16 de junho de 2011

The House of the Dead: Overkill

Mesmo à filme série Z!
Desenvolvido por: Headstrong Games
Publicado por: Sega
Plataforma(s): Nintendo Wii, PlayStation 3
Lançamento: 10-02-2009 (EUA), 13-02-2009 (EU), 03-10-2009 (JP)
Género: On-rail Shooter
Modos de jogo: Modo História e Director's Cut para um ou dois jogadores, Mini-jogos para um até quatro jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii, Compatível com o modo 50/60Hz, Compatível com o modo EDTV/HDTV, Compatível com Wii Zapper
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, é excelente.

(Alguém viu o eclipse? Eu vi. :P)

Tudo informação pertinente!
Muito boa gente "acusa" a Nintendo Wii de ser uma consola sem jogos interessantes e que essencialmente é só para miúdos ou jogadores casuais mas tais afirmações denotam uma tremenda falta de conhecimento e acima de tudo estupidez crónica. Sim, porque quem diz barbaridades destas, seja contra a Nintendo, contra a Sony ou mesmo contra a Microsoft, pondo em causa estes factores é claramente estúpido. E é isso que distingue as pessoas que gostam de videojogos do resto. Mas isto tudo vem apenas com um propósito que é provar que a Wii é a única consola onde estão os jogos mais violentos, combinados com a genialidade retorcida de certos indivíduos. Ou pelo menos, até há bem pouco tempo era, visto alguns destes terem saído para PS3 e outros estarem prestes a sair. O jogo que trago até aqui hoje é provavelmente o melhor exemplo, pois combina violência desenfreada, insanidade mental e humor negro, isto já para não falar na discriminação impregnada em cada bit. Sim, é mesmo bom! Este exemplar adquiri-o online por cerca de 11 euros, novo e selado, claro está.


The House of the Dead: Overkill é um On-rail Shooter, tal como os seus antecessores onde o objectivo é basicamente matar zombies e outras aberrações que se atravessem no nosso caminho. A grande diferença é que neste a história é boa, dentro do mau, ou seja, é como se estivéssemos a ver um filme Grindhouse, realizado pelo Tarantino ou pelo Rodriguez, até porque este jogo é claramente inspirado nesses filmes. Mas passando à história propriamente dita, em 1991 o Agent G é destacado para ir até ao Louisiana investigar uns desaparecimentos e tentar prender Papa Caesar, um conhecido senhor do crime. Ao chegar, depara-se com um cenário macabro onde os zombies são os principais protagonistas, fazendo com que G tenha de se aliar ao detective Washington, recém-chegado ao local e com muito má atitude. Assim começa uma história completamente psicótica e louca...

Manual e disco.
Uma das coisas que realmente gosto neste jogo é a parte visual. É brutal! Ainda que não sejam os melhores gráficos que a Wii já processou, são sem dúvida os mais atmosféricos, sangrentos e acima de tudo "cinemáticos" devido aos efeitos visuais à la Grindhouse, que lhe dão um toque de génio. Os cenários são bastante diversificados, visto os níveis se passarem todos em sítios diferentes, desde a típica mansão no meio do mato, um hospital, um circo, passando por um comboio que acaba num pântano e culminando numa prisão enorme. Os modelos das personagens, ainda que não sejam perfeitos são funcionais e no que toca a zombies, carinhosamente chamados de mutantes neste jogo, existem aos pontapés em várias formas e feitios desde os mais magrinhos, escanzelados e sem pele, aos mais rechonchudos com muita carninha para morder. As animações estão bastante boas e tudo se processa a uma velocidade mais do que aceitável, sem quebras nem solavancos.

Tanta carne para abater!
O som é sem dúvida a melhor coisa que este jogo tem, não desfazendo obviamente o resto, que também é excelente. A banda sonora é genial, com músicas alusivas ao próprio território onde decorre a acção e combinando vários géneros musicais, resultando numa mistura completamente doida. Mas se há coisa que brilha em HOTD Overkill é o voice-acting. Os diálogos entre as duas personagens são hilariantes e não se calam durante o jogo todo! É que estão constantemente a falar e a fazer observações a tudo o que se passa à volta deles, fazendo com que o jogador passe metade do tempo a rir com as baboseiras que dizem. E quando se juntam a Varla Guns, a boazona de serviço, aí é que é de ir aos céus, pois por norma ela aparece sempre nas "melhores alturas". Uma vez mais nota-se a inspiração nos filmes pois diálogos deste calibre não são para todos. O resto do som porta-se bem, com muito barulho de disparo e grunhidos zombie a misturarem-se durante a maioria do tempo.

Palhaços, são assustadores em qualquer jogo.
A jogabilidade em HOTD Overkill é do mais simples que existe. Basta apontar o Wii Remote e disparar, ocasionalmente usando uma granada para dispersar as multidões. Obviamente estas nem sempre são lentas e existem alguns inimigos bem rápidos, com um ou outro susto garantido para os facilmente impressionáveis. Os níveis seguem-se uns atrás dos outros, de acordo com a história e assistidos por cutscenes com o próprio motor de jogo. No final de cada um espera-nos um boss, saídos todos eles de vários filmes de terror, algo que irão certamente gostar se forem fãs do género e tiverem alguma bagagem nesta área pois as referências são mais do que muitas. Para além do modo história, existe um modo Director's Cut que proporciona níveis maiores, com percursos diferentes e acima de tudo com muito mais inimigos. Obviamente, convém já ter-se acabado o jogo uma vez e começar a pensar em fazer upgrade às outras armas, pois a pistola inicial começa a revelar-se inútil mesmo se estiver ao máximo. Aconselho vivamente a caçadeira e mais tarde a Hand Cannon, embora possam sempre levar duas armas, logo a escolha é variada. O jogo conta ainda com alguns mini-jogos, que vão desde matar o máximo de zombies, perdão, mutantes, possível com apenas uma vida, a proteger e salvar inocentes que aparecem espalhados pelo cenário. Qualquer um destes entretém por um tempo limitado, pelo que os modos principais são bem melhores.

Varla Guns, uma miúda rija!
Tudo isto permite-nos ir desbloqueando músicas da banda sonora, artwork e outras goodies, tendo também em conta a nossa performance pois o jogo assenta numa base de combos, ou seja, acertar cada tiro sem desperdiçar balas e sem ser atingido. Quanto mais hits, maiores serão as pontuações e bónus. A título de curiosidade, o jogo foi inspirado em Planet Terror, algo que já tinha dado a entender acima e as personagens baseiam-se em pessoas como o rapper Common, no caso de Washington, a modelo Vikki Blows, para Varla Guns, Burt Reynolds no que toca a Papa Caesar, Stephen Hawking (!) para o primeiro boss e finalmente Keanu Reeves, quando chega a vez do Agent G. Uma boa notícia é que irá ser lançada uma versão HD para PS3, neste Outono, com mais dois níveis adicionais e tratamento à altura. Até há bem pouco tempo, este jogo tinha o recorde do Guiness para mais palavrões ditos durante o jogo inteiro, com 189 "F-Bombs". O recorde foi quebrado mais tarde pelo Mafia II.

E com tudo isto só me resta dizer para jogarem esta pérola. É genial em todos os aspectos e se a violência, o sexismo e as asneiradas não vos fazem impressão, é sem dúvida uma tarde bem passada. De resto, é claramente um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, mais zombies na Nintendo DS. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Como bom fã da Sega old-school que sou, sempre segui os jogos dessa série desde o original das arcades/saturn, e esse Overkill é o que me desperta mais interesse, precisamente pela toada de humor negro e pela paródia aos filmes de série B que foram feitos nas décadas de 70/80.

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