StarFox Assault

A capa não é das melhores.

Desenvolvido por: Namco
Publicado por: Nintendo
Director(es): Toshiyuki Nakanishi, Hideki Okazaki, Yutaka Yoshida
Produtor(es): Tsuyoshi Kobayashi, Shigeru Miyamoto
Compositor(es): Yoshie Arakawa, Yoshinori Kawamoto
Plataforma: Nintendo GameCube
Lançamento: 15-02-2005 (EUA), 24-02-2005 (JP), 29-04-2005 (EU)
Género(s): Acção, Third Person Shooter, On-rail Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer local para até 4 jogadores
Media: Nintendo Optical Disc (1.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (5 Blocos), Compatível como os modos 50Hz/60Hz
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chegou.

(Fim de semana, nada a declarar.)

A matilha reunida.

Por vezes a mudança dentro de uma série de jogos famosos nem sempre é a melhor coisa que pode acontecer. Habituados a um género, os fãs têm sempre tendência a estranhar e a recusar novas abordagens ao universo que tão bem conhecem e adoram. Porém existem algumas mudanças que trazem novidades, variedade e acima de tudo divertimento. O problema é depois saber se continuam a apostar nesta nova abordagem ou se voltam às origens. Por um lado podem continuar com a mesma legião de fãs, por outro podem ir buscar os descrentes, que por norma são fãs da velha guarda. O caso de hoje é um daqueles que podia ter sido um verdadeiro sucesso e um excelente regresso às origens mas revelou ser precisamente o oposto. Este meu exemplar, adquiri-o novo na Replayzone do Colombo por cerca de 26 euros, a 13-01-2007. Tinha ali o talão com estas informações... :P

Manual, papelitos e disco.

StarFox Assault marca o regresso de Fox e da sua equipa às consolas Nintendo, mais concretamente à GameCube, depois do excelente StarFox Adventures. Neste novo capítulo, que decorre um ano após os eventos de Adventures, Fox e a sua equipa tem em mãos um novo problema. Andrew Oikonny, sobrinho do pérfido Andross reúne a armada do tio e decide investir contra a armada de Corneria. Fox McCloud, com a ajuda de Falco Lombardi, a recém chegada Krystal, Slippy Toad e Peppy Hare que agora controla a acção a partir da Great Fox, vai perseguir Andrew até Fortuna, onde após uma batalha descobre uma nova ameaça: os Aparoid, uma espécie que combina a robótica com insectos e que se prepara para infectar todas as formas de vida existentes. O resto é jogo...

Se o jogo fosse só assim era fantástico.

Tal como a grande maioria dos jogos de GameCube e em especial o seu antecessor, StarFox Assault conta com uns visuais espectaculares, cheios de cor, de efeitos e acima de tudo extremamente detalhados com direito a todos os pormenores que merece. A meu ver não é tão atractivo quando o Adventures mas ainda assim cumpre o seu papel. Visto ser mais focado para a acção não se deu tanta importância ao desenho de níveis que é bastante linear.

Sonoramente consegue proporcionar o ambiente ideal para o género, com uma banda sonora sólida e algo reminiscente de títulos anteriores, sem no entanto se revelar estrondosa, o que é pena tendo em conta a saga que é. O voice-acting está muito bom, com bastante diálogo entre as várias personagens, ainda que este seja ocasionalmente piroso mas isso já é algo que faz parte da série, desde que estes animais começaram a ter direito a voz. O som no geral é óptimo, tal como os jogos anteriores, fazendo pleno uso das capacidades do cubo da Nintendo.

Níveis no Landmaster são secantes...

Onde StarFox Assault se espalha ao comprido é mesmo na parte jogável e nos campos que lhe estão associados. Embora o controlo seja excelente, aliado a uma framerate decente, parece que não é a mesma coisa que nos StarFox antigos, especialmente no de N64 que é para mim o topo da saga. Mas esta não é a parte "má", aliás é a "boa". O que realmente não gostei foi terem diversificado demasiado a jogabilidade e em especial os níveis, tornando a experiência demasiado linear e aborrecida. Os níveis de Arwing são óptimos, tal como os antigos adoptando o sistema On-Rails que tão fica nesta série, mas quando chegamos à parte de controlar o Landmaster, optaram por uma maior liberdade de movimento tornando os níveis fechados e pequenos, com objectivos aborrecidos. StarFox é para rebentar coisas, chegar ao boss e dar-lhe uma tareia, partir para o próximo nível e está feito. Ah e pelo caminho tentar achar algum warp ou outra rota para seguir por outro caminho. Neste jogo isso não acontece pois apesar de maioria dos planetas estar presente, os níveis vão dividindo pelos veículos e mudam de mecânica. Para piorar, para além dos veículos, existem níveis onde andamos a pé, disparando sobre os inimigos com várias armas à disposição. Aqui, inegavelmente tenho de o comprar ao Adventures, dotado de uma excelente fluidez e onde o combate é agradável e inteligente. Em Assault é ridículo, aborrecido e até mesmo difícil em certas partes, sendo que podemos sempre saltar para dento de um veículo para darmos conta do recado. Ainda assim, não me agradou.

A pé então são deprimentes...

Os senhores da Namco deviam ter visto com olhos de ver, como o jogo de N64 foi feito e se possível tentar fazer algo parecido. Mas fizeram precisamente o contrário, tentaram variar e o resultado é este, uma borrada. O jogo tem ainda um modo multiplayer que inicialmente é muito limitado e obriga o jogador a ir desbloqueando novas personagens, armas e afins, algo que não tive paciência nem pessoas para me ajudarem a fazer. E também porque no geral não gostei do jogo.

Ainda está para sair um verdadeiro sucessor do grande Lylat Wars (StarFox 64), visto que nenhum até agora deu conta do recado. O Adventures, que já aqui analisei é excelente mas não é um verdadeiro StarFox, este é o que acabei de escrever e o que se segui na DS, o StarFox Command prefiro nem comentar. A 3DS vai receber uma versão actualizada do 64 mas ainda assim preferia um jogo novo. Bem, não se pode ter tudo. No caso de StarFox Assault, estando ele na colecção é um JOGALHÃO DE FORÇA, independentemente dos seus defeitos.

Amanhã, rally na N64. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: