13 de fevereiro de 2011

Devil May Cry

Platinum... nhec!
Desenvolvido por: Team Little Devils
Publicado por: Capcom
Director: Hideki Kamiya
Produtor: Hiroyuki Kobayashi
Artista(s): Yasuko Shimoda, Makoto Tsuchibayashi, Yoshinori Matsushita
Argumentista(s): Hideki Kamiya, Noboru Sugimura
Compositor(es): Masami Ueda, Masato Kohda, Misao Senbongi
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 23-08-2001 (JP), 17-10-2001 (EUA), 07-12-2001 (EU)
Género(s): Acção, Aventura, Plataformas, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (420KB mínimo), Compatível com comando analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o algumas quatro vezes em todas as dificuldades.

(Acabado o Dead Space 2, a fome continua. Soube-me a pouco e é o mal dos jogos hoje em dia. Duram muito pouco tempo e deixam-nos pior do que estávamos... xD)

Autocolantes manhosos.
Shinji Mikami. Para muitos, um perfeito desconhecido, para outros uma lenda no mundo dos videojogos e partido do principio que alguns leitores não sabem quem é este senhor, vou proceder a uma pequena e elucidativa introdução. Shinji Mikami é a mente genial por detrás da série Resident Evil. Sim, foi ele que criou um mundo cheio de zombies neste meio de entretenimento digital, muito por força da sua admiração pelos filmes de George Romero. Antes disso trabalhou em jogos como Goof Troop, na SNES que nada têm de assustador ou violento. Em 1999, considerando o fardo que Resident Evil era, Mikami tentou levar a coisa por novos caminhos e pediu a Hideki Kamiya para criar um novo jogo dentro da saga. Esta foi provavelmente a primeira encarnação de Resident Evil 4 mas dado o rumo que estava a levar, originou um projecto novo e consequentemente uma saga nova. Uma vez mais, não sei como este jogo chegou até à minha colecção. Creio que me foi oferecido mas não tenho a certeza. A única coisa que sei é que foi em 2002, pela data do selo do IGAC... xD


Manual, papelito e disco.
Devil May Cry, é o primeiro jogo de uma saga que combina elementos de plataformas com acção e claro, Hack 'n Slash no seu melhor. Dante é um caçador de demónios que trabalha para quem lhe pague bem e também porque deseja encontrar quem lhe assassinou a mãe e o irmão. A dada altura, Trish, uma misteriosa e boazona loira entra-lhe, literalmente, pelo escritório adentro como uma espécie de teste aos atributos de Dante enquanto caçador. Escusado será dizer que Dante passa com distinção e dá então início à sua aventura num castelo situado numa ilha remota, onde irá descobrir muito mais do que o que esperava.

Um boss grande e mauzão.
A primeira vez que vi Devil May Cry a correr na minha PS2 foi uma espécie de momento-chave. Pela primeira vez estava impressionado visualmente com esta consola, apesar de já ter visto outros jogos bonitos neste campo. Contudo DMC era diferente, os cenários góticos, os inimigos estupidamente rápidos ou perturbadoramente estranhos, a acção frenética, tudo em DMC é perfeito. Desde logo somos cativados pela parte gráfica, sem dúvida alguma e quanto mais exploramos e vemos, mais queremos. O culminar disto tudo é sempre que encontramos um boss novo. Se o primeiro é impressionante pelo seu tamanho e detalhe, todos os que se seguem fazem reset a este padrão e elevam a coisa a um novo nível. Os cenários são fabulosos, do inicio ao fim, é impossível ficarmos cansados de estar sempre no castelo pois apesar de limitado a variedade é mais do que muita. E se gostam de cutscenes, em DMC, estas são dignas de um bom filme de acção, logo a começar pela intro que é brutal e a acabar no final apoteótico.

Apesar dos visuais de luxo, o campo sonoro é uma das partes que consigo colocar acima deste. Tudo pelo simples facto de que a banda sonora é excelente. Desde a música ambiente, à música pastilhada dos combates, em DMC é impossível ficar indiferente ao som. Efeitos sonoros à altura do resto e voice acting decente são também ingredientes fundamentais nesta receita e que felizmente se prolongaram pelo resto da série.

Devil Trigger! Hora da matança!
A jogabilidade como seria de esperar é impecável e serviu de exemplo a muitos outros jogos, até mesmo aos que jogamos hoje. Dante está munido de pistolas e uma espada, armas estas que podem ser evoluídas e até mesmo trocadas por outras. A dada altura vão certamente preferir usar um lança-granadas e punhos de aço em vez de pistolas e espadas. O combate é feito disto: tiros e espadada, que alternados dão origem a muitos e variados combos que tanto podem ser executados em terra como no ar. Por outro lado, Dante é um acrobata nato, pula, corre, salta, nada e voa momentaneamente quando despoleta os seus poderes demoníacos (Devil Trigger) para trazer o caos pelas hordas de inimigos que o assaltam constantemente. A acção, essa, é sempre frenética e fluida, fazendo com que estejamos sempre alerta e em movimento. A falta de um botão de defesa pode ser um problema para a maioria dos jogadores, pelo que convém habituarem-se ao botão de salto, que também serve para fazer dodge e vai salvar-vos a vida em muitas situações. Como Hideki Kamiya idealizou, DMC é um jogo que testa a destreza dos jogadores visto a sua dificuldade ser considerável. Mesmo em Normal, da primeira vez poderão morrer várias vezes em diversas ocasiões se agirem de cabeça quente. Em DMC, é preciso pensar antes de nos metermos ao barulho, para conseguirmos sair ilesos de confrontos mais acesos. Claro que podem optar por uma dificuldade mais fácil, se descobrirem como, pois a opção não está acessível logo ao inicio. Ainda que o foco seja essencialmente a acção, há alguma exploração a fazer para se encontrarem itens escondidos que nos são fundamentais para evoluir a personagem (para além das red orbs deixadas pelos inimigos) bem como alguns puzzles não muito complicados para progredirmos. A progressão é feita por níveis e no final de cada um somos avaliados pelo nosso desempenho enquanto "caçadores de demónios" que se resume a pontos de estilo pelos combos feitos, dano sofrido, tempo decorrido, número de red orbs recolhidas e itens usados. Nada que já não tenhamos visto...

Bang! Bang! Bang! BANG!
Em suma, Devil May Cry é um jogo brutal. Excelente em todos os campos mas um bocado difícil demais para os jogadores menos experientes. Contudo não é caso para se assustarem, pois a prática faz a perfeição e em menos de nada dominam Dante que nem gente grande. Existem jogos "piores" no campo da dificuldade e já os analisei aqui mas por agora não me pronuncio sobre outros. Com tudo isto, Devil May Cry é um JOGALHÃO DE FORÇA, livre de questões e dúvidas. Let's rock!

Os assassinos voltam a estar novamente à solta, amanhã... :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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