11 de junho de 2011

The Simpsons: Bart Vs. The Juggernauts

Esta capa foi um verdadeiro chamariz!
Desenvolvido por: Imagineering
Publicado por: Acclaim
Director: Takashi Tezuka
Plataforma: Nintendo Game Boy
Lançamento: Setembro de 1992
Género: Acção, Mini-jogos
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 1-megabit
Funcionalidades: Nada, zero, nicles
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Nunca o acabei, comparo a dificuldade à do Battletoads de SNES.

(É fim de semana e como tal não há nada a declarar.)

Too purple!
Na década de 90 era comum ver jogos baseados em filmes que foram sucesso de bilheteira, como uma extensão desses mesmos pois era dinheiro em caixa garantido. Isto segundo as cabeças brilhantes por detrás do negócio processava-se da seguinte maneira: se o filme teve sucesso, o jogo irá ter também porque os miúdos vão querer jogá-lo e os papás vão gastar dinheiro no mesmo. Melhor ainda, o jogo poderá ser a maior porcaria de sempre mas ninguém saberá disso até o jogar porque não existe internet para esclarecer os consumidores. A verdade é que isto foi a realidade durante muito tempo, onde comprávamos os jogos só porque a capa era gira. Claro que o passa-palavra e as revistas da especialidade ajudavam muito na decisão de compra mas nem todos eram assim tão inteligentes. Ou tinham amigos com jogos para emprestar. O jogo que trago aqui hoje não é baseado num filme mas sim numa série que ainda hoje passa na televisão. Digamos que os jogos baseados nesta série, que saíram na década de 90 são todos maus e este não é excepção. Este foi-me oferecido pelo meu pai numa férias de Verão, porque o chateei tanto que lá acabou por me comprar o jogo que eu queria.


Manual e cartucho.
The Simpsons: Bart Vs. The Juggernauts, é um dos vários jogos baseados nesta famosa série que tantos fãs conquistou. A série claro, porque o jogo deixa muito a desejar. A história dava um episódio, se é que não deu pois Bart vê-se metido num concurso de televisão chamado Juggernauts USA, algo parecido a American Gladiators. Para triunfar tem de bater os oponentes numa série de mini-jogos e desafios, onde irá ganhar dinheiro. O jogo decorre ao longo de várias semanas, sendo que Bart tem de ganhar a maioria dos eventos para passar à próxima fase. E é isto até ao final.

Um dos eventos mais divertidos.
No departamento gráfico, Bart Vs. The Juggernauts até se porta bem, com sprites bem desenhados, bem animados q.b. e uma velocidade adequada para o tipo de jogo em questão. Os cenários são variados ainda que não sejam os mais apelativos de sempre mas cumprem bem a sua função. Dos jogos de Simpsons que existem no Game Boy é bem capaz de ser o melhorzinho, visualmente.

Sonoramente vamos ouvir o tema principal da série vezes sem conta, tornando-se obviamente enjoativo ao final de uns 20 minutos. Existem outras músicas, nomeadamente uma por evento mas se considerarmos que passamos mais tempo a ler os comentários dos apresentadores do programa do que propriamente a jogar, esquecemo-nos desse facto. O som no geral não é muito agradável mas é decente.

Este é aborrecido e frustrante.
Mas então onde é que este jogo falha? Bom, a jogabilidade não é a melhor e o facto dos comandos se irem alterando para cada evento não ajuda nada. Isto deve-se essencialmente ao facto do controlo ser demasiado rígido e pouco flexível. Por outro lado os eventos não nos oferecem um tutorial para treinarmos o que aumenta um pouco a fasquia ao nos atirar directamente para os lobos. Existem sete eventos espalhados pelas várias semanas do jogo, entre eles o Dr. Marvin Monroe's Hop, Skip and Fry onde temos de meter uma bola no cesto mas para isso é preciso atravessar uma espécie de tabuleiro de xadrez electrificado com inimigos pelo meio que nos fazem cair noutras casa; atravessar um campo minado e cheio de arame farpado; combater com cotonetes gigantes na central do Mr. Burns; descer uma rampa de skate cheia de obstáculos; combater na Moe's Tavern numa competição de empurrões e ainda um onde corremos num percurso de obstáculos dentro do Apu's Kwik-E-Mart. A ideia é gira mas a jogabilidade dentro de cada um não é das melhores e a dificuldade é exagerada em certos eventos, levando-nos a rage quits frequentes. Eu falo por mim, que me passei tantas vezes com o jogo.

E provavelmente o melhor evento do jogo.
Obviamente, se falha nesta área não há nada a fazer pois persistir em jogar isto é puro masoquismo. E um jogo que não conseguimos acabar devido a estes factores nunca pode ser um bom jogo. Às vezes pergunto-me o que estavam os programadores a pensar quando decidiram lançar o jogo assim. Quem é que testou isto? Robots? Enfim, é melhor nem pensar nisso. Mas como é habitual, tem um valor sentimental e está na colecção, logo e independentemente das suas falhas, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Vamos até África, amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

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