23 de maio de 2011

Sword of Mana

Capa simples mas eficaz.
Desenvolvido por: Brownie Brown
Publicado por: Square Enix (JP/EU), Nintendo (EUA)
Director: Takeo Oin
Produtor: Koichi Ishii
Designer(s): Koichi Ishii, Takeo Oin
Artista(s): Shinichi Kameoka, Koji Tsuda
Argumentista: Miwa Shoda
Compositores: Kenji Ito
Plataforma: Nintendo Game Boy Advance
Lançamento: 29-08-2003 (JP), 01-12-2003 (EUA), 18-03-2004 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 128-megabit
Funcionalidades: 2 slots para gravação de progresso no cartucho, Ligação com outro GBA com o jogo para troca de informação
Outros nomes: 新約 聖剣伝説 - Shin'yaku Seiken Densetsu - New Testament Holy Sword Legend (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

(O que mais me aborrece nas compras online é quando levam mais de cinco dias a chegar a casa.)

Mais um conjunto de autocolantes foleiros.
Remakes, demakes, upgrades, são tudo palavras que não são estranhas para que tem um contacto habitual com jogos. Para todos os outros são os palavrões mais estranhos que alguma vez possam ter ouvido ou lido. Actualmente aposta-se muito neste tipo de estratégias pois se um jogo antigo teve sucesso e criou uma legião de fãs, esses mesmos fãs hoje estão sedentos e querem mais do mesmo. Então entra o remake. Por outro lado, num nível mais amador os demakes estão na moda pois pegar num jogo actual e "fazê-lo" à antiga é sempre engraçado e existem muitos exemplos por aí fora. Os upgrades é o que mais se vê, especialmente nos jogos de pancada onde depois de uma versão inicial começam a aparecer as Super, Hyper, Mega, Plus, EX, Reload e afins. Mas o jogo de hoje enquadra-se apenas nos remakes, sendo este um remake do saudoso Mystic Quest (já aqui analisado) que saiu há uns bons anos para o Game Boy. Este meu exemplar foi adquirido por uma quantia irrisória ao já por aqui citado Ricardo Mateus, ou Dark-Vash, pois é mais conhecido assim. Excelente pessoa, coleccionador e neste caso vendedor. :)


Manual, papelada e cartucho.
Sword of Mana é mais um dos jogos que compõem a saga Mana, claramente oriunda de Final Fantasy em diversos aspectos. Este título em concreto é um remake de Mystic Quest, como já referi, um dos vários RPG's que saíram para o velhinho Game Boy e sem dúvida um dos melhores. A história recai sobre duas personagens, um rapaz e uma rapariga aos quais podemos dar o nome que quisermos inicialmente e cuja trama difere pouco seja qual for a nossa escolha. Somos prisioneiros do pérfido Dark Lord e lutamos pela nossa vida todos os dias até que chega a altura de nos evadirmos. Neste momento, em que a liberdade parece estar mesmo à nossa frente, Dark Lord e o seu sidekick, Julius aparecem e somos atirados de uma cascata para aquilo que parece ser o nosso fim. Acordamos mais tarde para ficarmos a saber que a conhecida árvore de Mana está a morrer e cabe-nos a nós descobrir a fonte desse mal, impedindo-o de progredir.

Neste jogo, tudo o que é fofo é para matar!
Como bom remake que é, Sword of Mana tem um look muito parecido com anteriores jogos da saga Mana, nomeadamente com Seiken Densetsu 3 na SNES, ainda que a artwork utilizada seja reminiscente de Legend of Mana, na PlayStation. Quer isto dizer que o GBA foi presenteado com visuais de luxo no que diz respeito a grafismo 2D, com sprites bastante elaborados e detalhes, imensos e variadíssimos cenários bem como uma excelente fluidez e boas animações a acompanhar. Curiosamente existe uma transição temporal do dia para a noite que dá também um look distinto a cada área do jogo consoante a altura do dia em que nos encontremos.

No departamento audível, Sword of Mana tem o aspecto de um jogo de SNES, com uma banda sonora sólida e agradável, bons efeitos sonoros que nos lembram de imediato os bons 16-bit, tudo isto sem se tornar demasiado repetitivo ou monótono. A única coisa que poderá começar a aborrecer será mesmo o som do texto mas isso é algo comum a qualquer jogo em que o texto faça aquele sonzinho característico.

Secret of Mana? É muito parecido!
Na parte jogável encontram-se imensas semelhanças com outros jogos da saga bem como jogos que a única coisa que partilham em comum é o género. Tratando-se de um Action RPG, as semelhanças com Zelda são mais que muitas, sobretudo nas batalhas em tempo real ainda que aqui se tenha aproveitado a mecânica de Seiken Densetsu 3 pois é igual. Atacamos os inimigos, vemos o dano provocado e se enchermos a barra podemos usar um ataque especial, que todas as armas têm. E por falar em armas, existem várias, todas elas diferentes e com usos muito específicos, inclusive ajudarem-nos a progredir no terreno. Para não variar, armaduras e outros itens fazem parte deste imaginário e em conjunto com as armas podem ser forjados e modificados, resultando em imensas combinações possíveis que têm impacto não só nas personagens bem como em certos inimigos. Os inimigos variam consoante a altura do dia e têm características especiais que requerem que por vezes tenhamos de usar uma determinada arma ou magia.

O primeiro boss do jogo.
Falando em magia, esta está presente no jogo à semelhança do original, traduzindo-se em fogo, água, terra, luz e afins. A sua utilização está dependente da arma que usamos pois o efeito gerado será diferente para cada arma. Por outro lado as magias têm uma dupla utilização visto poderem ser usadas ofensiva e defensivamente. No segundo caso é auto-explanatório, conferindo-nos a protecção adequado segundo o elemento utilizado. Para nos ajudar neste demanda temos um sidekick, que vai variando ao longo da história e cuja IA pode ser configurada por nós, sendo que o podemos por a atacar desenfreadamente tudo o que mexe ou adoptar uma postura mais defensiva. Ainda assim, seja como for ajuda nos combates. O jogo tem ainda uma componente que permite trocar informação com outras pessoas que tenham um exemplar através do sistema Amigo mas sinceramente não testei isto visto não conhecer ninguém com um GBA e o jogo em questão. Também duvido que muita gente o tenha feito.

Terminando esta abordagem, Sword of Mana é um excelente RPG que tem tudo aquilo que é preciso num jogo deste género. O seu aspecto 16-bit é um bom chamariz para os mais nostálgicos e por esse mesmo motivo, não ignorando todos os outros, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Continuamos amanhã com mais um RPG, no Game Boy. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

4 comentários:

  1. Excelente Adventure RPG, acho que só faltou mesmo referir que o jogo original foi mesmo chamado de Final Fantasy Adventure no mercado americano, mas calculo que o tenhas feito no post desse mesmo jogo.

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  2. Sim, fiz essa referência quando analisei o Mystic Quest há uns bons tempos atrás. :)

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  3. Olá Pedro, como estás?

    E sim, eu apenas li hoje. Fiquei surpreso ao saber que Sword é um remake de Mystic Quest (que conheci aqui no Novo Mundo como Final Fantasy Adventure).

    Esse jogo do Game Boy me foi de muito gosto, logo me recordo de várias passagans da história. Após ler sua matéria, tive curiosidade e comecei a emular (céus) Sword e quão grande não foi meu agrado.

    Um abraço e parabéns pela matéria!

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    1. Boas! Fico sempre satisfeito quando ajudo alguém a descobrir um jogo novo, especialmente se for uma pérola perdida como este Sword of Mana. De facto esta saga é curiosa pois os jogos foram lançados para diferentes plataformas e por vezes torna-se difícil seguir todos a menos que se recorra à emulação.

      Obrigado pelo feedback e continua a visitar aqui o sítio pois há muito mais para ler e descobrir. :)

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