29 de junho de 2011

Super Mario World 2: Yoshi's Island

Capa à la Nintendo!
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director(es): Takashi Tezuka, Toshihiko Nakago, Shigefumi Hino, Hideki Konno
Produtor: Shigeru Miyamoto
Compositor: Koji Kondo
Plataforma(s): Super Nintendo, Game Boy Advance
Lançamento: 05-08-1995 (JP), 04-10-1995 (EUA), 06-10-1995 (EU)
Género: Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: Cartucho de 32-megabit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartucho
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes

(Ventania desgraçada a de hoje.)

O autocolante era escusado.
A Super Nintendo foi sem dúvida uma das consolas mais surpreendentes de sempre, não só pelo seu catálogo de jogos mas em particular pelo seu hardware, capaz das maiores proezas de sempre, numa época onde a rivalidade entre marcas era fortíssima. A Sega optava por artilhar a sua Megadrive com periféricos que a tornavam mais potente, desde a MegaCD à 32X, ambas flops brutais no que respeita a jogos e vendas. A Nintendo parecia ir desvendando a besta que estava encarcerada debaixo do plástico cinzento, com jogos tecnicamente impressionantes e dignos das suas sucessoras de 32-bit que começaram a surgir já no final dos anos 90. Um dos responsáveis por isto foi sem dúvida Donkey Kong Country mas antes desse, o chip Super FX e posteriormente o Super FX2, foram sem dúvidas marcos importantes. O jogo de hoje conta com a ajuda deste segundo chip e é sem dúvida um dos jogos mais avançados que vi na SNES. Este meu exemplar foi-me cedido pelo meu contacto na Concentra, back in the days. :)


Manual, cartucho e papelada.
Super Mario World 2: Yoshi's Island é a prequela do famosíssimo Super Mario World, um dos jogos mais emblemáticos de sempre. A história decorre alguns anos antes de Mario e Luigi se assumirem como heróis. Uma cegonha que carregava dois bebés ao longo do imenso mar, é atacada pelo malvado Magikoopa Kamek, que se apodera do bebé Luigi. O coitado do bebé Mario cai numa ilha no meio do oceano chamada Yoshi's Island, onde, como é óbvio, habitam todos os Yoshi's. Tendo aterrado nas costas do Yoshi verde, este decide ajudar o bebé a encontrar o seu irmão raptado e a cegonha. Como é de calcular, a tarefa vai ser tudo menos fácil...

Este até terra come!
Sendo um jogo tecnicamente bastante avançado para a SNES, a parte gráfica de SMW2 salta logo à vista pelo seu aspecto cartoonish, algo que a própria Nintendo impôs depois de ter sugerido que queria algo do estilo visual de Donkey Kong Country. Miyamoto deu largas à sua imaginação e apresentou algo que parecia ter sido desenhado com canetas de feltro e lápis de cor, conseguindo assim a aprovação que pretendia. O resultado não podia ter sido melhor. É como se estivéssemos a ver desenhos animados e a jogar ao mesmo tempo, com uns visuais fabulosos, cheios de cor, com animações espantosas e acima de tudo bastante inspiração retirada por exemplo do quadro de Vincent van Gogh, The Starry Night. Por outro lado, os sprites aparecem de todos os tamanhos possíveis e imaginários, tudo isto graças ao chip Super FX2, que permite a utilização da técnica de sprite scaling, bem como efeitos com polígonos e ainda alguns efeitos de 32-bit. Nos Estados Unidos isto foi publicitado como sendo Morphmation e de facto é mesmo isso que acontece pois vemos sprites, literalmente, a crescer no ecrã.

Estando a parte musical e sonora a cargo de Koji Kondo o resultado é o que poderíamos esperar. Músicas a condizer com o cenário bucólico da ilha, variando consoante os níveis, como é habitual mas acima de tudo que nos ficam na memória. Acho que isto é lavagem cerebral por parte da Nintendo pois não há jogo que não nos fique retido na cabeça. Desenganem-se se esperavam algo estilo Super Mario World pois a música aqui é ligeiramente diferente, bem como todo o som em geral, não se tendo reciclado nada, aparentemente.

O grafismo é soberbo!
Para quem está familiarizado com o Yoshi de SMW, em SMW2 não vai ter problemas pois vamos andar sempre em cima dele. Visto o bebé Mario não andar nem correr, tem de contar com a ajuda do seu amigo dinossauro para tratar da saúde aos inimigos. É aqui que surgem as novidades. Yoshi pode comer os inimigos para de seguida cuspi-los, usando-os como pedras, vá lá. Mas também pode engoli-los, transformando-os em ovos que o irão seguir e que poderá usar como arma de arremesso, podendo fazê-lo de vários ângulos. Se porventura tocar em algum inimigo ou outro obstáculo que lhe cause dano, Mario saltará das suas costas, numa bola de sabão e a contagem decrescente começa. Ao final de pouco tempo, vários Magikoopas começaram a rodear o pequeno Mario e se não o alcançarmos, kaput, menos uma vida. Os power-ups que conhecemos não entram neste jogo, excepto o Starman, que dá invencibilidade a Mario, fazendo com que salte das costas de Yoshi e corra feito doido, derrotando todos os inimigos que se atravessem no seu caminho. De resto, em certos níveis, Yoshi pode assumir a forma de um carro ou helicóptero, para resolver determinados puzzles ou ultrapassar obstáculos. Para ajudar, não existe tempo, podendo o jogador despender o tempo que bem entender. Também não existe pontuação à antiga mas sim uma pontuação perfeita (de 1 a 100), que se traduz em Yoshi apanhar tudo o que seja moedas especiais e flores. Os níveis seguem também uma linearidade pouco característica desta saga, depois de Super Mario Bros. 3, onde Yoshi se limita a seguir sempre em frente, não havendo rotas alternativas. Os únicos níveis secretos, estão espalhados um por cada mundo e implica conseguirmos recordes de pontuação perfeitos, ou seja 100, em todos os níveis.

Um vaso assombrado é novidade...
Como seria de esperar, o jogo deu origem a outros derivados, como Yoshi's Story na N64, que é uma espécie de semi-sequela mas sem Mario. Na DS temos a sequela mais directa de nome Yoshi's Island DS, onde ao bebé Mario se juntam Peach, Bowser e Donkey Kong, também eles bebés. Também faz parte da colectânea Super Mario Advance, sendo o terceiro título da série com algumas novidades, como um final secreto se fizermos pontuação perfeita em todos os níveis, novos níveis secretos depois de terminarmos o jogo e ainda a utilização dos samples sonoros de Yoshi's Story.

Para quem aprecia plataformas, Super Mario World 2: Yoshi's Island é perfeito. De uma simplicidade extrema, é capaz de captar qualquer público e portanto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã voltamos a Raccoon City para mais uma dose de terror. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. O jogo é realmente bonito, tenho de lhe pegar um dia destes no emulador, por acaso nunca o joguei a fundo, apenas uma ou outra vez.

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