6 de abril de 2015

Heroes of Ruin

Cover art interessante.
Desenvolvido por: n-Space
Publicado por: Square Enix
Plataforma: Nintendo 3DS
Lançamento: 15-06-2012 (EU), 17-07-2012 (EUA) 
Género(s): Role Playing Game, Dungeon Crawler
Modos de jogo: Modo história para um jogador ou co-op até quatro jogadores online
Media: Cartão de jogo com 2GB
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo, StreetPass com outros jogadores
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e cheira-me que não lhe pego outra vez.

(Bom, parece que é Inverno novamente...)

Só um screenshot? Miseráveis!
Nunca fui grande fã de RPG's com um misto de dungeon crawler. Andar por masmorras a matar inimigos e recolher loot nunca me pareceu uma actividade interessante quando se pode ter uma boa história a seguir. Mas, tal como tudo na vida, os gostos vão mudando e aos poucos fui-me habituando à monotonia viciante deste género de jogo pois no fundo, embora a história nestes jogos não seja de todo apelativa (pelo menos as dos jogos que joguei), a recompensa que nos pode esperar de andarmos a espalhar o caos enquanto exploramos os níveis é no mínimo aliciante. E sem mais demoras, o jogo de hoje é o Heroes of Ruin para a 3DS, um título que vai buscar muito à saga Diablo e se introduz no mundo portátil de forma mais ou menos convincente. Este exemplar custou-me 5 euros, novo tendo sido adquirido algures em 2014 por um amigo e coleccionador.


Papelada, manual e cartão de jogo.
Heroes of Ruin começa por se apresentar com um RPG desta categoria como outro qualquer, onde temos de salvar o líder da cidade de Nexus, uma esfinge (sim, leram bem) que acode pelo nome de Ataraxis. Esta mesma foi amaldiçoada e está a morrer devido a isso, pelo que temos não só de encontrar a cura como também confrontar quem a amaldiçoou. Tal como referi, a história é tudo menos interessante e o que realmente queremos é o loooooooot!

Havendo falta de flechas...
Já vimos excelentes jogos na 3DS a nível visual mas este Heroes of Ruin não é um deles. O grafismo é pouco melhor do que o de um jogo mediano de PS2, com texturas pobres e visuais um pouco insípidos ainda que moderadamente variados. Os modelos das personagens também não são lá muito bonitos mas funcionam bem naquilo que lhes compete. As cutscenes, felizmente, são todas desenhadas à mão e animadas para o efeito o que as torna bastante atractivas no que concerne ao seguimento da trama (por mais fraca que seja). O 3D quando ligado, abranda a acção (como é quase regular em todos os jogos da 3DS) mas até consegue proporcionar um bom efeito de profundidade.

Um bicharoco feio.
Continuando na onda do mediano, o som neste jogo também não consegue destacar-se. A música é facilmente ignorada ao final de algum tempo pois torna-se repetitiva e aborrecida, algo que não devia acontecer. Já o som no geral não é mau de todo, nem se torna aborrecido com bastante variedade de efeitos sonoros para armas, magia e monstros, e claro, algum voice-acting em certas partes do jogo com um sotaque British que na minha opinião não torna a experiência melhor mas talvez um pouco mais estranha. E eu até gosto bastante deste sotaque em jogos, somente acho que neste não se encaixa.

Na cidade é tudo tranquilo.
Em termos de jogabilidade, Heroes of Ruin consegue ser realmente bom. Joga-se tal e qual os jogos do género mas sem rato e teclado, pelo que a adaptação a botões foi bastante bem conseguida, estando as acções todas bem distribuídas. Podemos recorrer ao ecrã táctil para outras tantas se for caso disso mas tudo o resto faz-se com os botões e d-pad. Só é pena não terem aproveitado o Circle Pad Pro, não pelo circle pad extra mas pelos botões ZL e ZR que podiam vir a dar jeito. Embora tenha uma boa jogabilidade e um bom design de níveis, Heroes of Ruin peca pela sua curta duração que se fica pelas 8/9 horas, mesmo fazendo todas as side quests. Obviamente temos quatro classes para escolher (Vindicator, Gunslinger, Alchitect e Savage) e desfrutar assim de uma experiência diferente em termos de jogo.

Tubarões com pernas?! Ok...
Porém, embora existam quatro classes, só as podemos evoluir até nível 30 o que é muito pouco pois as mesmas evoluem com bastante rapidez. Por outro lado, terminada a história, não existe um New Game Plus, nem podemos começar novamente com a mesma personagem num modo mais difícil à semelhança de outros jogos o que torna este jogo redundante e com um replay value muito baixo. Podemos sempre recorrer ao multiplayer, que funciona bem e nos permite até falar com os outros jogadores em tempo real, algo espantoso numa 3DS mas encontrar um grupo porreiro é o mesmo que encontrar uma agulha num palheiro. E isto aplica-se tanto para jogar como somente para trocar itens, coisa que é possível mas virtualmente impossível. O jogo também parecia prometer eventos diários e semanais, fruto das suas capacidades online mas ao que parece isso foi apenas no primeiro ano após o lançamento. Se formos agora ao site oficial, aquilo está às moscas, o que é uma pena. Também se falou em DLC's para expandir a história e aumentar o level cap mas até hoje nada.

Heroes of Ruin poderia ter sido um excelente jogo dentro deste género, visto ser o único na 3DS mas em vez disso tornou-se numa oportunidade desperdiçada e muito mal explorada em termos de evolução. Tecnicamente é um jogo sólido mas falha em quase tudo o resto, pelo que só o recomendo se o encontrarem muito barato. Ainda assim é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: uma ilha com muito zombies na PS3. :D

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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