12 de fevereiro de 2011

Blast Corps

Com esta capa, promete!
Desenvolvido por: Rare
Publicado por: Nintendo
Produtor(es): Mike Fukuda, Kenji Miki
Designer(s): Martin Wakeley, Chris Stamper
Argumentista: Leigh Loveday
Compositor: Graeme Norgate
Plataforma: Nintendo 64
Lançamento: 28-02-1997 (EUA), 01-09-1997 (EU)
Género: Acção, Condução, Corridas, Puzzle, Demolição (?)
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 96 megabit
Funcionalidades: 3 Slots para gravação de progresso, Compatível com Controller Pak
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas três vezes, com tudo em platina.

(Próximo jogo a adquirir, Killzone 3. Está decidido! Isto não tem mesmo fim...)

Não comento este autocolante...
Em 1997, a PlayStation e a Sega Saturn estavam em alta, com os seus jogos 3D e som com qualidade de CD pois o suporte era CD-ROM enquanto a Nintendo 64 tentava arranjar o seu espacinho no meio destes dois gigantes. Ainda que tivessem tido a triste ideia de continuar a recorrer ao armazenamento de dados em cartuchos, cujo custo de produção era estupidamente abusado quando comparado ao custo de um CD, a Nintendo conseguiu prosperar dada a sua experiência dentro deste mercado. Muitos torciam o nariz ao formato mas a verdade é que os jogos conseguiam oferecer tanta ou mais qualidade quanto um jogo da concorrência em CD. E a verdade é que os 64-bit da Nintendo trouxeram-nos grandes surpresas em termos de jogos, alguns sendo sequelas de outros mais antigos mas também uma mão cheia de títulos novos e sobretudo originais, nunca antes vistos em consola alguma. O jogo que apresento aqui hoje é prova disso. Este chegou à minha colecção em 1997, não faço ideia em que mês foi mas sei que custou cerca de 6 mil escudos (na loja custava 12 mil) e foi resultado de uns negócios com o meu contacto na Concentra. Ou seja, arranjei vários compradores para N64's e automaticamente os jogos custavam-me metade. Belos tempos, bem que precisava de algo assim agora para a PS3.


O conteúdo habitual.
Blast Corps é provavelmente um dos jogos mais originais que me passaram pelas mãos até hoje. A sua premissa é simples: um camião carregado com duas ogivas nucleares está fora de controlo e só anda em linha recta pelo que nos cabe a nós evitar o pior. Para tal, dispomos de uma vasta gama de veículos e outras máquinas menos comuns para abrir caminho a esta ameaça sob rodas, pelo planeta inteiro! Ninguém no seu perfeito juízo conseguia ter uma ideia tão simples mas ao mesmo tempo tão genial.

Uma das características que mais me agradaram em Blast Corps foram os gráficos. Simples, coloridos mas ao mesmo tempo detalhados q.b. e acima de tudo variados com imensas localizações, incluindo níveis na lua e outros planetas depois de terem completado o jogo. Os modelos dos veículos estão muito bem conseguidos e vão gostar de reconhecer alguns tais como a carrinha de A-Team e o carro dos Dukes of Hazard. Isto só para mencionar alguns, pois ainda existem bulldozers, buggies e até robots gigantes ao bom estilo mecha japonês para desempenhar as mais diversas funções destrutivas uma vez que destruição é a palavra de ordem neste jogo.

Robots gigantes e destruição combinam!
E como para destruir é preciso uma banda sonora à altura, em Blast Corps não temos nada assim de muito pesadão, estilo uma banda de metal ou algo do género mas temos música que acompanha bem a acção e consegue criar alguns momentos de maior tensão nos níveis mais complicados. O som em geral é bastante bom, com o cartucho a debitar qualidade de CD, sem dúvida alguma. Claro que durante a maior parte do tempo vão estar a ouvir o barulho de explosões e destroços pois 90% do tempo irão estar a destruir algo.

Aquele camião não pode tocar em nada!
Na jogabilidade, Blast Corps leva a taça e todos os restantes troféus. Um jogo que combina condução, puzzles e controlar robots gigantes, de um modo harmonioso e sem falhas em nenhuma das áreas tem de ser bom, aliás muito bom mesmo! Controlar a maquinaria pesada ou os carros é um mimo, tudo responde na perfeição, desde as tarefas mais básicas (acelerar, travar e virar) às mais complicadas como por exemplo utilizar derrapagens para destruir edifícios com o Backlash (camião das obras com alguns 5 metros de altura). Controlar os robots é igualmente fácil, cada um tem as suas funções e não se controlam da mesma maneira ainda que o controlo seja todo muito intuitivo. Alguns veículos têm ainda particularidades especiais como lançar mísseis ou terem nitro para ganharem velocidade extra, sempre útil na destruição.

Ganhar dinheiro por destruir parece-me bem.
Mas em Blast Corps nem sempre estamos a destruir pois o jogo está dividido em imensos níveis espalhados pelo globo, alguns para abrir caminho, outros simplesmente para limparmos uma área no menor tempo possível e ainda os de corrida. Não é obrigatório conclui-los a todos mas se o fizerem abrem novos níveis, alguns secretos e claro veículos escondidos. Por outro lado, este jogo é um desafio constante pois a dificuldade vai aumentando consideravelmente nos níveis principais (quando chegarem a Diamond Sands até miam) e podem sempre tentar bater os vossos recordes de tempo. E é aqui que reside o divertimento todo deste título. Conseguir pôr todos os níveis a ouro é um grande desafio mas depois de o terminarem, surge um novo: colocar os recordes todos em platina! É aqui que se distinguem os jogadores normais dos jogadores ferrenhos (casuais e hardcore se tiverem nascido depois de 1990). Meter todos os recordes em platina demora algum tempo e exige muita paciência, especialmente nos últimos níveis do modo história que chegam a ser doentios. Os restantes têm sempre uma manha e um dos veículos/robots sai-se sempre melhor do que os restantes, logo é trial and error e uma questão de prática até conseguirem o tempo perfeito.

Uma simpática zona portuária.
O engraçado deste jogo é que nem sempre vão controlar o mesmo veículo durante um nível, podendo começar num carro, mudarem para um robot, passarem por um comboio cheio de carruagens e acabarem numa grua a desviarem contentores que se encontram num cargueiro que previamente colocaram no sítio correcto para procederem à operação. No meio disto tudo, para além de terem que controlar o vosso tempo, têm ainda de salvar os civis que lá se podem encontrar (ou seja, destruir todos os edifícios do nível) e activar todos os beacons que se encontram espalhados pelo nível. Muitas tarefas até podem parecer um caso bicudo e aborrecido mas desenganem-se, é extremamente divertido e recompensador.

Que mais hei-de dizer acerca de Blast Corps? Adoro este jogo, é excelente em todos os campos e um dos títulos mais originais de sempre na história dos videojogos. Merecia um remake, sem dúvida alguma ou então uma sequela mas dado que a Rare agora é propriedade da M$, é melhor nem sequer pensar nisso pois não tenciono ter uma Xbox360. Sem questionar, é um JOGALHÃO DE FORÇA! :)

Demónios, espadas e tiros, é o que vamos ter amanhã...

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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