18 de maio de 2011

Grand Theft Auto: Vice City

Excelente capa!
Desenvolvido por: Rockstar North
Publicado por: Rockstar Games
Motor Gráfico: RenderWare
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox, PC, Mac
Lançamento: 27-10-2002 (EUA), 08-11-2002 (EU), 20-05-2004 (JP)
Género(s): Acção, Aventura, Sandbox
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (KB mínimo), Compatível com comando analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes. Sim, este GTA é mesmo bom!

(Tempinho de caca, bom para estar em casa.)

Há uns dias atrás, trouxe até aqui um jogo bastante polémico pelo seu conteúdo mas que no fundo não deixa de ser um jogo que espelha um pouco um mundo tal como ele é. Hoje volto a repetir a dose com outro jogo igualmente polémico mas sem dúvida muito mais cómico e divertido. Este exemplar foi-me oferecido no Natal de 2002, provavelmente pela minha irmã pois não estou a ver mais ninguém a lembrar-se de me oferecer estas coisas. xD


Cores quentes...
Grand Theft Auto: Vice City foi o segundo jogo desta série a aterrar na PlayStation 2 depois do estrondoso sucesso causado por GTAIII, que tanta tinta fez correr na impressa e tantas alminhas puras exaltou com a sua violência gratuita e desenfreada. Claro que em Vice City procurou-se melhorar todos esses pequenos aspectos, algo que a meu ver foi conseguido com um tremendo êxito. Vice City toma lugar nos anos 80, numa cidade claramente inspirada em Miami onde assumimos o papel de Tommy Vercetti, um membro da máfia em Liberty City que é libertado ao fim de cumprir uma pena de 15 anos por ter morto 11 homens. Com medo deste bom rapaz por diversos motivos, Sonny Forelli, seu ex-patrão "promove-o", enviando-o para Vice City onde Tommy terá de tratar dos seus negócios, sob o olhar atento do advogado da máfia, Ken Rosenburg. Claro que as coisas não correm como é de se esperar e Tommy terá de aturar muito pela frente.

Houve claramente uma evolução gráfica e visual em Vice City, face a GTAIII. O grafismo é nitidamente mais fluido e suave, desde os modelos das personagens visivelmente mais detalhados, passando por todo o tipo de veículos e claro a cidade em si, que prima por ter um ambiente muitíssimo bem conseguido, com uma iluminação e cores espantosas, dando mesmo aquele feeling característico dos anos 80. Alguns elementos naturais também conferem algum realismo ao jogo, como a mudança do dia para a noite e ocasionalmente ocorrem tempestades quando menos se espera.

Mapa da cidade, manual e disco.
A parte sonora de Vice City é para mim a melhor que um GTA teve o privilégio de ter até hoje. O voice-acting é excelente, com diálogos brilhantes entre as imensas personagens, especialmente todos os que envolvam Tommy, Lance e o advogado Ken. Sim, ao contrário de GTAIII, a personagem principal fala pelos cotovelos. A música, tal como em qualquer GTA está espalhada pelas diversas rádios que podemos ouvir e inclui artistas como Megadeth, Judas Priest, Blondie, Iron Maiden, Ozzy Osbourne, David Lee Roth, INXS, Michael Jackson, Kate Bush, Bryan Adams, Go West, Kool & the Gang, Frankie Goes to Hollywood, Grandmaster Flash & the Furious Five, Laura Branigan e Lionel Richie, agradando a todos os gostos, especialmente aqueles que gostam dos 80's, como eu. Claro que sempre podem ouvir extensos diálogos entre radialistas e convidados, sempre com assuntos "interessantes" a tratar. Tudo o resto não sofreu grandes alterações sonoras.

Em Vice City tudo é fashion!
Vice City é idêntico ao seu antecessor em termos de jogabilidade mas como não podia deixar de ser introduz bastantes novidades. Tommy tem um vasto arsenal de armas à sua disposição, com algumas novas bastante interessantes. Para melhorar, pode mudar de aspecto trocando de roupa, algo que em certas situações é indispensável para progredir. Por outro lado, em termos de veículos, para além dos carros, Tommy pode conduzir motas, finalmente, pilotar barcos e até hidro-aviões, passando pelos helicópteros, que se encontram em vários tipos, desde o das notícias, passando pelo militar. Obedecendo ao tradicional esquema de missões, para além das imensas side-missions que aparecem, Tommy pode ainda explorar diversos negócios ilícitos tais como o ramo automóvel, uma companhia de táxis, um estúdio de filmes para adultos, uma fábrica de gelados entre outros. Eventualmente podemos ainda ter rixas com gangs rivais, nomeadamente entre Cubanos e Haitianos o que claramente incitou a revolta nestas comunidades na vida real.

Tommy conduz um "Lamborghibi".
E é aqui que chegamos à controvérsia gerada pelo jogo. Ambas estas comunidades não viram com bons olhos o que se passava dentro do jogo e acreditavam que o próprio incitava à violência na vida real contra si mesmo. O caso foi para tribunal como era de se esperar e a Rockstar foi forçada e remover algumas linhas de diálogo referente a estas comunidades, nas versões mais recentes do jogo. Mas outras modificações foram feitas, por exemplo a nível de armas, algumas tiveram de levar com outros nomes para não sugerirem os modelos verdadeiros e outras foram removidas, como o gás lacrimogéneo, que só está presente na primeira versão de PS2 (sorte a minha). Lionel Richie também não achou grande piada a Vice City, pela sua temática e conteúdo e pediu que a sua música fosse removida de futuras cópias, algo que aconteceu prontamente. Portanto se gostam de ouvir o senhor Richie enquanto dão tiros, a primeira versão de PS2 permite isso.

Nunca subestimem o poder de um martelo.
Mas deixando a controvérsia de lado, Vice City é um dos jogos da série mais cómicos por fazer tantas referências a filmes e séries dos anos 80 e brincar com isso de forma inteligente. A começar pela mansão que Tommy mais tarde possui, claramente retirada de Scarface, passando pelas ruas e praias tão presentes em Miami Vice e claro, certas situações e missões inspiradas em diversos outros filmes tais como Carlito's Way. Claro que se me pedirem para resumir tudo a um só filme, Scarface está aqui homenageado em todos os cantos e Miami Vice completa o circulo pelo ambiente, look e tudo no geral. Na minha sincera opinião é difícil não gostar deste jogo.

Não há dúvidas que Grand Theft Auto: Vice City é considerado por muitos como o melhor jogo da série por diversos motivos. Não precisa de ser enorme como San Andreas, nem vistoso como GTAIV para ser brilhante. Basta ter uma história interessante e sobretudo cómica, personagens à altura, uma excelente banda sonora e um ambiente à maneira para ser um JOGALHÃO DE FORÇA! E mais nada interessa...

Amanhã voltamos à pancadaria em 2D. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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