15 de fevereiro de 2011

DooM

Apesar de ser Platinum, esta capa é kickass!
Desenvolvido por: ID Software
Publicado por: Williams Entertainment
Director: Tom Hall
Designer(s): Sandy Petersen, John Romero, Shawn Green
Programador(es): John Carmack, Mike Abrash, John Romero, Dave Taylor
Artista(s): Adrian Carmack, Kevin Cloud
Compositor(es): Aubrey Hodges (PlayStation), Bobby Prince (PC)
Motor gráfico: id Tech 1 (PC), versão modificada do motor gráfico usado na Jaguar (PlayStation)
Plataforma(s): PlayStation, PC, Sega Saturn, SNES, Atari Jaguar, Sega 32X e todas as que se conseguirem lembrar
Lançamento: 16-11-1995 (EUA), Algures em 1995 (EU), 16-04-1996 (JP)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Co-Op e Deatmatch para 2 jogadores via Link Cable, duas consolas e dois exemplares do jogo
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Progressão guardada através de passwords, Compatível com Link Cable
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, é DOOM! :D

(Clássicos, quem não os adora? É impossível viver sem eles e ainda hoje dão gosto jogar novamente. Alguns, nem todos.)

Sábias palavras...
Em 1993 o panorama "videojoguistico" foi abanado fortemente pela chegada de um jogo. Esse jogo chamava-se simplesmente DooM e foi um êxito estrondoso no PC, pelas mais diversas razões. Por um lado, era um dos primeiros jogos na primeira pessoa a alcançar tal sucesso e por outro gerou imensa polémica e controvérsia pelos temas que abordava tais como violência desenfreada e satanismo. Claro que isto eram apenas pontos para os mais puritanos agarrarem e fazerem escabeche para ver se alguém lhes dava atenção. Por todos estes motivos DooM rapidamente ganhou um lugar cativo entre os clássicos que tanto contribuíram para o avanço da indústria, da tecnologia e até mesmo de mentalidades. Digo isto porque de certo modo ajudou a estabelecer uma linha entre realidade e ficção nos videojogos. Ninguém no seu perfeito juízo vai sair para a rua de moto-serra na mão a cortar tudo o que se interpele no seu caminho. E como clássico que é viu-se convertido e publicado em diversas plataformas, sendo uma delas a PlayStation, que segundo o criador da série, John Romero, acolheu uma das melhores versões do jogo. Ora bem, esta versão aterrou na minha colecção em 1996, creio e foi comprada numa loja que já não existe, no Centro Comercial Renovação, em Almada. Se a memória não me falha, custou 5.990$, preço normal para uma edição Platinum naquela época.


Manual, papéis e disco.
Doom é mais um daqueles jogos que dispensa qualquer tipo de apresentação para um jogador frequente ou até mesmo vintage (como gosto deste termo) mas visto que muitos dos leitores podem não terem um background histórico muito alargado, eu passo a desenvolver. Assim muito sucintamente, Wolfenstein 3D é o avôzinho dos FPS. Doom é o seu filho, se resolvermos considerar as coisas metaforicamente. Como inovou em todos os campos que Wolfenstein 3D abordara anteriormente, tornou-se um marco na história dos videojogos. Em termos de história, é bastante linear, somos um marine que foi destacado para Marte e a dada altura deparamo-nos com um cenário dantesco onde tudo o que resta são cadáveres e bocados de corpos, consumidos pelos demónios que aparentemente saíram dos portais interdimensionais utilizados para transporte de pessoas e objectos. Cabe-nos a nós resolver o problema...

Quando saiu na PlayStation, DooM já tinha um aspecto datado e não vinha acrescentar nada de novo. Por outro lado, conseguia ter uma aspecto melhor em alguns campos quando comparado a outras versões inferiores e até mesmo à versão PC, claramente superior neste campo. Apesar de se terem omitido algumas texturas devido a limitações técnica por parte do hardware, conseguiram-se proezas como iluminação dinâmica em certos níveis, um céu animado em várias partes do jogo e no geral um grafismo "novo" em vários níveis.

Imps transparentes... o pânico!
Na parte sonora, é talvez onde se note a grande diferença. A banda sonora icónica composta por Bobby Prince foi completamente substituída por uma nova composta por Aubrey Hodges. Ao contrário da original onde as músicas eram essencialmente rock, este nova composição é meramente música ambiente, que na minha opinião, resulta num clima de completa tensão e em suma, muito melhor. Em qualquer nível, a música é tenebrosa e dá sempre aquela sensação que está algo ao virar da esquina. Em termos de efeitos sonoros, foram também completamente refeitos, desde os sons das armas aos grunhidos dos monstros. Mais tarde, todo este trabalho de áudio foi aproveitado para DooM 64.

BFG no primeiro nível? Cheaters!
Se no PC se jogava com teclado e até mesmo com rato, nas consolas, à partida seria um desafio jogar com um comando. A versão de PlayStation, à semelhança da versão de SNES, foi abençoada. Todos os movimentos são perfeitamente reproduzidos com o comando e podemos até mapear os botões à nossa maneira pelo que a acção está sempre em controlo. Poderá parecer estranho ao início mas rapidamente se apanha o jeito. Claro que face ao original existem diferenças notórias, nomeadamente em termos de níveis. Provavelmente a maior de todas será o facto de este DooM englobar os dois originais de PC, Ultimate DooM e DooM II, perfazendo um total de 50 níveis. Por outro lado, apesar de a maioria dos níveis dos originais terem sido incluídos, alguns sofreram algumas alterações e outros foram omitidos. Para compensar isto, penso eu, foram introduzidos alguns níveis novos e outros oriundos da versão de Jaguar (não existentes em PC). Metade destes são secretos, até mesmo contendo um chamado Club DooM onde vemos Revenants a dançar Trance! (LOL) E falando de inimigos, estão cá todos excepto o Arch-Vile (aquele *fdp* que ressuscita os mortos) devido ao sprite ter demasiadas animações. Por outro lado mantiveram os grandalhões (Cyberdemon e Spiderdemon) e adicionaram um novo: Nightmare Spectre, similar ao Spectre mas esverdeado e mais duro.

Melhor arma de sempre num videojogo!
Para além disto tudo, incluíram um modo multiplayer para dois jogadores em Co-Op no modo história ou Deathmatch. Claro que não há splitscreen devido às habituais limitações técnicas invocadas pelos programadores. Sendo assim, só com duas consolas, duas televisões, dois jogos e um Link Cable. Escusado será dizer que nunca aconteceu. O pior deste jogo é mesmo a gravação de progresso, pois em vez de terem optado por gravar no Memory Card no final de cada nível, somos presenteados com uma password para escrever num papel... enfim, sem comentários.

DooM na PlayStation é de facto um bom jogo, combinando ambos os jogos de PC em apenas um mas mantendo tudo aquilo que o tornou um ícone neste mundo. Pode pecar em algumas áreas mas no geral triunfa em todas. É por isso um JOGALHÃO DE FORÇA!

O mundo está louco e é já amanhã... :D

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Muitas horinhas passei a jogar essa relíquia... mas no PC. :P
    Tenho a collector's edition, qualquer dia escrevo sobre isso.

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  2. No PC ainda jogo de vez em quando com o Doomsday. :)

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