15 de novembro de 2020

Turok Remastered

Mais uma custom cover!
Desenvolvido por: Iguana Entertainment (Original), Night Dive Studios (Remastered)
Publicado por: Acclaim Entertainment (Original), Night Dive Studios (Remastered)
Director: David Dienstbier
Produtor: David Dienstbier
Artista: Alan D. Johnson
Compositor: Darren Mitchell
Plataforma(s): Nintendo Switch, XboxOne, PC
Lançamento: 17-12-2015 (PC), 02-03-2018 (XboxOne), 18-03-2019 (Nintendo Switch)
Género(s): First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória da consola, HD 720p (Handheld), 1080p (Docked)
Media: Formato Digital
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o uma vez mas muitas mais se seguirão.

A respectiva traseira.
Turok - Dinosaur Hunter é sem dúvida um dos meus jogos favoritos de sempre na N64 pois para além de ter sido o primeiro jogo que joguei na consola (sim, o Super Mario 64 só entrou a seguir), foi também o primeiro FPS em consola com o qual não tive problemas nenhuns em me adaptar ao esquema de controlo que ainda hoje creio que funcione bem ainda que pareça arcaico quando comparado com outros mais modernos. Portanto quando em 2015 saiu o remaster deste jogo em PC é óbvio que fiquei em êxtase e rapidamente o quis experimentar. Digamos que a experiência foi bastante positiva pois conseguiram manter aquilo que sempre adorei no original mas melhoraram tudo aquilo que precisava de ser melhorado, sobretudo a FOV, frame rate e afins, resultando assim num jogo que suplanta o original em tudo. E embora tenha jogado a versão PC, sempre achei que este jogo em particular pertence é nas consolas, sobretudo numa que seja da Nintendo. Esperei algum tempo até que fosse anunciada uma versão PS4 pois não tinha Switch à data mas como isso nunca se materializou, eis que após uma longa espera lá saiu a versão Switch e após outra espera ainda maior lá o apanhei numa promo da eShop em Novembro por cerca de 8 euros pois este jogo raramente baixa de preço. Infelizmente a única versão física que existe é da LRG mas recuso-me a alimentar alguém que potencia o mercado parasita dos resellers pelo que optei pela digital.
 

Agora estamos pronto para a caça!
Turok Remastered (vou chamar-lhe assim para evitar confusões) marca assim a estreia desta saga na Nintendo Switch com um port que no geral foi bem concebido ainda que não seja de todo perfeito. Não entendo terem removido o "Dinosaur Hunter" do título e não lhe chamarem oficialmente Turok Remastered mas visto que toda a gente se endereça ao mesmo deste modo, faz todo o sentido fazê-lo até porque só "Turok" relembra-me sempre aquela tentativa falhada de revitalizar a saga em 2008. Bom, em termos de história é algo bastante simples onde assumimos o papel de Tal'Set, um nativo americano que enverga o manto de Turok passado de geração após geração ao homem mais velho da linhagem. O seu objectivo é proteger a barreira entre a Terra e a Lost Land, onde um individuo que dá pelo nome de Campaigner decide recolher as peças de um artefacto chamado Chronoscepter para aumentar o seu poder e destruir a dita barreira. Como Turok, temos de o fazer antes que ele o consiga e assim destruir-lhes os planos de vilão de série B.

O mapa é o nosso melhor amigo.
Onde as coisas começam logo a fazer-se notar é na componente visual onde o grafismo foi alvo de um upscale que eleva as coisas para 1080p a 60 frames, ou 720p/60fps se jogarem em handheld. O grafismo mantém-se inalterado com exactamente o mesmo número de polígonos que a versão original ainda que se tenham melhorado texturas, efeitos visuais e até os elementos do HUD para melhor "encaixarem" nesta nova versão. O aumento da frame rate é de facto uma das melhorias que mais beneficia o jogo visto tornar a acção mais frenética e acima de tudo jogável, especialmente nas partes de plataformas que este jogo proporciona. Outra coisa que mudou foi o fogging, típico dos jogos de N64 para melhorar a performance dos mesmos, que aqui desapareceu por completo ainda que possamos activá-lo para ter a experiência à antiga. Por outro lado podemos também ajustar a FOV que por defeito está a 70 mas pode ser aumentada até 90 ou reduzida até 45, ficando assim praticamente idêntica à versão original. Ainda que a performance seja sólida no geral, existem alguns momentos onde há quebra de frames, pelo menos no modo handheld, algo que apesar de não ser terrível não deixa de me remoer a moleirinha pois num jogo tão antigo isto não devia acontecer numa consola actual.

Há muitas plataformas neste jogo... demasiadas!
Uma das coisas que mais adoro em Turok Remastered (e no original) é a banda sonora que ainda hoje gosto de ouvir de tempos a tempos sem ser no contexto do jogo, com todos aqueles temas memoráveis com aquela sonoridade da selva que na análise ao original da N64 referi ser "um misto de kizomba com kuduro" em tom jocoso. Neste aspecto nada mudou e continua a ser a mesma experiência podendo ser seleccionada a versão N64 ou PC nas opções ainda que ache que a banda sonora de PC não tenha o mesmo impacto mas é sempre bom ter opções de escolha. Já os efeitos sonoros apesar de serem os mesmos e podermos até ouvi-los com o reverb característico da versão original, por vezes exibem um ou outro glitch sonoro onde parece não ter o pitch correcto e isto nota-se particularmente em cavernas.

Eh! Bicho feio!
Chegando à jogabilidade, Turok Remastered continua a ser aquele jogo que se lembram se o jogaram em 1997 apenas melhor. O controlo adaptado para uma vertente mais moderna funciona perfeitamente, visto agora termos um joystick extra para fazer aquilo que os C-buttons da N64 faziam dando-nos assim muito mais precisão. Disparar, saltar e mudar de armas é tudo também muito intuitivo, bem como o belo do mapa que ajuda imenso nas partes de plataformas pois pode ser usado como indicador visual. Nesta versão Switch podemos ainda usar o giroscópio para o controlo bem como desfrutar do rumble (se tiverem uma Switch normal). De resto nada foi alterado sendo que o jogo continua a decorrer exactamente da mesma forma, sem checkpoints adicionais fora aqueles que já existiam, contando apenas com os save points originais sem auxilio de saves manuais. Creio que isto foi mesmo por uma questão de manter o design original e não podia ser de outra forma a meu ver.

Este canhão mata tudo! TUDO!
Para além do modo campanha existe ainda um Training Mode e um Time Trial, onde podemos treinar e competir pelo melhor tempo possível nesse percurso até porque existem agora achievements para os mais persistentes embora não sejam muitos e sejam relativamente fáceis de conseguir, proporcionando até algum replay value extra embora considere que este jogo já tem o suficiente. Por outro lado existem também imensas cheats que podem ser utilizadas com efeitos variados, ainda que estas desactivem os achievements como seria se calcular. A mais fácil de conseguir é a da vidas infinitas bastando apenas acumular nove vidas no decorrer do jogo sendo que as outras podem ser obtidas através de códigos disponíveis nas nets.

Turok Remastered é sem dúvida alguma um excelente jogo bem como um excelente remaster provando que certos jogos antigos se podem manter actuais e mais divertidos do que muitos que saem hoje dentro do género. Só fica atrás da versão de PC uns pontos devido ao facto de não ter o editor de níveis dessa versão mas ainda assim não deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

2 comentários:

  1. Uma versão que podemos usar toda a liberdade de um joystick analógico é bem melhor. Eu gosto muito do N64 mas... usar aqueles botõezinhos amarelos (C button dividido) na função de câmera ou movimentação lateral, por exemplo, era bem ruim. Turok é um jogo que merece sempre ser lembrado!

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    1. Naquela época aquele sistema de controlo era muito bom e inovador para consola mas nos dias que correm é bastante arcaico. Ainda bem que este Turok e a sequela tiveram direito a este tratamento, só é pena que não tenham feito o mesmo com o Turok 3 pois nunca joguei esse e gostava de o fazer.

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