4 de julho de 2011

Resident Evil: Survivor

Há capas piores, há capas melhores.
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom (EUA/JP), Eidos Interactive (EUA)
Director: Hiroyuki Kai
Produtor: Tatsuya Minami
Argumentista(s): Noboru Sugimura, Naoyuki Sakai
Compositor: Shiro Kohmoto
Plataforma(s): PlayStation, PC
Lançamento: 27-01-2000 (JP), 31-03-2000 (EU), 30-08-2000 (EU)
Género: Off-Rails Survival Horror, Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (1 Bloco), Compatível com G-Con 45 (SLEH-00007), Compatível com Controlo Analógico
Outros nomes: Biohazard Gun Survivor (バイオハザード ガンサバイバ) (JP)
Estado: Completo
Condição: Boa, apresenta marcas de uso
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.

(Qual será o próximo jogo a adquirir? Decisions, decisions...)

Pelo menos não tem autocolantes.
Parece que os zombies já se tornaram uma presença habitual aqui no blog devido à quantidade de jogos onde fazem aparições em massa. Não é de estranhar, no entanto, pois sendo eu fã deles e de tudo o que se passa em torno dos mesmos é natural que mais jogos com zombies apareçam futuramente. Apesar de estarem intrinsecamente ligados ao género Survival Horror na 3ª pessoa, fazem aparições em outros estilos e o jogo de hoje é um claro exemplo disso pois trata-se de um jogo concebido para ser usado com Light Gun, na primeira pessoa. Também não é On-Rails Shooter embora tenha aspecto disso. Este meu exemplar foi adquirido ao meu velho conhecido Ricardo Mateus, conhecido por Dark-Vash nas internetes, por um preço simpático, do qual não me recordo. Comprei-o mesmo só por ser Resident Evil e estar em boas condições.


Manual, papelito e disco.
Resident Evil: Survivor afasta-se do aspecto tradicional da saga par anos dar acção num estilo mais directo e pessoal. A história deste capítulo em particular é uma side story que se passa pouco depois dos eventos de Setembro de 1998, que assolaram por completo Raccoon City, mais concretamente em RE2. O nosso protagonista dá pelo nome de Ark Thompson mas não se lembra de quem é, devido ao acidente de helicóptero que sofreu, quando este se despenhou numa pequena cidade sob a alçada da Umbrella Corporation, localizada em Sheena Island. Ark consegue escapar ileso mas dá de caras com mais uma epidemia tal como acontecera em Raccoon City e vai ter de lutar pela sobrevivência ao mesmo tempo que procura saber quem é e o que faz naquela ilha.

Gore? Pixeis, muitos!
Graficamente este Survivor não é nenhuma obra prima, antes pelo contrário. Os modelos tridimensionais apesar de serem reciclados de Resident Evil 2, têm um aspecto medonho pois vamos vê-los muito de perto e a pixelização vai tornar-se na nossa melhor amiga durante o jogo inteiro. Num ambiente na 3ª pessoa resulta bem pois não os vemos demasiado próximos mas na 1ª pessoa é assustador. Por outro lado, os cenários pré-renderizados deram lugar a cenários completamente tridimensionais, desprovidos de variedade e acima de tudo demasiado cinzentos e aborrecidos, onde as texturas também não são as melhores. Mas num jogo deste género, não fazia sentido usarem o mesmo esquema visual dos outros jogos e iria ficar estranho. Uma coisa que deixou de existir foram as cutscenes em CG, dando lugar a cenas com o motor do jogo sempre que existe um plot point ou algo do género. Sinceramente podiam ter-se esforçado mais nesta área.

Também não fiquei impressionando com a parte sonora, por um lado porque mal reparei na mesma mas por outro, pelo facto de não ser produzida por Masami Ueda, o génio por detrás dos originais. Ainda assim faz o seu trabalho e cria o suspense adequado proporcionando um bom ambiente. Toda a restante parte sonora é reciclada de RE2, estando mais ou menos ao mesmo nível, existindo também algum voice-acting, especialmente nas cutscenes mas nada de fabuloso.

Péssima altura para recarregar!
Sendo um jogo na primeira pessoa onde temos de matar tudo o que se mexa, a G-Con é a nossa melhor amiga e porta-se bem nas cenas de acção. Claro que se torna estranho controlar a nossa personagem com a pistola, uma vez que este jogo não é On-Rails e temos de caminhar por nós próprios, podendo explorar cada cantinho do cenário, à procura de itens, munição e outros aparatos story wise, como documentos e afins. Aqui o comando da PlayStation faz um melhor serviço, visto permitir um controlo de movimento superior. Obviamente que disparar com o comando é um pequeno cancro, pois não temos sensibilidade nenhuma ao tentar colocar a mira em cima dos inimigos. Ainda assim com prática consegue e eu passei o jogo todo com o comando. Tanto a versão PAL como NTSC-J têm suporte para a G-Con mas por motivos que me são desconhecidos, a versão NTSC-UC só suporta comando, tornando-se na pior das três.

Esta aranha nunca mais será a mesma.
O jogo processa-se um pouco como os outros, explorar, matar monstrengos e aberrações que aparecem e eventualmente um boss. Aproveitaram-se muitos dos inimigos de RE2 e até de RE, tendo sido introduzidos alguns novos, nomeadamente soldados com armas e uma nova vertente do T-Virus, o Hypnos T-Type que nos vai chatear ao longo do jogo. Tal como os outros jogos da saga, temos várias armas mas a principal que é a pistola, essa tem sempre munição. As outras convém racionar e utilizá-las só em certas situações. Na minha mais sincera opinião, se tivessem feito outro jogo tal e qual os anteriores, tinha sido bastante melhor pois em termos de história há muito conteúdo e até é interessante, especialmente se forem fãs desta saga. Mas não se pode ter tudo.

De um modo geral, Resident Evil: Survivor é um jogo apenas para os puristas da saga, que querem saber sempre mais acerca da história e de pontas soltas. Outros jogadores não se identificam com este género que tenta combinar vários outros resultando em algo inacabado e com um aspecto muito cru. Se são fãs, é de dar uma oportunidade mas de outra forma deixem este passar. Claro que para mim é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã no JDF, mais uma aventura em Hyrule! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

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