29 de julho de 2011

Rogue Galaxy

Barcos voadores no espaço...
Desenvolvido por: Level-5, SCE Japan Studio
Publicado por: Sony Computer Entertainment
Director: Akihiro Hino
Produtor(es): Akihiro Hino, Yasuhide Kobayashi
Artista(s): Takeshi Majima, Keiji Nagao, Jiro Morinaga
Argumentista(s): Akihiro Hino, Koji Mori
Compositor: Tomohito Nishiura
Plataforma(s): PlayStation 2, PlayStation 4 (PSN)
Lançamento: 08-12-2005 (JP), 30-01-2007 (EUA), 05-09-2007 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM Double Layer (8.5GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (130KB mínimo), Compatível com Controlo Analógico: apenas joysticks.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez com cerca de 60 horas de jogo.

(Parece que o Verão se anda a esconder novamente.)

Confesso que já gostei mais de JRPG's do que actualmente gosto pelo simples facto ter terem estagnado como género. Os RPG's ocidentais por outro lado evoluíram e estão sempre surpreender-nos com coisas novas ou inovações em certas áreas mas os de origem japonesa simplesmente já não são o que eram no tempo da SNES, da PlayStation e até mesmo da PlayStation 2 que teve alguns bastante bons. O jogo que aqui trago hoje é um dos poucos que realmente merece destaque e foi dos últimos que joguei. Este meu exemplar comprei-o numa loja online, novo, por cerca de 7 euros. Mandei vir dois, um para mim e outro para um amigo que partilha o gosto por este género.


Squeaky clean!
Rogue Galaxy é um JRPG com um gostinho à antiga, de certo modo, onde a aventura gira em torno de Jaster Rogue, um jovem que foi abandonado no planeta Rosa, ainda em criança. Mas Jaster não se fez de rogado e mais tarde junta-se à tripulação do galeão espacial Dorgenark para explorar o vasto sistema solar. Esta aventura não se irá limitar apenas a descobrir novos mundos mas também a resolver um mistério lendário que segundo consta se traduz na chave para se obter o maior tesouro da galáxia. Cheesy mas funciona...

Uma das coisas que mais gostei foi a parte gráfica, toda ela em cel shading dando um aspecto fabuloso ao jogo, tanto a nível de cenários que são bem variados e com bastantes pormenores, bem como as personagens e inimigos. Muitos irão achar semelhanças com outros jogos da Level 5, tais como Dragon Quest VIII e Dark Chronicle, como é normal. A acção decorre a uma velocidade aceitável sem solavancos nem outros malefícios. As cutscenes aproveitam o excelente motor de jogo para nos proporcionarem alguns bons momentos embora as cenas mais marcantes utilizem CG para o efeito, algo que é visivelmente notório.

Manual e disco.
Tal como qualquer outro RPG que se preze, a música em Rogue Galaxy assenta-lhe que nem uma luva, com uma boa selecção de temas, alguns deles reminiscentes de jogos antigos como por exemplo Skies of Arcadia e Star Ocean. Não tendo jogado o primeiro, certamente achei alguma similaridade entre Rogue Galaxy e Star Ocean, até certo ponto pois partilham outras semelhanças que não sejam só a música. O som de um modo geral é também ele muito bom, com destaque para o voice-acting que é uma constante ao longo do jogo, apesar de ser em inglês. Mas não me queixo pois é melhor do que ter apenas texto e as vozes até estão bastante boas, com sotaques diferentes em certas personagens.

Porrada no deserto.
Em termos de jogabilidade, Rogue Galaxy opta por um estilo de jogo que mistura a acção em tempo real mas limitada por turnos, parecido a  FFXII, ainda que aqui os encontros sejam aleatórios como em tantos outros jogos do género. Nos combates apenas controlamos uma personagem, podendo dar comandos às outras como bem entendermos ou até mesmo trocar de personagem on-the-fly e assumir o controlo manualmente. Resulta bem até certo ponto pois certos combates são muito frenéticos e requerem algum treino. O giro dos combates é a hipótese de podermos usar os Tech Attacks, que são parecidos aqueles que vimos em Chrono Trigger, onde duas ou três personagens fazem um ataque combinado, bem como podermos atirar os inimigos (ou até mesmo objectos) uns contra os outros para dano agravado. Certos inimigos requerem ainda outras estratégias para lhes conseguirmos infligir dano, como por exemplo quebramos os escudos deles com uma arma ou ataque específicos.

Templos, todos os RPG's os têm.
Tal como tantos outros RPG's, as nossas personagens vão evoluindo, subindo de nível ao ganharem experiência adquirida nos combates, passando tudo isto pela Revelation Flow. Cada personagem tem a sua e vai desbloqueando novas habilidades, técnicas, ataques e afins. Pensem numa espécie de Sphere Grid de FFX ou Licence Board de FFXII, pois o principio é o mesmo. A exploração é toda feita em cenário aberto, sem loadings onde podemos andar por onde bem entendermos, seja nas cidades como fora delas. Existem cinco planetas para explorarmos, que podem ser acedidos através da nossa nave, ainda que inicialmente não possamos viajar a nosso bel prazer pois precisamos de um visto. Como é de calcular existem montes de coisas a serem feitas, incluindo obviamente side quests um pouco por todo o lado. Duas das coisas que mais jeito irão dar são a The Factory, onde podemos criar novos itens a partir de vários materiais, bem como a Weapon Synthesis, que nos permite tal como o nome sugere, criar novas armas mais poderosas a partir de uma arma normal que esteja ao nível máximo com outra do mesmo género.

No Damage? Isto não pode ser bom!
Curiosamente esta versão ocidental foi revista face à original japonesa, incluindo imensas coisas novas tais como a capacidade do DVD ter passado para Double Layer, o que permitiu incluir mais texto, melhorias visuais e de mecânica de jogo, bem como um sexto planeta para se explorar com side quests adicionais, entre outras pequenas melhorias e extras um pouco pelo jogo fora. Ao terminarmos o jogo temos ainda a possibilidade de aceder a uma nova área para nos testar a paciência, o Ghost Ship.

Se gostam de JRPG's e acham que a actual geração anda pelas portas da morte, não seria mal pensado tentarem encontrar este e dar-lhe uma oportunidade. Afinal de contas a PS2 ainda se mantém actual se não considerarmos os "altes grafiques" das sucessoras. E como o que importa é o divertimento que tiramos dos jogos, este por esse motivo, é certamente um JOGALHÃO DE FORÇA!

Pancadaria na velhinha PlayStation, amanhã por aqui. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Gostei do que li! Já tinha alguma curiosidade sobre este jogo, mas depois desta análise passou a estar certamente na minha want-list.

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