com a ajuda de Link, informa-o de que um misterioso homem do deserto planeia apoderar-se do Triforce e conquistar Hyrule. Assim, Link tem de ir até ao castelo de Hyrule para falar com a princesa, alertando-a para este perigo eminente. Ainda antes de partir, a sua amiga Saria dá-lhe a Fairy Ocarina, que irá ter um importante papel no decorrer desta epopeia.

Folheto promocional, Game Boy side.
Visualmente a mudança foi total. Longe vão os cenários bidimensionais e os sprites pequeninos mas impecáveis na sua concepção. Em Ocarina of Time espera-nos um enorme mundo tridimensional, onde Hyrule ganha vida e tudo à sua volta se mexe de forma harmoniosa. Os cenários são vastos, com todo o detalhe a que têm direito e fazendo pleno uso da sua tridimensionalidade ainda que em certas instâncias se tenha recorrido à utilização de gráficos pré-renderizados, um pouco também para compensar a limitação que o cartucho impunha. Mas não perde pormenor por isso, muito menos perde variedade pois todas aquelas localizações que fazem parte do imaginário de Zelda, estão aqui fielmente recriadas. Os modelos 3D das personagens e inimigos estão muito bons, com especialmente atenção ao pormenor em determinados aspectos mas acima de tudo, com uma óptima fluidez e muito bem animados. Desde Link, passando por Epona, tudo em Ocarina of Time se mexe como seria de esperar. Os efeitos visuais também têm o seu papel neste jogo, ainda que bilinear filtering estrague um pouco as coisas em certas partes. Interessante é ver que o dia passa dando lugar à noite, de forma natural ou não fosse o tempo o aspecto mais importante deste jogo.

A nível sonoro, o mestre Koji Kondo traz-nos mais uma fabulosa banda sonora com músicas intemporais e acima de tudo, nostálgicas pois lembramo-nos imediatamente dos jogos antigos. Sendo algumas músicas re-arranjos das antigas, outras pelo contrário são completamente novas transmitindo exactamente aquilo que a saga Zelda é e sempre será, uma aventura como nenhuma outra. Embora não exista voice-acting, as poucas vozes existentes estão muito boas, provando que os cartuchos da N64 conseguiam albergar uma sonoridade muito próxima do CD e neste caso com a mesma qualidade. Todo o som no geral é bom. Seria de estranhar se não o fosse num jogo da própria Nintendo.

Folheto promocional, N64 side.
Na jogabilidade, Ocarina of Time é um belo exemplo de como se pode controlar uma personagem em ambiente 3D, com auxílio de uma boa câmara que não nos atrapalha nos momentos que mais precisamos dela. Link move-se com bastante destreza e com o decorrer da aventura vai adquirindo mais itens e movimentos que lhe permitem levar a melhor nas batalhas que se avizinham. Por outro lado, mantém aquela mística dos jogos antigos no que toca a exploração, pois para além da história a seguir, existem várias side quests a ponderar e que nos recompensam devidamente, isto para não falar nos diversos mini-jogos espalhados por Hyrule. Navi acompanha-nos, ocasionalmente dando pistas acerca do que fazer. Para nos deslocarmos, a melhor opção será a cavalo contando para tal com a ajuda de Epona mais lá para a frente. O combate é do mais simples que existe, fazendo uso da função Z-Targeting, que como o nome sugere, podemos activar ao pressionar o botão Z, fazendo lock-on ao inimigo mais próximo. Ainda que se trate de um action RPG, por vezes somos levados a agir de maneira diferente pelo que devemos agir com calma e sem sermos vistos, como se fossemos o Solid Snake, conferindo assim variedade ao jogo e acima de tudo divertimento. Como seria de esperar, Link pode viajar no tempo e as suas acções têm repercussões no passado e futuro, sendo a ocarina um dos itens de maior importância no meio disto tudo. De resto é o que já conhecemos, masmorras desafiantes e bosses a condizer, como a saga Zelda bem nos habituou.

O pequeno Link vai cascar naquele bicho.
Ocarina of Time foi um sucesso em todos os aspectos, ao ponto de ter sido relançado novamente na GameCube, com parte da edição especial do Wind Waker. Esta edição intitulada Master Quest oferecia algumas diferenças a nível visual, ainda que poucas mas acima de tudo masmorras com layouts diferentes e novos puzzles, aumento ainda mais a dificuldade. Water Dungeon anyone? Esta edição era para ter sido lançada no defunto add-on 64DD sob o nome Ura Zelda (Another Zelda) mas tal não se sucedeu. O jogo normal ainda fez parte da compilação The Legend of Zelda: Collector's Edition, que trazia ainda The Legend of Zelda, The Adventure of Link, e Majora's Mask. Mais recentemente, a 3DS vai ter uma edição actualizada desta aventura com muitas surpresas.

Não é todos os dias que aparecem jogos como este e The Legend of Zelda: Ocarina of Time é tido como um dos melhores da saga e acima de tudo, um dos melhores jogos de sempre no geral. E não podia estar mais de acordo com isto daí que só me resta dizer que é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Mais um RPG, já amanhã no GBA. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Um clássico que com muita vergonha digo que ainda não o terminei. Apesar de já estar farto de saber como o jogo termina, tenho mesmo de pegar na minha cópia de GC para o acabar.

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