Aya dorme uma soneca. |
Publicado por: Square (EU/JP), Square Electronic Arts (EUA)
Director: Kenichi Iwao
Produtor: Yusuke Hirata
Artista(s): Tetsuya Nomura, Fumi Nakashima
Compositor: Naoshi Mizuta
Plataforma(s): PlayStation, PlayStation Network
Lançamento: 16-12-1999 (JP), 25-08-2000 (EUA), 12-09-2000 (EU)
Género: Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: 2x CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes.
(O Duke Nukem Forever tem tido tão más reviews que é assustador!)
Na análise de ontem, referi vagamente que alguns jogos que foram lançados na PlayStation, nunca viram a luz do dia na Europa. A razão para o sucedido é-me completamente desconhecida mas o facto é que vários títulos da Square sofreram deste mal, sendo um deles Parasite Eve, um dos meus jogos de eleição de todos os tempos. Mas esse, já aqui analisado, lá tive de o arranjar na versão NTSC. Felizmente a sequela saiu na Europa, ainda que tivesse deixado muito boa gente a "apanhar do ar" pois viram um II na capa mas nunca tinha sequer ouvido falar do primeiro. Este meu exemplar nem me lembro ao certo onde o comprei, creio que tenha sido na Fnac da Baixa Chiado ao preço normal, pouco tempo depois de ter sido lançado.
Parasite Eve II é a sequela aguardada do excelente Parasite Eve, um jogo que a meu ver revolucionou a primeira PlayStation, assim como Final Fantasy VII mas numa escala menor. Mas as expectativas era elevadas para este PEII, pois o primeiro tinha criado um novo género para todos os efeitos. Contudo, as esperanças dos fãs caíram por terra ao verem a súbita mudança de género ainda que esta não fosse assim tão diferente. Mas já lá vamos. A história deste jogo decorre depois dos eventos do antecessor, agora com Aya Brea ao serviço do FBI, mais concretamente numa divisão especial de nome Mitochondrial Investigation and Suppression Team (MIST). Aya é enviada para o centro de Los Angeles, mais concretamente para a Akropolis Tower, onde foram avistadas Neo-Mitochondrial Creatures (NMC). Ao chegar depara-se com um cenário de chacina e com uma nova ameaça: estes NMC's conseguem adoptar a aparência dos humanos. Para piorar ainda mais este cenário, Aya descobre uma nova forma de NMC, as Artificial Neo-Mitochondrial Creatures (ANMC), que aparentemente podem ser controlados. O pesadelo está prestes a repetir-se.
Discos e manuais. |
Tal como o seu antecessor, PEII apresenta-se com um grafismo muito comum para a época onde modelos tridimensionais se movimentam por cenários pré-renderizados, onde a atenção ao pormenor e detalhe é elevada, proporcionando excelentes ambientes com muitíssimo boa atmosfera. Contrariamente ao original, este adopta uma postura do estilo Resident Evil, algo que se nota muito nos ângulos de câmara escolhidos para o desenrolar da acção. Obviamente isto não é feito ao acaso. Os modelos das personagens e dos inimigos são nitidamente superiores aos do seu antecessor, ainda que as animações e afins não sejam muito diferentes. Como é normal nos jogos desta época, as cutscenes do jogo são feitas em CG, outra coisa que mudou substancialmente face ao primeiro jogo, com cenas bem mais elaboradas e agradáveis à vista.
No campo sonoro, PEII comporta-se à altura, com uma excelente banda sonora que muitos consideram mais atmosférica do que a do primeiro jogo, ainda que na minha opinião ambas estejam num empate técnico. Pessoalmente prefiro a banda sonora do anterior à deste, mas não desfazendo, esta está muito boa e deu origem a dois CD's com 66 faixas divididas por ambos. Isto sempre quer dizer algo. O som no geral também é excelente mas peca num único ponto: não existe voice-acting de espécie alguma, nem nas cutscenes. Considerando que Resident Evil saiu uns anos antes e tinha, apesar de ser bastante piroso no primeiro jogo, não há desculpa.
Aya extermina bichos esquisitos. |
Quando comecei a escrever esta análise, mencionei que o jogo mudou de género face ao original. Pois bem, se o original se apresentava como "The Cinematic RPG", este apresenta-se com um simples Survival Horror ou se preferirem um clone de Resident Evil 2. Isto foi uma desilusão tremenda para os fãs do primeiro jogo, pois esperavam algo igual mas com mais e melhor. Eu posso dizer que faço parte deste pequeno grupo. Mas depois de começar a jogar PEII, aos poucos fui-me mentalizado que não havia volta a dar e que o jogo até estava bom, fosse ou não um clone de RE2. A verdade é que apesar de tudo, PEII revela ser um jogo excelente, sobretudo na parte jogável. Comporta-se tal e qual qualquer jogo da saga Resident Evil, desta época, com algumas diferenças substanciais, como por exemplo as armas, que permitem mais alterações e o equipamento que temos de utilizar e que nos permite levar mais itens e usar mais Parasite Energy. E se o jogo anterior se baseava em random encounters e a famosa Active Time Battle de Final Fantasy, o combate neste decorre em tempo real, com os inimigos bem à vista, especialmente os gigantescos bosses. Os elementos de RPG do primeiro perderam-se mas ainda assim sobraram os pontos de experiência, que nos permitem ir evoluindo a Parasite Energy, bem como outros atributos.
O deserto, vamos lá passar um bom bocado. |
O equipamento tanto pode ser encontrado, como adquirido ou criado por Aya. Ainda que Aya não possa carregar muito equipamento, a munição é algo que é raro faltar e o próprio jogo encoraja ao combate, visto haver tanta. Isto é algo que vai contra as "regras" dos Survival Horror, mas ao mesmo tempo torna o jogo mais divertido ainda, incentivando o jogador a explorar cada cantinho e a destruir tudo o que possa. Tal como acontecia anteriormente, a Parasite Energy divide-se entre defensiva e ofensiva, permitindo tanto ataques devastadores como por exemplo, curar-nos quando estivermos mais aflitos. Ao completarmos os jogo somos recompensados com alguns mimos pela nossa prestação, que depende de alguns eventos chave na história pois o jogo tem dois finais. Ainda assim, somos convidados a experimentar as dificuldades mais elevadas que nos colocam no campo com menos munição, menos capacidade para carregar itens e inimigos mais difíceis, que se traduz me substituir os mais fraquitos por outros mais rijos, como por exemplo os Golem's (um dos bosses do jogo).
Mais um bicharoco estranho. |
Parasite Eve II pode não ser tão bom como o primeiro mas é sem dúvida um excelente jogo, dentro deste género e algo diferente face a Resident Evil por não ter zombies mas sim criaturas completamente disformes e de certa forma diferentes. Para quem gosta do género, recomendo vivamente que lhe dêem uma oportunidade, ainda que seja um jogo antigo. Mas é isto que o torna num JOGALHÃO DE FORÇA!
Outro jogo da Square, manhã, por estas bandas. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
É uma pena que os jogos da Square para a PS1 por norma sejam carotes, é uma série que gostaria de juntar à minha colecção, mas terá de esperar.
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