21 de maio de 2011

Fallout 3 [Collector's Edition]

A lancheira!
Desenvolvido por: Bethesda Game Studios
Publicado por: Bethesda Softworks, ZeniMax Media
Designer(s): Emil Pagliarulo, Todd Howard, Istvan Pely
Compositor: Inon Zur
Motor Gráfico: GameBryo
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360. PC
Lançamento: 28-10-2008 (EUA), 30-10-2008 (EU), 04-12-2008 (JP)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação de 4.3GB no disco rígido, Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes, sem medos!

(Nada a declarar, escrever, dizer, etc e tal.)

A lancheira, parte traseira.
Se são leitores habituais aqui do estaminé, devem ter reparado que os alguns dos últimos jogos levaram com cinco murralhões, salvo seja. Ora bem, é pura coincidência que tal tenha acontecido pois eu não coloquei jogos que realmente gostei juntos para que tal se sucedesse. Curiosamente isto não se fica por aqui agora que confirmei a lista de futuras publicações pois mais alguns se seguem, incluindo o jogo de hoje e o de amanhã. Em relação ao de hoje, é uma edição especial pois sendo fã desta série tinha de ter a melhor edição que saísse e assim foi. Esta edição, denominada Collector's Edition para além de conter um exemplar do jogo, como é óbvio, traz ainda um BluRay com o Making Of, um pequeno artbook de capa dura, um Bobblehead do Pipboy, tudo isto dentro de uma pequena lancheira em metal, à antiga! É uma edição especial à maneira, que só peca mesmo pelo jogo vir numa caixa de plástico comum ao invés de vir, por exemplo, num steelbook. Eu gosto destas mariquices. Custou cerca de 80 euros e foi adquirida na GAME do Almada Fórum, no lançamento, tendo sido uma das poucas pré-reservas que fiz em toda a minha vida. Muitos meses depois, haviam estas edição ao pontapé na Fnac por 40 euros. Mas não me arrependo nem um pouco... :P


E eis o lanche!
Fallout 3 passa-se em Washington D.C. num futuro retro pós-apocalíptico, no ano de 2277, 200 anos depois de uma guerra nuclear entre Estados Unidos e China devido à posse de recursos naturais. À semelhança do primeiro Fallout, começamos a nossa aventura numa das diversas Vault's, abrigos nucleares construídos pelo governo para albergar várias famílias que tivessem como pagar a sua salvação, mas a diferença é que começamos literalmente do zero, ou seja, nascemos e vamos crescendo dentro da Vault. A dada altura, o nosso pai James decide ir à sua vidinha fora da Vault, incitando a revolta do Overseer da Vault 101, fazendo com que este nos queira matar pelo sucedido. Começa assim a nossa demanda de sobrevivência, exploração e muitas surpresas, visto a Capital Wasteland ser um terrítório inóspito e cheio de mistérios.

Pipboy junta-se à festa.
A série Fallout popularizou-se pela sua trama e a sua componente RPG mas um dos pontos interessantes era o seu grafismo 2D isométrico, com imensos pormenores e detalhe por todo o lado. Com o advento desta geração actual, não se podia continuar dentro destes trâmites e a mudança foi inevitável. Ainda que se pudesse fazer algo dentro do estilo mas numa perspectiva tridimensional, optou-se por dar um look completamente novo ao jogo, claramente inspirado no trabalho que foi levado a cabo em Oblivion, visto tratar-se do mesmo motor de jogo. Assim Fallout 3 passou para a primeira pessoa, num mundo completamente 3D, ainda que possamos optar por jogá-lo numa perspectiva de terceira pessoa, caso o "modo" FPS não agrade. Esta foi sem dúvida uma mudança radical mas no geral agradou bastante. Os cenários apesar de variarem um bocadinho são praticamente sempre os mesmos, ou seja, devastação por toda a parte com um excelente ambiente mas que rapidamente cai na monotonia como era de se esperar. Não deixa de ter um ambiente excelente e completamente imersivo, constantemente a "dizer" ao jogador para explorar mais ainda. Esta versão de PS3 é nitidamente a pior de todas, com texturas piores do que a versão de X360, quebras de frames em certas partes, glitches gráficos e afins. Claro que isto se deve em parte ao motor de jogo, o GameBryo que falando mal e depressa é uma valente cagada mas serviu para este e para o jogo que se seguiu. Os modelos das personagens e inimigos até estão decentes, a nível de visual e detalhe mas na hora de se mexerem, por vezes as animações são estranhas e a física não é das melhores. Contudo conseguem fazer o seu papel sem grandes percalços e não atrapalham o desfrutar do jogo. Fora isso, tem pormenores visuais bastante interessantes e no geral é agradável de se ver.

Manual, disco e... lancheira!
Sonoramente, Fallout 3 apostou num elenco com vozes conhecidas, com Liam Neeson no papel de James, dando assim uma forte credibilidade neste campo e trazendo bastante realismo aos diálogos. E no geral, os diálogos com as imensas personagens são desde divertidos a sérios, com bastantes opções de resposta, conduzindo a diversos resultados, alguns inesperados. O som é algo que se destaca neste jogo, pois desde as armas aos inimigos, tudo tem uma qualidade acima da média e num RPG desta dimensão é importante ouvir tudo o que se passa à nossa volta. Os inimigos em si reagem aos nossos passos e isso pode determinar se vivemos ou morremos, quando por exemplo, se trata de encontrar um bando de Super Mutants. A música faz-se sentir um pouco por todo o lado ao longo do jogo, proporcionando essencialmente o ambiente adequado ao cenário devastador. Em certas instâncias é quase imperceptível mas noutras é bastante notória, principalmente durante as batalhas e especialmente se ouvirmos radio, onde passam músicas vintage da década de 40.

O bobblehead, de costas voltadas.
Fallout 3 mudou um pouco a maneira de jogar, com esta alteração de perspectiva mas retém elementos dos jogos anteriores. Ainda que possamos combater FPS style, esta não é a melhor abordagem se quisermos infligir uns critical hits em certas partes do inimigos. Para tal o sistema V.A.T.S. (Vault-Tec Assisted Targeting System) vem ajudar neste campo, assemelhando-se em tudo ao sistema usado nos jogos antigos. Basicamente, activamos o V.A.T.S. sempre que quisermos, bastando para isso ter Action Points para poder utilizar diversas acções. Dentro deste sistema, a acção pára momentaneamente dando-nos a escolher que parte do inimigo atingir, algo que o afecta em todos os aspectos. Um tiro na cabeça afecta-lhe a percepção e consequentemente a pontaria. Nas pernas afecta-lhe a velocidade e nos braços, impede-o de conseguir utilizar armas com precisão. Obviamente a utilização deste sistema é muito mais inteligente do que ir guns blazing para cima dos inimigos, pois a hipótese de sermos bem sucedidos é menor, a menos que estejamos ao máximo. Sendo um RPG, a evolução da personagem é a ordem do dia, com imensa personalização em termos de aspecto e claro, de atributos desde os pontos a distribuir pelos diversos campos, bem como os perks que conferem habilidades especiais e algumas bem caricatas. Se nos sentirmos sozinhos, algumas personagens estão dispostas a seguirem-nos consoante o nosso karma, que oscila entre o mau, neutro e bom, sendo regulado pelas nossas acções para com os NPC's e em certas quests.

Tantos amiguinhos...
A exploração é algo que Fallout 3 tem com fartura e cada localização que descobrimos é uma pequena delícia que nos faz ainda querer explorar mais, pois o mapa é gigantesco. Tratando-se se localizações reais, faz com que essa demanda de explorar seja ainda mais excitante. Por outro lado, apesar de seguir uma história, existem tantas, mas tantas side quests, que vamos dar por nós mais interessados nestas do que propriamente seguir a história para terminar o jogo, pois simplesmente não queremos que este jogo acabe! Sim, o jogo é viciante a esse ponto pois não nos cansamos de explorar. E com a exploração surgem surpresas como personagens caricatas, facções amigáveis e inimigas, e claro, muitos itens, que se traduzem em armas, armaduras e afins. Por outro lado o sistema V.A.T.S. torna-se viciante pois a acção decorre toda em slow motion, permitindo assistir a momentos extremamente violentos, não aconselhados a pessoas de estômago fraco. Podemos literalmente rebentar com qualquer pessoa ou criatura, excepto personagens importantes para a história e claro crianças. E quando digo rebentar refiro-me a desmembramentos, cabeças a explodir e essas coisas todas. Não é que tenha piada mas é terapêutico num sentido subjectivo.

Podia estar aqui a escrever acerca de Fallout 3 durante horas mas não iria conseguir referir tudo o que este jogo tem para oferecer. Assim por alto, se pretenderem fazer tudo porque são jogadores persistentes, esperam-vos umas boas 100 horas de jogo, isto em média considerando o tempo que levei e como "bom jogador" neste género de jogos. Lá no fundo, apesar dos defeitos, este jogo faz com que os ignorem e continuem bem agarrados à acção pois tem tanto conteúdo que certamente vão querer vê-lo todo. Sem mais rodeios, Fallout 3 é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, N64 no seu melhor. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Este é um daqueles jogos que certamente fará parte da minha colecção assim que comprar um PC novo, possivelmente no final do ano. Ando a falhar muita coisa boa nesta geração.

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