24 de julho de 2011

Killzone 2 [Limited Edition Collector's Box]

Caixinha metálica!
Desenvolvido por: Guerrilla Games
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Director: Mathijs de Jonge
Designer: Neil Alphonso
Compositor: Joris de Man
Motor gráfico: In-house engine, Havok (física)
Plataforma: PlayStation 3
Lançamento: 27-02-2009 (EUA/EU), 23-04-2009 (JP)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer online para até 32 jogadores
Media: Blu-Ray Dual Layer (50GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com Sensor de Movimento, Compatível com Função de Vibração, HD 720p, DLC adicional
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o quatro vezes.

(É Domingo, nada a declarar como é costume.)

Sim, vamos enfrentar a fúria.
Os FPS são um género que sigo desde sempre, ainda que se tenham tornado demasiado lineares e curtos, face aos clássicos de PC, que demoravam imenso tempo a acabar com muitos mapas para explorar e segredos para descobrir. Hoje em dia, muito por culpa do chamado "realismo", os FPS têm 8 horas de duração, na melhor das hipóteses, com umas quantas cutscenes metidas pelo meio e sem grandes desvios da história. Por um lado é bom, por outro é mau mas isto é uma eterna batalha que o género irá continuar a travar. O facto é que mesmo com os prós e contras, eu continuo a ter gosto em jogá-los e penso que isso é o que realmente interessa. O jogo de hoje é um exemplo de um FPS relativamente curto, com um nível de produção bastante elevado, tal como tantos outros da sua época. Este meu exemplar foi adquirido na DVD.co.uk, por cerca de 50 euros já com portes, logo no seu lançamento. Cá custava uns 80 euros...


Manual, papelada e disco.
Killzone 2 decorre logo após os eventos de Killzone Liberation, onde os nossos heróis limparam os últimos vestígios dos Helghast, que deixaram o planeta Vekta num estado lastimável. Não contentes com isso, o pessoal da ISA (Interplanetary Strategic Alliance) decide atacar o planeta natal dos Helghast, conhecido por Helghan, onde se encontra o Emperor Scolar Visari, um dos líderes dos mauzões. O objectivo é simples: capturar este senhor e parar a máquina de guerra Helghast. A tarefa está longe de ser fácil mas o sargento Tomas "Sev" Sevchenko, em conjunto com os seus camaradas de armas Dante Garza, Rico Velasquez e Shawn Natko, vão dar conta do recado. Jan Templar assume o comando a partir dos céus, deixando os campos de batalha para estes "novos" heróis.

O inlay desta edição.
Quando Killzone 2 foi apresentado em 2005 na E3, ninguém queria acreditar naquilo que via. O grafismo era brutal, com efeitos visuais do outro mundo e pormenores impressionantes como as animações das personagens, as partículas, o fumo e todos esses pequenos detalhes. Mais tarde, quando o jogo foi lançado, pudemos constatar que o cenário não mudou assim muito e a qualidade visual destacou-se, impondo um standard nos jogos da PS3. Diria que a nível visual, Killzone 2 é espantoso, com cenários detalhados, realistas, onde os efeitos visuais sobressaem, nomeadamente no que concerne a iluminação, sombras (um dos pontos fracos na PS3) e efeitos de fumo e água. As texturas também ajudam bastante a conferir este nível ao jogo, sobretudo nas personagens que estão excelentes, dotadas de animações surpreendentes, tanto a nível de movimentos corporais como expressões faciais, conseguidas através do Maya 8.5 e de muito motion capture. Não prima muito pela variedade visual, pois passamos grande parte do tempo em cenários citadinos completamente arrasados mas ocasionalmente iremos ter um pouco de terreno árido para apimentar as coisas. Pode ser um jogo para andar aos tiros mas os olhos também comem e as cutscenes aproveitam o motor de jogo para nos proporcionarem um pouco de "cinema em casa".

Os cenários são espantosos.
A sonoridade em Killzone 2 destaca-se particularmente pelo som ambiente e pelo voice-acting. Neste campo, o nível de qualidade é ímpar, onde cada som é importante para termos bem a noção da situação em que estamos metidos, desde os tiros, às comunicações entre os inimigos. O voice-acting é um dos pontos fortes, a meu ver, onde os diálogos são sólidos ainda que meio cliché, como seria de calcular num jogo deste tipo, onde o tema é guerra. Ainda assim cada personagem consegue transmitir a sua individualidade como ser humano, com personalidades bem distintas mas onde a camaradagem consegue sobressair sobre tudo o resto. A banda sonora apesar de ter o seu q.b. de épica, torna-se um pouco discreta pois durante grande parte do tempo não vamos dar grande importância à música, embora esta esteja lá para acompanhar a acção.

O multiplayer é uma das grandes novidades.
Algo que mudou em Killzone 2 foi a jogabilidade, isto quando comparado ao primeiro jogo. Neste tudo foi melhorado, embora possa parecer um pouco estranha se estiverem habituados à saga Call of Duty, pois o controlo em Killzone 2 é um bocado mais rígido e requer alguma habituação, nomeadamente devido às acções atribuídas a cada botão. Ainda assim existe um modo de controlo à lá CoD, para agradar a todos. O jogo está dividido por vários capítulos, cada qual com um certo número de missões que vamos ter de ir passando, com diversos objectivos básicos a cumprir, desde encontrar certas personagens, sabotar certos pontos ou defender uma posição, enquanto aguardamos por reforços. Ocasionalmente, teremos de lidar com inimigos mais rijos, quase que como uma espécie de mini bosses mas que não chegam a tal. Uma coisa que deixou de existir em Killzone 2 foi o disparo secundário, algo que gostava particularmente e que dava um certo jeito, como por exemplo a StA52 com caçadeira. Isso tudo deixou de existir mas as novas armas compensam esses estrago, sobretudo a de espigões!

Morre nazi do espaço!
A dificuldade em Killzone 2 aumentou exponencialmente, sobretudo se jogarem nas duas últimas dificuldades, onde os inimigos são estupidamente difíceis de matar e limpa-nos em menos de três tempos. Isto para não falar em certas partes do jogo, onde é um pesadelo conseguirmos sobreviver, levando-nos a níveis de frustração elevados. Mas se querem ter divertimento, em Normal passa-se bem e o final é igual. E já que falo em final, a história deixa um bocado a desejar, pois é demasiado linear e não agradou a todos, mas era algo que já se adivinhava. O jogo conta ainda com um modo multiplayer online que foi uma grande inovação face ao do primeiro jogo da saga, com vários modos de jogo à disposição, dos quais destaco o Warzone que se traduz em várias rondas de Assassination, Search & Retrieve, Search & Destroy, Bodycount e Capture & Hold. Isto não só dinamiza o jogo como o torna muito mais divertido e competitivo, permitindo ao jogador ir evoluindo a sua maneira de jogar nos vários modos quase que em simultâneo. Eu digo isto pois no meu caso só jogo Team Deatmatch neste tipo de jogos e descuro por completo outro modos bem mais divertidos. Em Killzone 2 isso não acontece, embora só lhe tenha tomado o gosto em Killzone 3 mas isso é assunto para outra análise.

Não pretendo esticar-me mais nesta exposição pois já ficaram com uma ideia do que esperar deste Killzone 2. Se jogaram algum dos dois anteriores, certamente vão querer saber o que se passa portanto este jogo é mais do que recomendado. Se não jogaram, bom, joguem este na mesma e depois aproveitem a embalagem e peguem no 3. Vale a pena e portanto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Um cruzeiro de luxo, com zombies, rumo a destino incerto, já amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Lembro-me perfeitamente do vídeo de apresentação na E3 2005. A guerra pela next-gen estava ao rubro e realmente esse vídeo era muito ambicioso. Ainda que o jogo final tenha acabado por ser bonito, a verdade é que ainda ficou uns passinhos atrás do que foi apresentado. Enfim, manobras publicitárias. Ainda não peguei nesta série, para já apenas tenho o original da PS2. Conto em obter os outros assim que tiver onde os jogar.

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