|
Estes ecrãs antigos são nostálgicos. |
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director: Takashi Tezuka
Produtor: Shigeru Miyamoto
Argumentista(s): Kensuke Tanabe, Yoshiaki Koizumi
Compositor: Koji Kondo
Plataforma(s): Virtual Console, Super Nintendo, Game Boy Advance
Lançamento: 21-11-1991 (JP), 13-04-1992 (EUA), 24-09-1992 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Suporte Digital
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii
Outros nomes: Zelda no Densetsu: Kamigami no Triforce (ゼルダの伝説 神々のトライフォース) (JP)
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o várias vezes.
(Solinho! Finalmente.)
|
Link esqueceu-se do guarda-chuva... |
No tempo da
Super Nintendo, os preços do software e mesmo do próprio hardware não eram nada convidativos. Pior ainda era o facto de não existir
internet como hoje, onde existe um mar de oportunidades e pechinchas à espera dos exploradores como eu, pelo que a única opção era comprar os jogos nas lojas. Mas como cada jogo custava os olhos da cara, dois jogos por ano era por norma o que recebia, um no Natal e outro nos anos. Com alguma sorte, um nas férias do Verão por ter passado de ano com boas notas. É por este mesmo facto que não tenho uma colecção de
SNES bem maior e arranjar estes mesmos jogos em suporte físico nos dias que correm é um desafio pois dois factores tenho sempre de considerar: o estado do material e o preço que pedem pelo mesmo E aqui é que é preciso ter mesmo muita sorte em achar um bom negócio. Ainda assim a solução mais fácil é adquirir exemplares em formato digital na
Wii Shop Channel como foi o caso do jogo de hoje.
Até que um dia o arranje a "sério"... Em 2023 lá arranjei um exemplar (apenas o cartucho), por cerca de 35 euros na Play N' Play.
|
Derrota-se o mauzão e fica-se com a miúda. |
The Legend of Zelda: A Link to the past é uma prequela do jogo original de
NES e da sequela deste, por incrível que pareça. Quando todos pensavam que era uma sequela dos dois anteriores, surge a revelação que afinal é o primeiro de todos. Mas isso não impediu ninguém de o desfrutar, antes pelo contrário, pois naquela época era puto e queria era jogar mais um
Zelda. Neste assumimos o papel de um
Link mais novinho, que recebe uma mensagem telepática da princesa
Zelda, que se encontra cativa nas masmorras do castelo. Após uma pequena missão de salvamento,
Link e
Zelda escapam através de uma passagem que vai dar a um santuário. Aqui um homem informa-os que o feiticeiro
Agahnim planeia partir os selos dos
Seven Sages, que foi feito há centenas de anos atrás para prender o terrível
Ganondorf. Assim Link tem em mãos uma nova demanda que se vai estender a mais do que um só mundo.
|
Reparem no polvo gigante. |
Tendo sido um dos primeiros títulos de
SNES,
A Link to the past é lembrado com saudosismo e acima de tudo, considerado um dos melhores jogos desta consola. Não é para menos pois a começar pela parte gráfica extremamente cuidada e cheia de pequenos pormenores, este jogo é no mínimo delicioso para que aprecia a simplicidade dos visuais bidimensionais.
Sprites pequeninos mas detalhados, super fluidos e com cenários variados e densamente povoados de objectos,
A Link to the past é um jogo espectacular. Mais ainda por nem sequer fazer pleno uso das capacidades da
SNES pois nesta época o máximo que os cartuchos tinham eram
8-megabit. Isto significa que foi feito uso de compressão gráfica e a palete de cores apenas chega às 8 e não às habituais 16. Contudo isto não se nota devido a este processo de descompressão e à eliminação de duplicação, algo que podemos vislumbrar por exemplo na transição entre o
Light World e o
Dark World visto serem virtualmente idênticos.
Mas deixando os pormenores técnicos de lado e passando à parte audível, A Link to the past conta uma vez mais com o excelente trabalho de Koji Kondo, um mestre nestas andanças. Aproveitando as músicas originais, deu-lhes um novo gostinho, compondo ainda algumas completamente novas que, tal como qualquer fã de Zelda sabe, foram aproveitadas para quase todos os jogos que se seguiram. Não ignorando o som em geral, este é também muitíssimo bom, algo comum a todos os jogos produzidos pela Nintendo.
|
A Master Sword! Siga fazer estragos. |
Onde este jogo realmente prima, à semelhança de quase todos na série é na jogabilidade e nas novidades que introduz. Se por um lado tudo se processa como de costume em termos de exploração, combate e afins,
A Link to the past é o primeiro jogo a apresentar transição entre dois mundos, o
Light World e o
Dark World, onde para explorarmos o segundo precisamos de um item específico para não mudarmos de forma. Isto não só torna o jogo mais interessante como duplamente maior, onde a exploração aumenta consideravelmente e as nossas acções em ambos os mundos têm impacto um no outro. Este conceito foi novamente utilizado em
Ocarina of Time. Novos itens fizeram também a sua aparição neste jogo como por exemplo o
Hook Shot que nos permite chegar a sítios aparentemente inacessíveis e as
Pegasus Boots que nos permitem correr e investir contra inimigos. Por outro lado
Link ganhou mais agilidade nos seus movimentos, sendo o controlo mais fluido e podendo agora andar na diagonal, facilitando imenso os combates. E falando em combates, imensas masmorras com
bosses enormes estão à nossa espera, exigindo bastante estratégia em alguns casos, fazendo com que este jogo seja um dos mais desafiantes na série, sem se exceder na dificuldade.
|
Ganon em "pessoa". |
Este jogo foi mais tarde lançado para
GBA com o nome
The Legend of Zelda: A Link to the past & Four Swords, com algumas pequenas modificações, sobretudo a nível de sons e efeitos. O
Four Swords, pensado para
multiplayer, é independente mas o progresso feito neste jogo permite desbloquear coisas nos outro, como por exemplo uma nova masmorra.
E pouco mais tenho a dizer sobre este brilhante jogo a não ser, joguem-no! Se tiverem uma Wii é fácil, está disponível na loja online, é só chegar lá e gastar pontos. Se não têm, bom existem outras maneiras mas quem lê isto sabe como o fazer. Seja como for, este é sem dúvida um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã, uma família muito conhecida vai passar por estas bandas. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
Sem comentários:
Enviar um comentário