24 de maio de 2011

The Legend of Zelda: Link's Awakening

Isto é uma capa digna de Zelda!
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director: Takashi Tezuka
Produtor: Shigeru Miyamoto
Artista: Yoichi Kotabe
Argumentista(s): Yoshiaki Koizumi, Kensuke Tanabe
Compositor(es): Kazumi Totaka, Minako Hamano, Kozue Ishikawa
Plataforma: Nintendo Game Boy
Lançamento: 06-06-1993 (JP), Agosto de 1993 (EUA), Dezembro de 1993 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 4-megabit
Funcionalidades: 3 slots para gravação de progresso no cartucho
Outros nomes: Zeruda no Densetsu: Yume o Miru Shima (ゼルダの伝説 夢をみる島 que se traduz em "The Legend of Zelda: The Dreamed-Up Island") (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o cinco ou seis vezes.

(Mais um jogo a caminho...)

O autocolante tinha de estragar...
Game Boy, a pequena máquina da Nintendo que tantas horas de jogatana proporcionou fosse onde fosse. Aquela máquina que tantas vezes foi escondida para que estivesse com atenção nas aulas e fizesse os deveres quando chegasse a casa. E tantas vezes caiu ao chão, andou de mão em mão para que todos jogassem um pouco mas ao fim de tantas aventuras continua a funcionar como se fosse o primeiro dia em que saiu da caixa. É verdade, ainda funciona bastando para tal ter quatro pilhas AA. Digamos que os jogos que por lá passaram ascenderam às centenas, numa época em que todos tinham um Game Boy e emprestar jogos era algo comum pois não havia o problema de riscar superfícies de leitura e afins, como acontece hoje. Um dos jogos que passou e ficou foi o de hoje, que neste caso foi uma prenda de aniversário, creio que em 1994.


Manuais, cartucho e papelito.
The Legend of Zelda: Link's Awakening marca o debut de Link na portátil da Nintendo, mostrando o verdadeiro potencial desta máquina. Cronologicamente, a saga Zelda é uma confusão danada mas no que concerne a este título, a história decorre após os eventos de A Link to the Past, onde o nosso herói decide aventurar-se fora de Hyrule. Fazendo-se ao mar numa pequena embarcação, Link é surpreendido por uma enorme tempestade que o leva até à remota Koholint Island, onde é encontrado inanimado na praia por uma jovem rapariga chamada Marin, que se assemelha muito à princesa Zelda, fisicamente. Marin leva Link para a sua casa onde com a ajuda do seu pai Tarin, que se assemelha a Mario, fazem com que o nosso herói volte de novo à estrada. Link fica a saber que nesta ilha isolada existe uma criatura de nome Wind Fish, que ao ser acordada do seu sono eterno lhe dará a possibilidade de regressar a casa. Assim começa mais uma aventura cheia de surpresas.

Link encontra a sua melhor amiga.
Link's Awakening é daqueles jogos que só pelo seus visuais merece ter nota máxima. Mas é preciso analisar a coisa com alguma minuciosidade. Embora se trate de uma consola de 8-bit, o grafismo deste jogo assemelha-se sem dúvida alguma ao do jogo de SNES, com sprites bonitos e bem animados, imensos pormenores em tudo quanto é objecto e cenários, sempre com uma fluidez constante. Dá gosto explorar esta ilha que tantos mistérios alberga, enquanto nos deslumbramos com a qualidade gráfica que nos oferece pois em todas as localizações são distintas umas das outras com temas visuais bastante variados. Uma vez mais isto prova que o Game Boy era bem superior à NES no departamento visual, sendo que a única coisa que falhava era mesmo a cor que se cingia a tons monocromáticos. Ainda assim, toda a atenção despendida com o detalhe é impressionante e faz deste jogo um dos melhores que já vi num ecrã tão pequeno.

O som, esse, é igualmente bom. As músicas são uma das partes mais memoráveis em qualquer Zelda e este não é excepção. Facilmente reconhecemos alguns dos temas, presentes noutros jogos bem como outros exclusivos para este que tiram pleno partido do hardware do Game Boy. Os efeitos sonoros são bastante competentes mas acima de tudo agradáveis e conferindo um excelente toque a toda a acção. Confesso que antigamente não ligava muito a isto mas a verdade é que o som sempre fazia a diferença em certos títulos.

Uma luta como tantas outras.
Quando chegamos à parte da jogabilidade deparamo-nos com um jogo de uma simplicidade extrema mas que tanto conteúdo tem para oferecer. Controlar Link é um mimo e as suas acções podem ser atribuídas aos botões A e B como bem entendermos. Existem N objectos para apanharmos e descobrirmos, com diferentes usos e que vão ajudar no decorrer desta aventura. Um dos mais interessantes e também novidade nesta saga é a Roc's Feather que permite Link saltar, algo que até agora era impossível. Outros incluem itens e armas já nossas conhecidas, como a espada, boomerang, escudo, bombas e afins. A aventurar decorrer como em qualquer outro jogo, existindo oito masmorras para explorar com mini-bosses e bosses para derrotar, alguns deles exigindo certas estratégias. Puzzles são mais do que muitos e há um particularmente complicado, de início. Como acontecia no jogo de SNES, neste também existem diversas side quests opcionais para se fazerem, algumas delas com boas recompensas. Para nos ajudar, um mapa está a nossa disposição para não no perdermos. Algo que este título apostou foi a interacção constante com as NPC's que povoam a ilha, dando-nos pistas ou novas tarefas.

Eis o gordalhufo do Wind Fish.
Link's Awakening também introduziu alguns elementos que se tornaram standard noutros futuros jogos, como por exemplo o mini jogo de pesca e a utilização da ocarina, podendo Link aprender novas músicas que o ajudarão na sua demanda. Para além disto existem ainda outros mini jogos espalhados pela ilha. Este jogo é também o único onde várias personagens Nintendo fazem aparições, como por exemplo Yoshi, a princesa Peach, Wart de Super Mario Bros. 2 e até Kirby, entre outros. É também o primeiro jogo da saga onde podemos roubar a loja da ilha, incorrendo num severo castigo se formos apanhados e sofrendo uma alteração de nome no ficheiro de gravação, para THIEF. Outras pequenas pérolas incluem aldrabarmos o vendedor, quando por exemplo compramos algo bastante caro, onde ao pressionarmos os quatro botões do Game Boy para gravarmos, o dinheiro não é descontando na totalidade. E para terminar este pequeno desvio de curiosidades, um glitch no jogo permite sequence breaking à grande, bastando carregar em Select quando estamos a mudar de ecrã ao passarmos de uma área para outra. Isto faz com que Link seja transportado para as extremidades do ecrã, tendo acesso a áreas contíguas àquela onde se encontra. Ocasionalmente isto pode resultar em ficarmos presos e o reset é eminente.

Resumindo isto tudo, The Legend of Zelda: Link's Awakening é para mim um dos melhores até à data. Tem tudo aquilo que gosto num jogo deste género sem se esticar demasiado nem ser difícil. Por outro lado é portátil o que o torna ainda melhor. Por todos estes motivos é um JOGALHÃO DE FORÇA! Sem sombra de dúvidas.

Mais clássicos na SNES, já amanhã. :D

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Esse jogo está em óptimo estado mesmo, até dá inveja. ;)
    E autocolantes gigantes em caixas de papelão é realmente um crime que a Concentra devia ser punida severamente.

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