26 de fevereiro de 2011

Metroid Prime

Aquele autocolante na frente...
Desenvolvido por: Retro Studios, Nintendo EAD e R&D1
Publicado por: Nintendo
Produtor(es): Shigeru Miyamoto, Kensuke Tanabe, Kenji Miki
Designer: Yoshio Sakamoto
Compositor(es): Kenji Yamamoto, Kouichi Kyuma
Plataforma(s): Nintendo GameCube, Nintendo Wii
Lançamento: 17-11-2002 (EUA), 28-02-2003 (JP), 21-03-2003 (EU), 03-04-2003 (AUS)
Género(s): First Person Shooter, Plataformas, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Nintendo Optical Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (3 Blocos), Compatível com Game Boy Advance para troca de dados com Metroid Fusion
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, a segunda a 100%.

(Peço desde já desculpa pela qualidade das fotos mas estou a usar uma máquina diferente que me parece não estar muito boa. Provavelmente as de amanhã estarão iguais mas mal possa coloco fotos em condições.)

Pior só mesmo estes!
Ficção Científica. Algo que sempre me fascinou, não só pela tecnologia mas também pelo ambiente, pelo desconhecido e claro, pela possível existência de vida extraterrestre. E se no grande ecrã, foram muitos os filmes, muitas as histórias a fascinar e surpreender, alimentando esta fome de mais, nos videojogos também houve um crescimento neste campo. Desde cedo se apostou no género mas nos primeiros tempos, dado que o hardware disponível não fazia milagres, não existiam assim grandes títulos dignos de destaque. Hoje em dia, a história é outra mas voltando um pouco atrás, até na era dos 8-bit e posteriormente na dos 16-bit, criaram-se boas histórias e sagas que duram até ao dia corrente. Uma delas é Metroid, inspirada em diversos filmes mas com uma história original e no mínimo curiosa pelas voltas que tem dado ao longo destes anos. E uma dessas "voltas" prende-se precisamente com o jogo de hoje, que aterrou na colecção em 27 de Julho de 2005, por 31.99€. Foi adquirido na Fnac do Almada Fórum, tal como muitos outros...


Manual, disco e papelitos.
Metroid Prime é um jogo que marcou uma grande viragem não só nesta série mas também no mundo dos videojogos em geral. Sendo uma série conhecida pelas suas plataformas na perspectiva bidimensional e apreciada por isso, a Nintendo decidiu passar para a terceira dimensão e deu assim o salto com a ajuda da Retro Studios, responsável pelo trabalho em Prime. O resultado não podia ter sido melhor. Mas a grande questão é: que tipo de jogo é? Muitos poderiam ter pensado em algo na 3ª pessoa mas a surpresa foi quando viram um Metroid na 1ª pessoa. Exacto, um FPS tal como tantos outros. Os descrentes ditaram logo a sentença de morte pela mudança radical mas a verdade é que Metroid Prime está longe de ser um FPS como os outros. No fundo, Metroid Prime é um FPS superficialmente pois no fundo mantém o núcleo de todos os outros: é uma aventura com muito terreno por explorar e plataformas para saltar, mantendo todos os elementos que popularizaram a saga. Há quem lhe chame até First Person Platformer, o que não é mentira nenhuma e pode muito bem caracterizar todo um conjunto de novos jogos criados depois deste.

Um dos vários beams de Samus.
A história de Prime, que compreende mais dois títulos sendo assim uma trilogia, começa logo após os eventos do original e antes de Metroid II: Return of Samus (o primeiro jogalhão analisado aqui). Samus Aran recebe um S.O.S. de uma nave dos Space Pirates, a Orpheon e decide investigar. Ao aterrar depara-se com um cenário de destruição e morte, tendo que combater a Parasite Queen, uma experiência levada a cabo pelos nossos "amigos" piratas. Após o combate e enfrentando o fim eminente, Samus ao tentar escapar da nave dá de caras com Meta Ridley, uma nova versão do seu velho inimigo. Após uma pequena escaramuça, este foge para Tallon IV e Samus persegue-o dando assim inicio a mais uma enorme aventura, num mundo desconhecido onde vai encontrar algo pelo qual não esperava... :)

Um Space Pirate mauzão!
A passagem do 2D para o 3D teve particular impacto em dois aspectos sendo que um deles é sem dúvida a parte gráfica. Agora vemos o mundo que nos rodeia através dos olhos de Samus, na primeira pessoa e consequentemente quase todas as nossas acções, desde exploração a combate passam por esta perspectiva. Inicialmente pode parecer estranho mas ao fim de 10 minutos estão dentro do espírito e da personagem. E com uma perspectiva nova, uma nova visão das coisas. Tallon IV apresenta-se como um planeta bastante diversificado a nível visual, com ambientes extremamente bem conseguidos, cheios de vida e acima de tudo muitíssimo atmosféricos. À semelhança de títulos antigos, os cenários são bastante variados e cheios de pormenores deliciosos como por exemplo logo ao inicio, onde podemos ver a chuva a bater na viseira do capacete de Samus, ou ainda, em certas partes podemos ver os olhos de Samus reflectidos na viseira devido à diferença de temperatura. Sem dúvida, o grafismo deste jogo é qualquer coisa de fabuloso. Para além dos excelentes cenários, todos os modelos 3D dos inimigos e da própria Samus estão impecáveis e a fluidez com que se mexem é impressionante. Sem dúvida, um ponto bem forte a favor.

Tallon IV é um bonito planeta.
A parte sonora não podia ficar atrás como é de calcular e todas as faixas são certamente memoráveis, especialmente logo a música de abertura. Neste campo Kenji Yamamoto fez um trabalho de mestre, remixando faixas do jogo original para deleite dos fãs, tal como ele fez questão de afirmar. Se prestarem bem atenção irão notar que as músicas das diversas áreas são todas elas remixes das antigas e fazem alusão às antigas áreas. O som, todo ele é de grande qualidade e não preciso de me alargar muito neste ponto. Só é pena que Samus ainda não falasse nesta época mas também não existe interacção com outras personagens, logo não faria muito sentido falar sozinha.

O infame Ridley!
O outro ponto onde a passagem 2D para 3D teve imenso impacto foi sem dúvida na jogabilidade. Antigamente controlávamos uma personagem numa perspectiva bidimensional e víamos perfeitamente todo o cenário. Agora, vemos na primeira pessoa, logo só temos noção do que está em frente. Mas essa passagem foi bem conseguida e fazemos tudo o que podemos fazer a 2D. Desde correr, saltar e obviamente combater, em Metroid Prime tudo funciona como deve ser. E sim, Samus continua a utilizar as suas antigas técnicas, inclusive a Morph Ball que é a única instância onde é utilizada uma perspectiva na 3ª pessoa para podermos controlar a "bola". O combate é feito inteiramente na 1ª pessoa e resulta bem, com um sistema de lock-on que nos permite ter sempre os inimigos na mira. O comando da GameCube neste aspecto foi muito bem aproveitado fazendo uso de todos os botões e sendo bastante fácil apanhar o jeito. O jogo em si é o que podíamos esperar de um Metroid, ou seja, muita exploração com diversas áreas escondidas, itens escondidos, power-ups e upgrades, bosses e inimigos de porte largo e claro, bastante mistério em torno da história e essencialmente dos Chozo, a misteriosa raça que tem acompanhado Samus desde o inicio. A única coisa que fundamentalmente mudou neste jogo foi mesmo a perspectiva pois o resto mantém-se fiel às origens.

É com jogos assim, jogos que nos proporcionam uma experiência fantástica de entretenimento digital, que vemos o génio e a capacidade de certas pessoas em criarem histórias e aventuras cativantes, por vezes reciclando ideias mas que conseguem sempre acabar por criar outras tantas novas. Metroid Prime é exemplo disso, que é possível dar continuidade a uma série e criar sub-séries dentro da principal sem se afastarem do núcleo. Sem mais palavras, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, um dos maiores badasses dos jogos vem dar um pulinho até cá... :D

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

2 comentários:

  1. Estive a um triz de começar a falar dos 2 Metroid Prime para GC no GHZ nesta semana. Ainda bem que acabei por optar por outros 2 jogos completamente diferentes que irei falar deles ao longo deste fim de semana, espero eu.. :P
    Metroid Prime é um jogo fenomenal que qualquer bom jogador deveria adquirir, seja para GC ou os ports para Wii. O teu texto resume bem qual a experiência de jogar esta obra prima, força com isso!

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  2. Yep, qualquer uma das versões é boa. Hei-de arranjar o Prime Trilogy de Wii quando o vir a um preço simpático mas não é prioridade.

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