12 de julho de 2011

Soul Blade

Marilyn Manson? Não, apenas Voldo.
Desenvolvido por: Project Soul
Publicado por: Namco
Designer: Hiroaki Yotoriyama
Plataforma(s): PlayStation, Arcade
Lançamento: 20-12-1996 (JP), Janeiro de 1997 (EU), Maio de 1997(EU)
Género: Fighting
Modos de jogo: Modo história para um jogador entre outros, Modo Vs. para dois jogadores
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com controlo NegCon (SLEH-0003), Compatível com Namco Arcade Stick (SLEH-0004)
Outros nomes: Soul Edge (Arcade e Japão)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o tantas vezes que nem posso precisar.

(Estou quase, quase a terminar o Oblivion, após mais de 80 horas de jogo...)

Sem autocolantes... milagre!
No final da década de 90, muitos eram os jogos de arcada que mais cedo ou mais tarde, viriam a receber uma conversão para uma das várias consolas caseiras, existentes. Isto era visto com entusiasmo pois ter jogos de arcada em casa era algo do outro mundo naqueles tempos e só a ideia de os poder jogar até nos cansarmos mas sem gastarmos moedas na máquina, era suficiente para nos deixar felizes da vida. Claro que se pensarmos no custo do jogo em si, na volta iríamos gastar menos moedas. O jogo de hoje começou por aparecer nas máquinas e uns mesitos mais tarde fez o seu debut na PlayStation, com montes de extras e novidades. Este meu exemplar foi-me "oferecido" por um colega de escola. Na realidade ofereceu-me o Micro Machines V3 mas como não gostei, troquei com outro amigo por este, novo e selado. Melhor troca de sempre!


Manual, inlay e CD.
Soul Blade é daqueles jogos que ainda hoje consegue mostrar a sua excelência mesmo com os anos que já tem em cima. Na altura em que o joguei, fiquei fascinado com tudo, desde os vídeos em CG, ao grafismo quadradão, passando pela épica banda sonora. Mas já lá vamos. Tal como qualquer outro jogo do género, existe uma história para que todos andem à porrada uns com os outros. A de Soul Blade começa em 1584, segundo a timeline oficial, onde vários guerreiros andam à procura do mesmo, uma espada chamada Soul Edge, considerada a espada suprema. Esta espada que agora assume a forma de duas espadas, apareceu num leilão e foi reclamada por Cervantes, que entretanto desapareceu. Assim, os vários guerreiros continuam as suas demandas individuais na busca da espada, quer seja por vingança, por sede de poder e até mesmo por necessidade de ajuda. Há também que a pretenda destruir por saber que é malévola mas a única coisa que se sabe é que esta espada traz azar a todos os que a procuram.

Estas espadas devem ser mágicas...
Feitas as devidas apresentações, passemos ao recheio. Em termos visuais, Soul Blade começa com uma introdução em CG, que naquele tempo deixava qualquer um de boa aberta pela qualidade que apresentava. É sem dúvida um dos vídeos de abertura mais memoráveis e impressionantes que vi num jogo até hoje. Mas o jogo não se resume a isto e quando chegamos à parte da acção, deparamo-nos com um grafismo semelhante à série Tekken, meio rude na concepção mas sólido e acima de tudo funcional. Apesar de não correr a 60 frames, a fluidez é constante e não existem solavancos de espécie alguma. Os cenários são bastante variados, condizendo com cada um dos lutadores e distanciando-se daqueles que os Tekken ofereciam, onde o vazio era uma constante.

Dizer que o som em Soul Blade é bom, não é justo. O som é de facto excelente a começar pela épica banda sonora, que desde a música do vídeo de apresentação, até à música dos créditos, não nos sai da cabeça. Ainda hoje se nos pusermos a pensar nisso, aquelas melodias regressam quase que instantaneamente. E com boa música tem de vir uma boa componente sonora no que concerne aos sons das armas, que são brutais e claro o voice-acting, desde o narrador às várias personagens que curiosamente falam na sua língua materna. Por exemplo Mitsurugi que fala em Japonês mas já Rock fala em inglês, sem necessidade de se mudar o áudio, até porque nesta altura essas opções eram inexistentes.

Olha ali o careca! Olha ali o outro a levar...
A mecânica em Soul Blade é parecida à de outros jogos do género pelo que não é difícil de todo a adaptação aos controlos. Existem dois botões de ataque com a espada, um para pontapé e um de defesa. Combinações entre estes resultam em alguns combos e projecções, algo sempre útil. Podemos ainda utilizar esquivas para evitar ataques do adversário, resultando em contra ataques rápidos e frenéticos, algo que confere uma nova dinâmica ao género. Existem dez personagens à escolha, desde ninjas, samurais, cavaleiros entre outros, cada qual com os seus atributos mais cinco secretas, desbloqueáveis segundo certos critérios. Curiosamente cada personagem tem dois finais, um bom e um mau, mas por norma o bom obedece sempre a um mini-jogo que se resume a pressionar uma certa combinação de botões com o timing perfeito. Para que isto seja possível os finais são todos eles feitos com o motor de jogo e não em CG.

Duas meninas iguais.
Esta versão caseira introduziu ainda mais novidades como os vários modos de jogo para além do modo história, onde podemos encontrar ainda os modos Survival, Time Attack, Training e Edge Master Mode. Este último é uma espécie de RPG dentro do jogo, que estende consideravelmente a vida deste título, dividindo-se em vários capítulos e onde as batalhas poderão ter handicap. É neste modo também que achamos armas novas, para juntar à inicial. Estas armas aumentam o desempenho de cada lutador, de acordo com os vários atributos que possuem sendo eles Força, Poder, Defesa, Durabilidade e Peso. Em conjunto com isto, os nossos lutadores ganharam também indumentárias novas. Para terminar em beleza, esta versão inclui três bandas sonoras distintas: a do jogo original, a Arrange Soundtrack, regravada em estúdio e a Kahn Super Session. Para mal dos nossos pecados, as versões ocidentais foram alvo de alguma censura, algo que se pode ver no vídeo de introdução onde Sophitia tem agora roupa e nas nunchakus de Li Long, que deixaram de ter lâminas nas extremidades. Mal menor, diria eu.

Algo que poderá fazer confusão a alguns é a mudança de nome mas isso tem uma explicação. A Namco decidiu mudar o "Edge" para "Blade", apenas no ocidente para evitar ter problemas legais com a EDGE Games, visto estes terem o "Edge" registado.

Soul Blade é um clássico, para todos os efeitos. Muitos apenas conheceram esta série a partir de Soul Calibur que deu origem a várias sequelas e spin-offs mas tudo começou antes disso. Como tal, não há dúvidas que Soul Blade é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã no Jogalhões, personagens Nintendo batem-se em puzzles. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

1 comentário:

  1. Soul Blade é talvez o melhor jogo de luta 3D disponível na PS1. Joguei muito em casa de um amigo meu na altura em que saiu, conto em comprá-lo para mim um dia destes.

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