2 de fevereiro de 2011

Geist

Fantasmas...
Desenvolvido por: n-Space, Inc.
Publicado por: Nintendo
Plataforma: Nintendo GameCube
Lançamento: 15-08-2005 (EUA), 07-10-2005 (EU), 03-11-2005 (AUS)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo multiplayer local até 4 jogadores
Media: Nintendo Optical Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Memory Card (2 Blocos), Suporta apenas o modo PAL 60Hz
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes e o multiplayer deu para muitas horas em frente à televisão com o pessoal.

(Mais um jogo nas Nintendo's mas em breve as Sony's voltam à carga. Sim, porque o que aqui não falta são jogos para as PlayStation's...)

Autocolante bonito... -_-
Assombrações. Algo não muito comum mas que, segundo dizem os especialistas, existe. Já alguma vez foram assombrados? Não é muito provável. Já assombraram? Certamente que sim. Perguntam agora: "mas que raio de conversa é esta?" e eu explico. O jogo de hoje tem fantasmas! Ou melhor, somos um fantasma e podemos assombrar os outros. Mas o giro disto tudo é que é um FPS! Já vamos entrar em pormenores mas antes de tudo, este jogo entrou na colecção a 12-06-2006, precisamente às 15:25 e foi comprado na Fnac do Almada Fórum, por 19.90€, com oferta de uma mala oficial da Nintendo para levar a GameCube para todo o lado. Como é que é possível saber informação tão detalhada? Está no talão que guardei dentro da caixa.




Papelada, manual e disco.
Feitas as introduções, passemos ao que interessa. Geist é um FPS que se diferencia dos demais por uma única razão: não temos um corpo. Somos apenas um fantasma que se pode apoderar de outros corpos e objectos para ir progredindo. É isto que o torna único e original. Mas há que saber o porquê de sermos um fantasma. A trama desenrola-se em 2005, onde John Raimi, um cientista membro de uma unidade anti-terrorismo é enviado com a sua equipa para investigar a Volks Corporation. Meses antes, Thomas Bryson, um amigo de Raimi estava já infiltrado a tentar descobrir o que se passava quando entretanto desapareceu. Raimi ao chegar com a sua equipa CR-2 (não, não tem nada a ver com o tipo que joga à bola até porque é o 2 e não o 7), é atacado por um monstro e um dos membros da equipa morre. Mais tarde, Raimi vê a sua alma ser arrancada do seu corpo através de um aparelho experimental, por Alexander Volks, que decide aproveitar o corpo de Raimi como soldado do Project-Z. Se quem nada possa fazer, Raimi é salvo por Gigi, uma menina fantasma que o ensina a tirar partido da sua nova condição física para que possa salvar Bryson e conseguir o seu corpo de volta. Confusos? Não havia necessidade...

Um dos vários bosses.
Visualmente não creio que Geist seja algo atractivo ou até mesmo bonito. A GameCube tem jogos infinitamente melhores neste campo. Claro que também não é nenhum monstro mas podiam ter tido um bocado mais de atenção neste campo. Muitas análises na internet fazem especial menção para os gráficos mas discordo com quase todas quando dizem que são muito bons. Enfim, pouco importa. Em termos de cenários, estes são na sua grande maioria complexos industriais e laboratórios, ou seja, não há grande variedade mas conseguem transmitir um ambiente sombrio e de tensão, quando necessário. Os modelos das personagens não são maus de todos mas há qualquer coisa de estranho neles que não consigo discernir. E o grande problema são os slowdowns que o jogo tem, especialmente em algumas partes onde a acção é intensa, não conseguido manter uma frame rate constante. Isto num FPS pode tornar-se em algo demasiado mau.

O guarda não nos vai dar um osso.
Em termos de som, não aponto defeitos. A música é grande parte do tempo ambiente, uma vez que este jogo assenta muito nos sons e para tal é preciso termos atenção a tudo quanto nos rodeia. Ainda que grande parte do diálogo entre as personagens seja feito através de texto, o voice acting existente até está aceitável e não teria sido má ideia se este tivesse substituído o texto. Claro que isto na GameCube era impossível devido às limitações do suporte físico.

A nossa forma espiritual tem as suas vantagens.
Muitas publicações físicas e online queixaram-se da jogabilidade deste jogo ser um bocado arrastada, lenta e com algumas falhas. De facto, consigo concordar com isso até certo ponto mas o certo é que após algumas horas de volta de Geist, esses pontos fracos desvanecem-se por completo. E digo isto pelo simples facto deste jogo ser tão original, que nos leva a tentar fazer de tudo para vermos as reacções dos inimigos, fazendo com que nos esqueçamos do pior do jogo, se é que se pode dizer assim. Basicamente na nossa forma etérea, podemos possuir desde objectos a pessoas e animais, logo tentamos experimentar tudo para vermos os resultados. Não há nada melhor do que possuir uma lata de tinta e rebentá-la quando um guarda incauto entra na sala, fazendo com que este desate a correr que nem um louco aos gritos. Por outro lado, para ultrapassarmos uma parede que à partida parece intransponível, podemos usar uma pequena fenda na mesma. Se tivermos de usar um cano para entrar numa sala, nada melhor do que possuir um rato ou até mesmo uma barata para fazer o serviço. E se precisarmos de limpar inimigos? Possuir um guarda armado é a solução e caso este morra, não há problema, a nossa forma etérea sai sem nenhum arranhão. Claro que não somos invencíveis e precisamos de rapidamente achar algo para possuir senão morremos de vez. Neste campo, Geist ganha em originalidade e variedade, ainda que muito mais pudesse ter sido feito. O sistema de progresso é similar aos FPS de hoje em dia, estando a história dividida em vários níveis, com checkpoints e bosses a preencher os devidos espaços.

Vamos entrar em muitos buracos, salvo seja.
Não podia deixar de referir um dos aspectos pelos quais considero Geist um bom jogo dentro do género. O multiplayer. Apesar de não parecer à partida, este modo é extremamente viciante e até me faz lembrar dos bons velhos tempos do GoldenEye 007 na N64 (já aqui analisado). Desde a acção frenética, à palhaçada, Geist consegue oferecer várias horas de diversão entre amigos, com 3 modos de jogo Possession Deathmatch, Capture the Host e Hunt. O primeiro dispensa apresentações, temos de possuir pessoas e objectos (como caixas de explosivos e mísseis teleguiados!) com o intuito de derrotar os outros. O segundo modo é similar a um Capture the Flag, mas com fantasmas. O terceiro é excelente... basicamente temos humanos equipados com armas anti-fantasma cujo objectivo é limpá-los. Os fantasmas por sua vez têm de evitar serem capturados e por sua vez devem possuir os humanos e levá-los até armadilhas para os matarem. Originalidade não falta neste jogo.

Com isto tudo já nada mais tenho a dizer acerca de Geist, a não ser que é um jogo extremamente divertido que passou ao lado de quase todas as pessoas. E é um excelente exemplo de que os jogos não precisam de ter um grafismo do outro mundo para serem bons, basta serem minimamente jogáveis e terem aquilo que nos faz jogar: divertimento e entretenimento. Por isso é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã, mais acção nas Nintendo's! :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Um jogo com um óptimo conceito que infelizmente foi desenvolvido por um estúdio algo medíocre. Lembro-me de ter expectativas elevadas quando o mesmo foi anunciado, na E3 de 2003 salvo erro. Graficamente deixa algo a desejar e não acho que tenha cenários sombrios ou tensos, mas sim bastante monótonos. No entanto não deixa de ser um jogo interessante pela premissa que apresenta. Qualquer dia destes irei falar sobre ele no GHZ.

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