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Esta capa é má mas era um chamariz. |
Desenvolvido por: Rare Ltd.
Publicado por: Acclaim
Plataforma: Nintendo Game Boy
Lançamento: Janeiro de 1990 (EUA, EU)
Género: Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartucho de 0.5-megabit
Funcionalidades: Não tem
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Nunca o acabei, é impossível. Mais difícil que o Battletoads da SNES!
(O Mortal Kombat e o Crysis 2 já baixavam de preço...)
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Um autocolante muito feio. |
Os anos 90 foram sem dúvida bons por diversos motivos, fossem os filme de acção que apareciam em quantidades industriais ou até mesmo os desenhos animados que eram excelentes e nada tinham a ver com a porcaria que os putos hoje em dia "consomem". Ah, e os videojogos, claro está! A eterna rivalidade entre
Nintendo e
Sega a competir em todas as frentes, sempre taco a taco, tornando complicada a escolha do consumidor. Mas visto os grandes consumidores serem miúdos, ao contrário do que acontece hoje, a escolha não era muito difícil, pois entre
Mario e
Sonic era uma questão de gostos. Eu optei claramente por aquela que ainda hoje se mantém de pedra e cal neste negócio, a
Nintendo. E tendo começado pelos
8-bit, mais concretamente pelo
Game Boy, o jogo de hoje foi o primeiro que tive para a pequena portátil, tendo sido uma prenda de aniversário da minha mãe, algo que deve datar de 1992 ou 1993 e ainda guardo aqui na minha colecção.
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Manuais, papelada e cartucho. |
Wizards & Warriors X: Fortress of Fear foi um dos primeiros jogos a sair na pequena máquina da
Nintendo e também um dos primeiros que joguei. Confesso que fui mais pela parte visual e pelo conceito de jogo do que pela história, pois naquela época nem sequer queríamos saber disso. Ainda assim a história decorre depois dos eventos de
Ironsword: Wizards & Warriors II, na
NES, onde o nosso heróis
Kuros vai até à
Fortress of Fear para colocar um ponto final nos planos do diabólico feiticeiro
Malkil, que ao final de 17 anos de tranquilidade, decidiu capturar e aprisionar a princesa
Elaine nesta mesma fortaleza. O estranho neste jogo é ser o capítulo X, quando na
NES saiu apenas até ao III. Enfim, nem vale a pena perguntar onde anda do IV até ao IX.
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É um castelo como outro qualquer. |
Em 1990, qualquer miúdo era levado pela parte gráfica de um jogo, eu incluído. Ainda que este não seja fabuloso quando comparado a outros da sua época, apresenta uns
sprites de tamanho considerável, que se movem convincentemente ainda que a animação não seja das melhores e o
scrolling seja um bocado atabalhoado, dando origem a que as coisas pareçam borradas, literalmente. Os cenários são praticamente todos iguais, pois o jogo decorre numa fortaleza, sendo que ocasionalmente oscilam entre masmorras e muralhas, com os tradicionais passadiços e afins. Nada de grande pormenores ou detalhes intrincados mas acima de tudo o grafismo é funcional.
No departamento do áudio, Fortress of Fear apresenta uma boa sonoridade no que respeita à música, com faixas sólidas e a representar bem a potência do hardware. Lembro-me em especial de emprestar o jogo ao meu vizinho que só queria ouvir a música num loop interminável. Há malucos para tudo. O som em si, no entanto, não é nada de especial mas também não é nenhum monstro, fazendo o seu trabalho como deve ser.
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Morcegos, aranhas, há de tudo! |
E na parte jogável? Bom, digamos que aqui surgem os "problemas". Não é o jogo com o melhor controlo de sempre pois
Kuros mexe-se de uma forma estranha, especialmente quando chega a altura de andar a saltar de plataforma em plataforma. Os saltos são sempre um incógnita, particularmente por perdermos energia se saltarmos de um sítio demasiado alto. O combate apesar de simples nem sempre é justo pois alguns inimigos têm mais energia do que deviam e por norma o jogo é impiedoso connosco, especialmente se cometemos erros. Ao contrário dos jogos de
NES, neste a exploração é praticamente inexistente, resumindo-se apenas a abrirmos alguns cofres que necessitam de chaves para tal. Os itens que encontramos ora servem para nos curar como para aumentar a pontuação, algo que considero bastante inútil neste género. Existem ainda umas poções que nos curam, dão invencibilidade, protegem-nos de certos ataques ou permitem-nos saltar mais alto, para alcançar certas plataformas.
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E claro, cobras gigantes! |
O jogo conta com cinco capítulos que se dividem em dezoito níveis, onde a dificuldade atinge níveis impensáveis, tornando o jogo quase impossível de acabar. Aliás, não conheço ninguém que o tenha feito sem ser com batotice, seja via
Game Genie ou num emulador com
save state. Eu só consegui recorrendo a este último método. O jogo torna-se tão frustrante que até o mais calmo ser deste planeta tem um ataque de fúria após passar os dois primeiros capítulos. Isto tudo porque os inimigos aparecem do nada, fazem
respawn ad eternum, adivinham onde vamos cair quando saltamos, entre outras façanhas. Os próprios níveis parece que têm vida e tentam a todo o custo impedir o nosso progresso. Podia ser um desafio mas não é, pois é ridículo. A cereja no topo do bolo é nem sequer existir um único continue. Temos vidas mas aos esgotarmos estas,
kaput, começamos de novo. Também não existe gravação de progresso, portanto escuso continuar com isto.
Wizards & Warriors X: Fortress of Fear não é jogo que recomende a ninguém a menos que seja para irritar a pessoa em questão. Contudo, este exemplar tem um valor histórico e sentimental enorme o que faz dele um JOGALHÃO DE FORÇA!
Amanhã no Jogalhões, um clássico da espadeirada na PlayStation. :)
MURRALHÕES DE FORÇA:
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