6 de julho de 2011

Wave Race 64

Jet Skis, what else?
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Designer: Shigeru Miyamoto
Compositor: Kazumi Totaka
Plataforma(s): Nintendo 64, iQue, Virtual Console
Lançamento: 27-09-1996 (JP), 05-11-1996 (EUA), 29-04-1997 (JP)
Género: Corridas
Modos de jogo: Modo Championship, Warm Up, Time Trial e Stunt para um jogador , Modo Vs. em splitscreen para dois jogadores
Media: Cartucho de 64-megabit
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Pak, Compatível com Rumble Pak, Compatível com Expansion Pak
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes.

(Este Verão anda muito murcho.)

Esta está limpinha!
A Nintendo 64 foi sem dúvida uma das consolas que me fez criar mais expectativas até hoje, não só por ser Nintendo mas também pelos jogos que iria ter, futuramente. Quando finalmente foi lançada, fiquei surpreendido com os títulos desde o soberbo Super Mario 64, a Turok, um dos primeiros FPS que apareceram na consola, passando por outros títulos como o excelente Blast Corps que não se enquadra em nada e o jogo de hoje, que é um simples jogo de corridas com uma particularidade: tem muita água. E se calhar foi mesmo isso que me chamou à atenção. Este meu exemplar veio em boa altura, pois foi-me cedido pelo meu contacto na Concentra. Muito dinheiro poupei nesta altura, só em jogos. :)


Wave Race 64 foi um dos jogos de lançamento da N64 e sem dúvida um dos mais surpreendentes pelos efeitos de água realistas e uma excelente física. A premissa é simples, corridas em Jet Skis, com o patrocínio da Kawasaki em vários percursos aquáticos contra outros oponentes controlados pelo computador, ou em splitscreen contra um amigo. Ninguém disse que os jogos precisam de ser complexos ou terem enredos pormenorizados.

Manual, papéis e cartucho.
Como já devem ter percebido, Wave Race 64 mostra aquilo que a N64 realmente conseguia fazer com os seus 64-bit, proporcionando os melhores efeitos de água até à data, ao longo de vários e variados percursos, desde ilhas com praias pouco povoadas, a portos e passando também por parques, literalmente, aquáticos onde os golfinhos podem ser vistos de vez em quando. Para um dos primeiros jogos, visualmente não lhe aponto o dedo em nada de negativo pois naquela época isto era sem dúvida melhor que os pixeis da PlayStation, de certo modo. As cores são algo que sobressai sem dúvida por todo o jogo, desde a água consoante a altura do dia, às próprias personagens e respectivos Jet Skis.

O som é algo que também se destaca, não só pelas vozes serem bastante audíveis mas pela música que fica retida no ouvido, em especial o tema de apresentação e claro, toda a parte que concerne ao barulho das respectivas máquinas que está bastante bem conseguido. Não me esqueço da água, que é sem dúvida o elemento principal deste jogo, aqui fielmente recriada em todos os aspectos.

O tempo nem sempre está solarengo.
Chegados à jogabilidade deparamo-nos com uma mecânica simples e eficaz, que difere apenas consoante o piloto que seleccionarmos para competir. Ao todo existem quatro a começar por Ryota Hayami, bom para todos os jogadores; Ayumi Stewart, recomendada para iniciados; Miles Jeter, que se adequa a jogadores já com alguma experiência e finalmente David Mariner que é apenas para experts. Cada um destes pilotos difere em controlo, velocidade e força. A título de exemplo, Ryota é mediano em tudo e David é bom em aceleração e força mas mau em controlo, tendo em consideração os restantes. Claro que podemos modificar ligeiramente os nossos Jet Skis, o que não significa que melhore a performance e os torne todos iguais. Mas isto não quer dizer que não joguemos com todos, antes pelo contrário, os diversos percursos assim o exigem e há pilotos que se safam melhor do que outros, até porque a água nem sempre está calminha. Existe ainda maneira de controlarmos um golfinho mas dá um certo trabalho conseguir essa proeza.

As bóias estão ali para alguma coisa.
Contam-se oito percursos que variam consoante a dificuldade. No modo campeonato, em Normal competimos em seis mas se jogarmos em Expert, já são oito. Os modos Hard, Expert e Reverse estão bloqueados inicialmente mas umas quantas vitórias permitem-nos aceder a estes mesmo. Outros modos incluem o Warm Up, onde andamos pelo Dolphin Park a treinar; Time Trial, que é auto explanatório e o modo Stunt que nos permite fazer acrobacias ao rodar o joystick para ambos os lados, por exemplo, entre outras combinações e claro, ao utilizar as rampas espalhadas pelos percursos, em busca da maior pontuação possível antes de se chegar à meta. Obviamente tudo isto obedece a uma única regra: passar por entre as bóias que marcam o caminho. Se falharmos cinco, somos desqualificados.

Em 97, esta era a melhor água digital de sempre.

Antes de sair, Wave Race 64 era para ter sido um jogo de barcos que tinham a capacidade de mudar de forma. Como isto se assemelhava muito às naves futuristas de F-Zero X, decidiram levar outro rumo. O próprio Miyamoto considera que é um dos jogos que mais partido tirou do hardware da N64, especialmente pela física da água e das ondas. A título de curiosidade, é um dos jogos favoritos de Tomonobu Itagaki, criador de Ninja Gaiden e Dead or Alive. Ainda nas curiosidades, o jogo foi lançado novamente no Japão, incluindo suporte para o Rumble Pak e na versão de Virtual Console foram removidos todos os logótipos da Kawasaki, tanto dos cenários como dos Jet Skis, abrangendo também o ecrã de título, visto o contrato de licenciamento ter terminado.

Ainda hoje, Wave Race 64 é um bom jogo devido à sua simplicidade e realismo, considerando a altura em que foi lançado. Acessível a qualquer pessoa, sem grande dificuldade e com uma boa dose de desafio, é sem dúvida alguma um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã no Jogalhões, terror numa cidade remota. :D

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Creio que foi o primeiro jogo de N64 que joguei. Posteriormente cheguei a comprar a sequela de Gamecube, à parte de bons gráficos não gostei muito e foi dos pouquíssimos jogos da minha colecção que me vi forçado a vender.

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