22 de novembro de 2020

Alan Wake [Limited Collector's Edition]

Aquele autocolante na frente... ergh!
Desenvolvido por: Remedy Entetainment
Publicado por: Microsoft Game Studios, Remedy entertainment (PC)
Director: Markus Mäki
Produtor: Jyri Ranki
Argumentista(s): Sam Lake, Mikko Rautalahti, Petri Järvilehto
Compositor: Petri Alanko
Plataforma(s): Xbox360, PC
Lançamento: 19-03-2013 (EUA), 22-03-2013 (EU)
Género(s): Acção, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Funcionalidades: Instalação opcional no disco rígido com loadings mais rápidos (6.3GB), Gravação de progresso no disco rígido/Memory Card, HD 720p, 1080i, 1080p, DLC adicional, Compatível com Xbox One
Media: DVD-ROM
Estado: Completo
Condição: Muito boa, muito poucas marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, uma em Normal outra em Nightmare tendo desbloqueado todos os achievements excepto os dos DLC.

Em bom Português.
Uma das coisas boas de ter começado a coleccionar jogos de Xbox360 recentemente é o facto de se conseguirem encontrar com relativa facilidade já para não referir os preços baixos que por norma lhes estão associados. E assim rapidamente se vai abatendo a wishlist, embora como já é normal, se acrescente sempre mais qualquer coisa. O jogo que trago até aqui hoje não constava na lista mas em conversa com o pessoal lá surgiu o nome e rapidamente foi adicionado sem pensar muito pois pareceu-me encaixar perfeitamente nos meus gostos. E não me enganei pois foi uma boa surpresa. Este exemplar chegou à colecção algures no final de Outubro de 2020, tendo custado 22,95€ na Play N' Play. E tratando-se de ser a Limited Collector's Edition (embora o nome esteja em Português) inclui para além do jogo a banda sonora em CD, um disco de extras bem como um livro que está associado à história do jogo. Inclui ainda o primeiro DLC embora o código já tivesse sido utilizado pelo dono anterior para grande infelicidade minha.
 

O conteúdo da embalagem.
Alan Wake segue a história da personagem com o mesmo nome, um escritor que se encontra a sofrer do chamado writer's block e não consegue assim produzir o seu próximo best seller. Deste modo, Alan decide passar uma férias com a sua esposa Alice que tal como o seu melhor amigo e editor, Barry Wheeler, recomendou que o fizesse. O destino escolhido é Bright Falls, uma pacata e idílica cidade à beira de um enorme lago e no meio de uma floresta. Pouco tempo após a chegada Alice desaparece e Alan começa a sentir aquilo que parece ser a última história que escreveu a tornar-se realidade sem que perceba o motivo e como é que é possível tal coisa. Estão assim reunidos os ingredientes para uma aventura cheia de mistério e questões por resolver.

E o resto da tralha.
Embora não seja uma dos melhores jogos desta geração em termos visuais, o certo é que Alan Wake tem uma ambiente fantástico muito pelo seu design e locais que podemos visitar. A acção leva-nos a percorrer largos troços de floresta, com imensas coisas para explorarmos, bem como a própria cidade de Bright Falls que também tem os seus pontos de interesse. As personagens embora detalhadas e bem animadas no geral sofrem um pouco com as pequenas animações faciais que por vezes podem parecer estranhas ou outros movimentos ao interagir com o meio envolvente mas nada que afecte a experiência a meu ver. A atenção ao detalhe é um dos pontos fortes pois existem imensos pequenos pormenores que por mais insignificantes que possam parecer, conferem um toque de realismo e verossimilidade a este jogo. Algo que se destaca desde logo é a utilização da iluminação, algo que o jogo usa com frequência até porque a luz é a nossa melhor arma contra inimigos. Assim temos diversas situações onde a iluminação é utilizada de forma inteligente para nos ajudar ou revelar algo, bem como outros efeitos que nos ajudam a perceber se estamos numa situação de perigo ou não.

A luz é a nossa melhor amiga.
Na parte sonora, Alan Wake conta com uma extensa banda sonora que se pode ouvir ao longo do jogo em diversas ocasiões ainda que seja demasiado tímida chamemos-lhe assim pois na minha experiência com o jogo não me recordo de nenhuma faixa em particular. Existem também diversas músicas licenciadas, que estiveram na origem do jogo ter sido removido das plataformas digitais em 2017 e voltado posteriormente em 2018, mas tal como as outras, ouvem-se de tempos a tempos e não me ficaram na memória. Mas o que funciona num jogo como este é sem dúvida o som ambiente e esse cumpre o seu papel na perfeição em todos os locais que visitamos, servido não só para criar ambiente mas para nos manter alerta contra os inimigos e afins. Neste aspecto, o som em Alan Wake é fantástico. Já o voice acting é também bastante bom com imensos diálogos entre as personagens bem como diversos monólogos que o senhor Wake tem e que nos vão alargando a perspectiva para o que é a sua vida de escritor. Os efeitos sonoros são igualmente bons, com a sua dose de tiros, gritos e outras coisas proferidas pelos inimigos para nos alertarem da sua presença.

Vamos falar com muita gente mesmo.
Chegando à jogabilidade, Alan Wake é um jogo simples que tal como tantos outros jogos na terceira pessoa nos deixa controlar a nossa personagem com extrema facilidade, podendo esta andar, correr, saltar e claro, usar armas de fogo para se defender. Mas o interessante aqui é que uma das melhores armas, senão a melhor é mesmo a luz o que faz com que qualquer lanterna seja a nossa arma de eleição até porque andamos quase sempre com uma na mão. Isto leva-nos aos inimigos, os Taken como são assim chamados, que basicamente são humanos tresloucados pela escuridão e resistentes a tiros. A única maneira de lhes dar danos com armas de fogo é remover a escuridão que os rodeia com luz e é aqui que entra a mecânica base de Alan Wake. A utilização de uma lanterna é imperativa para podermos progredir e assim derrotar os inimigos.

Por vezes de carro é a melhor solução.
Claro que existem outros inimigos como os poltergeist que são somente objectos inanimados possuídos e aqui a luz é suficiente para os derrotar. Existem algumas fontes de luz que são suficientemente fortes para derrotar qualquer inimigo sem auxilio de armas de fogo como por exemplo holofotes e até granadas flashbang. Podemos ainda usar flares de sinalização para afastar inimigos, sair de situações de conflito e com alguma estratégia até encurralar os mesmos. As armas convencionais resumem-se a um revólver, dois tipos de caçadeira, uma espingarda de caça e uma flare gun que é provavelmente a melhor arma do jogo. Não há cá metralhadoras nem lança rockets e não fazia sentido se existissem neste contexto. Alan tem uma barra de vida que recuperar lentamente após levarmos dano ou com mais celeridade se estivermos perto de uma fonte forte de luz que na sua grande maioria actua como checkpoint, havendo imensos.

Esta senhora sabe muita coisa!
A acção decorre ao longo de seis capítulos onde vamos explorar diversos locais, alguns a pé e outros podendo usar veículos para nos deslocarmos e ate defrontarmos inimigos. Pelo caminho vamos encontrar diversas personagens que nos ajudam ou tentam impedir o progresso, sem deixar de ter aquela sensação que parte do jogo parece Twin Peaks por diversos motivos. Até existe uma "log lady" que aqui anda com uma lanterna antiga para todo o lado e é provavelmente a personagem mais inteligente de todas. Existem ainda diversos collectibles que se traduzem em páginas do livro que Alan estaria a escrever, sendo que alguma só se encontra na dificuldade Nightmare, bem como em termos de café que estão espalhados por todo o lado mas são relativamente fáceis de encontrar se explorarem tudo. As duas expansões existentes decorrem após o jogo onde podemos ficar a saber mais sobre os destinos de Alan mas infelizmente não joguei nenhuma ainda, tal como o spin-offAlan Wake: American Nightmare. A título de curiosidade, Alan Wake decorre no mesmo universo de Quantum Break e Control, o que me leva a querer explorar ambos os jogos futuramente.

Bom, e com tudo isto já ficaram com uma boa ideia do que esperar de Alan Wake. É um excelente jogo que nos prende desde os primeiros minutos seja pela história envolta em mistério ou pelo ambiente que proporciona e já há muito tempo que não fazia uma segunda ronda num jogo com tanto gosto o que só por si faz de Alan Wake um JOGALHÃO DE FORÇA!

MURRALHÕES DE FORÇA:

2 comentários:

  1. Comprar os jogos mais antigos e que realmente gostamos e queremos jogar é a melhor forma de gastar bem o dinheiro com jogos. Nunca joguei AW, mas lembro que no seu lançamento as críticas foram excelentes.

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    1. Yep, gosto imenso de achar estes jogos a preços de amigo e pensar na quantidade de dinheiro que se poupa por não ter pressa em comprar jogos no lançamento. É a técnica que adoptei a partir da PS4, não ter pressa nenhuma em ter as coisas.

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