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Fanservice ahoy! |
Desenvolvido por: DreamFactory
Publicado por: Square (Eu, JP), Square Electronic Arts (EUA), Namco (Versão arcade)
Director: Seiichi Ishii
Designer: Seiichi Ishii
Artista: Tetsuya Nomura
Compositor: Takayuki Nakamura
Plataforma: PlayStation, Arcade
Lançamento: 17-12-1998 (JP), 04-05-1999 (EUA), 08-02-2000 (EU)
Género: 3D Fighting, Action RPG
Modos de jogo: Modo arcade para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores, Modo história para um jogador (Quest Mode), Mini jogos para 2 jogadores
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Compatível com Memory Card (1~3 blocos), Compatível com Controlo Analógico, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o com todas as personagens, incluindo as secretas e acabei o Quest Mode duas vezes.
(E a demanda continua! Vá lá que o tempo melhorou e pode-se ir para o café escrever artigos mentalmente.)
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Nem se deram ao trabalho de elaborar. |
Existem jogos que criam
hype, ou por outras palavras, euforia nos fãs. Por diversos motivos, sejam eles por ser a sequela de um grande jogo, por ser um novo jogo que promete revolucionar o género ou simplesmente porque é um
spin-off de uma saga. Em última análise até pode ser um jogo que apenas tem personagens de um outro jogo que tanto gostamos e só por isso já valerá a pena investir nele. O grande problema é quando isto tudo se torna uma desilusão simplesmente porque estávamos demasiado empolgados acerca do assunto mas no fim de contas, o produto final não correspondeu às expectativas. É o caso do jogo de hoje. Este entrou na minha colecção em 2000, pouco tempo depois de ter sido lançado, e foi comprado na loja de um amigo, em Almada, tendo custado cerca de 10.000$ A loja, infelizmente, já não existe. O jogo sim, imaculado. :)
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Inlay, CD e manual. |
Ehrgeiz é um jogo, originalmente lançado nas arcadas, onde lutadores se defrontam num ambiente completamente 3D podendo correr em todas as direcções, utilizar objectos e até subir obstáculos. Posteriormente foi lançado para a
PlayStation com alguns extras, como por exemplo, personagens secretas adicionais (oriundas de
Final Fantasy VII) e dois modos extra de jogo; um
Action RPG em pequena escala e mini-jogos para dois jogadores. Estes extras, com excepção das personagens secretas, eram dispensáveis. A história, essa, sinceramente passou-me ao lado mas do que consegui reter, tudo gira em torno de uma espada, a
Ehrgeiz, que segundo consta contém o segredo para a imortalidade.
Boring...
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Um partardão de força! |
Visualmente,
Ehrgeiz é um jogo interessante, com personagens bastante grandes e detalhadas e cenários variados, ainda que pareçam um tanto vazios e até mesmo pequenos. No entanto, a fluidez de jogo é constante, debitando 60
frames sem qualquer tipo de problemas. Digamos que consegue rivalizar facilmente com
Tekken 3 neste campo. Já a parte extra, ou seja, o
Quest Mode parece demasiado insípido e sem graça nenhuma, especialmente quando entramos na masmorra onde os quartos parecem todos iguais. Era preferível este modo nem ter sido incluído pois sobrava "espaço" para melhorar o jogo principal.
Em termos sonoros, a música cumpre o seu papel sem grandes brilharetes e não é de todo memorável. Os efeitos sonoros estão bons, no geral, para um jogo de porrada não se esperava nada do outro mundo. Pelo menos, pessoalmente nunca espero. Para quem tiver interesse, existe uma banda sonora com cerca de 61 faixas.
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Uma batalha épica... ou não. |
Onde realmente
Ehrgeiz se destaca de todos os outros jogos de porrada é na jogabilidade. Digo de todos pois estou a generalizar mas na verdade existem mais uns quantos parecidos dos quais destaco
Tobal nº1 e
Tobal 2, por serem os antecessores deste. À semelhança destes,
Ehrgeiz permite-nos movimentar num ambiente tridimensional e atacar o inimigo de qualquer ângulo e até mesmo usar objectos que se encontram no cenário. Isto na teoria parece ser uma excelente ideia mas na prática é algo muito mediano e até mesmo bera se não for bem elaborado. Em
Ehrgeiz tanto pode ser bom como ser mau, depende das personagens que utilizem. E por falar em personagens, neste jogo temos um bom leque de selecção. O curioso é que todas as personagens têm algo em comum com personagens de outros jogos como por exemplo
Tekken e
Street Fighter. Estas parecenças vão desde o aspecto físico, aos nomes e claro ao
moveset (lista de golpes). Algumas são tão flagrantes que nos levam a crer se de facto existia alguma espécie de acordo entre a
Square, a
Namco e a
Capcom para tal ter sido feito. Com
Namco ainda faz sentido devido à versão de arcada mas com a
Capcom? Não faço ideia.
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O nome e a luva são pura coincidência. |
Continuando com as personagens e focando o tema que referi inicialmente, o
hype, este jogo foi causador de muita expectativa devido a algumas das personagens que incluía. Obviamente que me refiro ao elenco de
Final Fantasy VII, que fizeram uma das suas primeiras aparições fora do seu contexto.
Cloud,
Tifa e
Sephiroth foram certamente algumas das mais escolhidas para as batalhas, conjuntamente com
Yuffie,
Zack e
Vincent, exclusivas da versão de
PlayStation. À falta de
RedXIII,
Django, uma versão
evil do mesmo e último
boss preenchia o seu espaço. No entanto não são as personagens que fazem o jogo mas sim a jogabilidade e esta, tal como já mencionei não é de todo atractiva. Para quem está habituado à mecânica
2D, mesmo utilizada em jogos de luta
3D, este
Ehrgeiz vai parecer demasiado estranho por ter tanta liberdade. Não é que seja mau, mas simplesmente não funciona bem, especialmente quando estamos a tentar atacar com projecteis e ao fazê-lo, estes obedecem a uma orientação horizontal, podendo o inimigo facilmente esquivar-se para os lados. Projecteis em jogos deste tipo simplesmente não funcionam. Por outro lado há também o problema do
delay que existe em quase todos os movimentos o que por vezes se torna embaraçoso quando estamos a tentar fazer um
combo. Mas enfim, isto já sou eu a embirrar com o jogo.
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O modo RPG... chato como tudo. |
Podia ainda analisar um pouco os mini-jogos e o
Quest Mode mas simplesmente não vale a pena. Do pouco que falei do
Quest Mode, resumo em poucas palavras: é aborrecido, longo e difícil. E no final a recompensa não justifica o esforço. Finalizando,
Ehrgeiz criou
hype mas não correspondeu às expectativas. Ainda que tenha tido boas notas por esse mundo fora, eu não lhe achei grande piada mas joguei-o, porque para o analisar é preciso conhecimento de causa. Por ser uma raridade, esta é a única e grande razão pela qual é um
JOGALHÃO DE FORÇA!
Um conhecido caçador de demónios volta amanhã...
MURRALHÕES DE FORÇA:
Ah, lembro-me que na altura jogava constantemente com o Godhand. Aquelas minas eram do melhor. Também sempre achei estranho estar lá o quest mode, que não tem absolutamente nada a ver com o jogo principal.
ResponderEliminarO quest mode e os mini jogos foram uma tentativa de expandir a longevidade do jogo original mas na minha opinião falharam redondamente. O primeiro é difícil como o raio e os mini jogos tiveram piada durante 5 minutos.
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