27 de agosto de 2011

Street Fighter IV

Amigos, rivais, etc.
Desenvolvido por: Dimps/Capcom
Publicado por: Capcom
Director: Takashi Tsukamoto
Produtor: Yoshinori Ono
Artista: Daigo Ikeno
Compositor: Hideyuki Fukasawa
Motor gráfico: Proprietário
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox 360, PC, Arcade, iOS
Lançamento: Versão PS3 - 12-02-2009 (JP), 17-02-2009 (EUA), 20-02-2009 (EU)
Género: 3D Fighting
Modos de jogo: Modo arcade para um jogador, Modo multiplayer local e online para dois jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Instalação opcional no disco rígido (2GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o com quase todas as personagens.

(Dia de praia brutal!)

Sticker free!
Por norma, antes um jogo sair, é comum termos acesso a imensa informação, algo que é típico nos dias que correm. Com essa mesma informação devíamos ter uma boa percepção do que esperar mas a menos que testemos a coisa em concreto, dificilmente teremos uma opinião formada. Antigamente nada disto acontecia e íamos um pouco às cegas, ou na melhor das hipóteses com uma ligeira opinião de uma revista da especialidade ou dos amigos. Eram tempos difíceis mas acho que hoje conseguem ser ainda piores pois geram algo chamado hype e que em alguns casos leva a casos de extrema desilusão. O jogo de hoje ilustra isso mesmo. Este meu exemplar, do qual fui vítima do hype, custou-me cerca de 30 e tal euros, tendo sido comprado numa loja online pouco depois do seu lançamento. É dos poucos jogos que me arrependo de ter comprado tão cedo.


Street Fighter IV marca o regresso do gigante dos jogos de pancadaria à ribalta, para grande delírio dos fãs. Mas será mesmo que todos os fãs deliraram com isto? Eu creio que não pois fui um desses. Bom, não pretendo entrar em histórias até porque a de Street Fighter é uma imensa confusão mas gira mais uma vez em torno da Shadaloo, mais concretamente da divisão de armas conhecida por S.I.N. e liderada por Seth. Cada lutador tem inexplicavelmente uma ligação com esta organização e o torneio serve para descobrirmos mais acerca disso.

Manual e disco.
Este jogo foi aclamado por muitos como um excelente regresso não só às origens bem como a todo o panorama dos videojogos numa época onde tudo é 3D e vistoso. Pois bem, não querendo ficar atrás da concorrência, Street Fighter IV surpreendeu pelos visuais arrojados, onde as personagens apesar de modeladas num glorioso 3D, mantêm um aspecto pouco realista, mais virado para a animação, onde sobressaem uns espantosos efeitos visuais, algo que vimos muito nos trailers, como por exemplo pinceladas de tinta, borrões e afins, dando um aspecto fabuloso à acção. A acção, essa é sólida, fluída e sem quebras. Não obstante de tudo isto, os cenários estão também impecáveis, com um desenho cuidado onde podemos ver imensos detalhes e pormenores muitíssimo bons, isto para não referir a quantidade de pequenas animações existentes um pouco por todo o lado. Creio que este jogo marcou um novo standard visual neste género.

Sonoramente, Street Fighter IV vai buscar muito às raízes, com alguns temas bem conhecidos remixados para deleite dos nostálgicos, bem como outros completamente novos a acompanhar cada combate. O som da pancadaria está também à altura do desafio, com imensos efeitos e um voice-acting convincente, sobretudo por podermos escolher a língua em que queremos ouvir as personagens a falar. E isto pode ser escolhido para cada personagem individualmente, tornando o jogo bastante mais agradável neste campo.

Combate de durões!
Mas para ser sincero, eu não gostei de Street Fighter IV. Não pelos motivos descritos acima, até porque até agora só disse bem mas sim pela parte que se segue, a jogabilidade. Apesar de manter uma jogabilidade 2D, algo que aprecio imenso, nota-se que esta não é a mesma que tornou esta série tão boa no passado. O jogo mantém o mesmo sistema de combate, com três botões para murros e três para pontapés mas optou por uma mistura da jogabilidade de Super Street Fighter II com Street Fighter III, resultando em algo estranho na minha opinião. Por exemplo, para projectar um inimigo temos de pressionar em dois light attacks (murro e pontapé), em vez de pressionarmos num único botão. O mesmo se aplica aos Taunts. Por outro lado temos à nossa disposição uma barra de Super que nos permite realizar um ataque devastador quando enchemos as três barras mais pequenas. Contudo, estas barras podem ser usadas para utilizar Ex Attacks, versões mais fortes de ataques especiais normais, como por exemplo um Shoryuken. Em adição a isto temos ainda um Revenge Meter, que vai enchendo ao levarmos dano e que ao atingir um certo limite nos permite realizar um Ultra Combo. Pensem em algo estilo um Super ainda mais abusado.

Blanka ficou com uma bruta azia.
Novidade das novidades é o sistema de Focus, uma das bases do jogo, que se traduz num movimento que nos permite absorver um ataque inimigo e contra-atacar de seguida. Consegue-se ao carregarmos em dois medium attacks e quanto mais pressionarmos mais forte ser o contra-ataque, tornando-se não bloqueável. A partir daqui, os jogadores mais experientes poderão conseguir fazer umas combinações interessantes e é onde reside a mestria deste jogo. Ainda assim, penso que o jogo é bastante desequilibrado não só por isto mas também pela IA que parece adivinhar grande parte dos nossos ataques e padrões de comportamento em combate, tornando o jogo frustrante por vezes nas dificuldades mais elevadas. A hit detection também me parece um pouco injusta por vezes com certos golpes. E quanto às personagens? A algumas das nossas conhecidas juntam-se Abel, Crimson Viper, Rufus, El Fuerte, Gouken e Seth. Todas elas interessantes mas também irritantes no que toca a cheapness. Mas como referi, isso é mal geral do jogo, pois até o Zangief é estupidamente chato!

Fei Long não gosta de pitinhas.
Agora perguntam vocês porque me arrependo de ter comprado Street Fighter IV? É simples, quantas versões saíram depois desta? Duas e todas melhores, com mais opções e modos de jogo, mais lutadores já todos desbloqueados e a dificuldade revista e rebalançada para não haver rage quit. Além disso, esta versão pouco oferece para além do Arcade Mode, com um Challenge Mode aborrecido e um modo online igualmente enfadonho. Ainda tentei algumas vezes mas o lag e os aziados eram mais fortes do que eu.

Em suma, Street Fighter IV desiludiu-me, é um facto. Pondero comprar a Arcade Edition, um dia que a veja ao preço da chuva. Não é de todo um mau jogo e até dá para umas jogatanas com os amigos mas tendo melhores opções à disposição, não me parece que saia da estante. Mas está cá e portanto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Um dos melhores FPS de PS2 estará aqui amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. De facto a Capcom tem sido a empresa que mais tem abusado dos DLCs e mais tem prostituído as suas séries de luta. Apesar de ter gostado inicialmente do que vi em SF IV, obviamente que ao comprar certamente comprarei a versão com mais conteúdo. Mas também não é algo que esteja nos planos a curto/médio prazo, sou um nabo em jogos de luta 2D.

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