23 de junho de 2011

Final Fantasy XIII [Limited Collector's Edition]

A capa seria melhor sem a Lightning.
Desenvolvido por: Square Enix
Publicado por: Square Enix
Director: Motomu Toriyama
Produtor: Yoshinori Kitase
Artista(s): Tetsuya Nomura, Isamu Kamikokuryo
Argumentista(s): Daisuke Watanabe, Motomu Toriyama, Kazushige Nojima
Plataforma(s): PlayStation 3, Xbox360
Lançamento: 17-12-2009 (JP), 09-03-2010 (EUA/EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: BluRay
Funcionalidades: Instalação no disco rígido (3.1GB mínimo), Gravação de progresso no disco rígido da consola, Compatível com Dualshock 3, Suporte HD 720p, 1080i e 1080p.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez.

(Hoje só há um screenshot! :P)

Tinha de ter autocolantes algures...
A actual geração de consolas trouxe com ela diversos títulos que era aguardados com muita expectativa desde a anterior geração. Isto é algo que acontece em todas estas transições de uma consola para outra, gerando imenso hype pois a nova consola, nitidamente mais potente, irá permitir algo bastante melhor do que a anterior. Mas é aqui que a maioria das pessoas se engana redondamente pois lá por ter melhor tecnologia não quer dizer que se faça melhor. Eu pelo menos penso assim e vejo as coisas deste modo. O jogo que aqui trago hoje é um perfeito exemplo disso, pois gerou um hype tremendo mas depois quando o começamos a jogar as opiniões dividiram-se. Uns acharam o máximo, eu por outro lado, achei-o mauzinho. Mas já lá chegamos. Este meu exemplar foi-me oferecido pelo meu aniversário em 2010 e é a edição de coleccionador que inclui para além do jogo, um artbook de capa dura, 3 postais ilustrados, um CD de nome Original Sound Selection com música do jogo e ainda 2 decals representativos da Brand of l'Cie.


Manual, papelito e disco.
Final Fantasy XIII é mais um RPG saído da Square, para juntar ao seu já longo currículo nesta área. A história deste decorre no mundo imaginário e flutuante de Coccoon, onde o governo actual, Sanctum, está a purga todos os cidadãos que tenham entrado em contacto com Pulse, um mundo que se encontra abaixo de Coccoon e é temido por muitos. É aqui que entra Lightning, a heroína de serviço, que tem por missão salvar a sua irmã que foi marcada pelo Sanctum. Com o desenrolar dos acontecimentos, eventualmente arranja mais aliados para a sua causa e acabam todos com a marca que os descrimina. Antes que se tornem monstros ou cristais, visto esta marca ter esta nuance, têm de combater Sanctum e tentar descobrir qual é a sua tarefa antes de se transformarem. Só com este começo torci logo o nariz.

O artbook.
Como todos sabem, ou deviam saber, o grafismo não faz o jogo e neste caso, por mais bonitos que sejam os visuais, estes não servem para encobrir a borrada feita noutros lados. Em FFXIII somos presenteados com uma parte gráfica de luxo, onde as personagens são grandes, vistosas, dotadas de boas animações e uma fluidez constante nas suas acções. Ainda assim, não têm o mesmo aspecto durante todo o jogo, sendo que em certas instâncias nota-se um certo descuido nos pormenores, sobretudo nas mãos que se tornam mais "quadradas", algo que não se via desde os primeiros tempos da PlayStation 2 e ainda assim, tinham desculpa. Agora neste caso não há desculpa possível. Mas isto é apenas um mal menor, que nada afecta o jogo. Se virmos bem, os cenários são vastos, detalhados e sem dúvida alguma dão gosto em ver e rever, pois embora se comecem a tornar repetitivos, sempre há um pouco de variedade mais à frente no jogo. O que realmente se destaca são os inimigos, alguns deles nossos conhecidos, outros completamente novos. E como aparecem em todos os tamanhos e feitios, alguns deles vão-nos realmente surpreender pelo tamanho colossal que têm face às nossas aparentemente pequenas personagens. Mas lá está, não me surpreendeu pois FFXII fez o mesmo, com menos poder gráfico.

Os decals dos l'Cie.
Em termos sonoros, FFXIII é tão bom como qualquer outro jogo nesta saga, com músicas memoráveis e intemporais. É e sempre será um dos pontos fortes nesta saga, pois aqui não se brinca em serviço. Como seria de esperar, o som é igualmente excelente em toda a sua extensão. Algo que se destaca com especial ênfase é o voice-acting, algo que teve a maior das atenções para não se cometerem as borradas do passado, uma vez mais. Neste o lip synch está correcto e as vozes escolhidas adequa-se bem a todas as personagens sem excepção. Na minha opinião é um dos pontos positivos no jogo pois o resto, enfim.

Original Sound Selection.
Se jogaram FFX vão achar muitas semelhanças no que concerne à jogabilidade, especialmente às batalhas e interacção com personagens e inimigos. Ainda que se assemelhe ao excelente sistema de FFXII que a meu ver foi uma das maiores lufadas de ar fresco nesta saga, os combates seguem a premissa de FFX. Exemplificando, vemos todos os inimigos no ecrã, sem existirem random encounters, mas o combate só se dá quando interagimos com os mesmos, transportando-nos para a área de combate, sob o efeito de uma suave transição sem loadings. Aqui somos limitados pelo sistema de combate, que é uma variante do clássico Active Time Battle (ATB) denominada Command Synergy Battle (CSB) e que nos permite seleccionar todo o tipo de acções a partir do menu, desde ataques, magia, Eidolons e afins. Cada acção requer um número específico de barras para poder ser executado, algo que evolui com a própria evolução da personagem. A grande novidade é que apenas controlamos uma personagem, sendo que as restantes é a própria IA que as controla, tentando tomar as decisões mais correctas, algo que nem sempre acontece. Pelo menos em FFXII tínhamos a liberdade de criar os Gambits, uma espécie de macros com as acções que bem entendêssemos.

Postais ilustrados.
Com este sistema surge também o sistema de Paradigms, que no fundo é equivalente aos Jobs, oriundos de outros jogos da saga, onde cada personagem é especialista numa única vertente. Aqui temos Commando, os brutamontes; Ravager, os que usam magia negra; Medic, os que optam por magia branca; Sentinel, todos os que são peritos em defesa; Saboteur, óptimos para enfraquecerem os inimigos e finalmente Synergist, que serve para fortalecer a equipa. O bom disto, é que todas as personagens podem seguir estes Paradigms, ainda que sejam apenas especializados em alguns. A ideia é fazer equipas variadas para conseguir mandar abaixo todo e qualquer inimigo. Uma equipa só de Commando's pode ser boa mas não resulta sempre pelo que devemos ir rodando as formações, com muito estudo de cada inimigo mais difícil pelo meio. Os Eidolons são atribuídos a cada uma das personagens com o decorrer da história e agem em combate ao lado de quem o invoca, como em FFX, por exemplo. Se quisermos acabar com as coisas depressa, ou tentar, podemos entrar em Gestalt Mode, onde o Eidolon assume várias formas e consequentemente tem vários ataques.

E mais postais ilustrados.
Tudo isto são boas ideias mas a forma como foram dispostas no jogo é que não foi a melhor. Começando por algum lado, a evolução das personagens não é nada que se pareça aos jogos anteriores. Aqui não há níveis, as personagens evoluem consoante a história, de forma linear e aborrecida. É impossível ter personagens mais fracas do que outras, algo que é muito noob friendly mas bom para certas pessoas se ambientarem a este género de jogos. A meu ver, estraga o divertimento de evoluir. Por outro lado, esta evolução é feita essencialmente com os Paradigms base de cada personagem, que se assemelha à Sphere Grid de FFX. Ao evoluirmos um inteiro, podemos dedicar-nos a fazer o mesmo para os outros, algo que é mais time consuming do que propriamente desafiante ou até difícil. O que realmente estraga este jogo por completo é a extrema linearidade da história (que também é bastante aborrecida), que não nos deixa deambular por motivo nenhum, até chegarmos ao último capítulo, onde finalmente temos alguma liberdade para explorar, aquilo que se revela ser um mundo bastante vazio e sem nada de interessante para descobrir. Algo que sempre adorei nos Final Fantasy são as side quests, algo que em qualquer um dos outros existe com fartura. Neste a única que existe é semelhante às Hunts de FFXII e mesmo assim nem sequer se chega perto em termos de originalidade ou diversão.

Um bicho grande, habitual em Final Fantasy.
No fundo, este era um daqueles jogos que muitos aguardavam com alguma ansiedade mas deitou tudo por terra. O facto é que houve quem gostasse e diga que qualquer FF tem uma história linear, mas muitos tal como eu, detestaram a experiência. Tinha potencial mas as escolhas levadas a cabo pela produção foram as piores. Espero que de futuro façam melhor mas mesmo assim, depois de ver um trailer de FFXIII-2, já fiquei com muito medo. Mesmo com isto tudo, não deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

Um cheirinho da 2ª Guerra Mundial, amanhã por estas bandas. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

3 comentários:

  1. Óptimo texto, já tinha ouvido horrores sobre esse Final Fantasy e agora sei ao certo o porquê. Ainda assim é uma série de luxo que mesmo as ovelhas negras são boas aquisições para uma colecção que se preze. Gostei bastante dessa edição especial.

    ResponderEliminar
  2. Consegue a proeza de ser pior do que o VIII mas mesmo assim todos se jogam bem, havendo disposição. Tenho de ganhar coragem para arranjar o X-2, o único que evitei como a peste negra.

    ResponderEliminar
  3. Na boa viu Pedro, detestei esse FFXIII, mas detestei muito! eu achei o X-2 BEM melhor, não pelo enredo, mas sim pelo sistem consagrado de jobs. FFXIII me dá preguiça só de ver.

    ResponderEliminar