19 de julho de 2011

The Legend of Zelda: Wind Waker [Limited Edition]

Link na capa.
Desenvolvido por: Nintendo EAD
Publicado por: Nintendo
Director: Eiji Aonuma
Produtor(es): Shigeru Miyamoto, Takashi Tezuka
Argumentista(s): Mitsuhiro Takano, Hajime Takahashi, Eiji Aonuma
Compositor(es): Kenta Nagata, Hajime Wakai, Toru Minegishi, Koji Kondo
Plataforma: Nintendo GameCube
Lançamento: 13-02-2002 (JP), 24-03-2003 (EUA), 02-05-2003 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Nintendo Optical Disc (1.4GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (12 Blocos), Compatível com Game Boy Advance
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez e chega.

(Mais um dia de "Inverno".)

Autocolantes... pfft!
Todos nós que seguimos determinadas sagas desde há muitos anos atrás, sabemos que um dos problemas é a inconsistência da timeline entre outros pormenores mais minuciosos. Cada jogo que aparece tem sempre tendência a tornar as coisas ainda mais confusas, especialmente para as pessoas que não seguem religiosamente a história mas apreciam saber o que se passa em concreto. São muitos os exemplos de sagas que sofrem desse mal e a de hoje é um dos melhores exemplos na minha opinião. The Legend of Zelda começou por ser um jogo, depois dois, três e por aí fora até Ocarina of Time, "instituir" duas timelines separadas. Numa seguimos o Young Link, noutra seguimos o Adult Link e os diversos jogos que existem são prova disso mesmo. O de hoje é tido como uma sequela do Ocarina of Time, portanto irá fazer parte da timeline onde o Young Link existe. Este meu exemplar foi adquirido novo e selado no miau.pt por cerca de 25 euros, sendo a Limited Edition que inclui ainda o Ocarina of Time. Foi a minha última compra lá, pois voltei a comprá-lo novamente a 9.90€, tendo vendido o mesmo a 30. Também sei ser cigano... :P


Manual e discos.
The Legend of Zelda: Wind Waker é uma das sequelas de Ocarina of Time, passando-se cerca de 100 anos após a derrota de Ganon. Hyrule desapareceu dando lugar a um vasto oceano onde existem umas quantas ilhas, vivendo o pequeno Link numa delas com a sua avó e a sua irmã Aryll. As lendas falam num Hero of Time, que salvou o reino das garras de Ganon que se tinha apoderado do Golden Power para espalhar o terror. Mais tarde, este mal começou a vir novamente ao de cima mas o herói não apareceu. O jovem Link, sendo o seu aniversário, é presenteado com um fato alusivo ao Hero of Time e a sua irmã deixa-o usar o seu telescópio. Link descobre que um pássaro levou uma rapariga para a floresta, decide ir lá salvá-la, Aryll é raptada e Link vê-se obrigado a ir atrás dela com a ajuda desta que salvou e que se chama Tetra. Assim chega à Forsaken Fortress, noutra ilha, onde a sua tentativa foi em vão, sendo agora salvo pelo King of Red Lions, um barco falante que o alerta para o facto de Ganon ser quem está por detrás disto tudo. E começa assim a aventura.

Link é um puto travesso.
Uma das mudanças radicais começou no departamento visual, onde o grafismo tridimensional recebeu um tratamento na área do cel shading, conferindo-lhe um aspecto fabuloso, onde mais parece que estamos a ver desenhos animados do que a jogar. Os modelos das personagens são excelentes, com animações impecáveis, desde o simples movimento de andar e correr, às expressões faciais que são brutais, sobretudo as de Link. As ilhas em si são locais simpáticos e atractivos mas a variedade visual é escassa e durante 80% do tempo vamos ver é azul ou seja, água, muita água. Algo que me agradou particularmente são os efeitos visuais 2D, que lhe conferem um toque especial, desde certos objectos às explosões. Neste campo, Wind Waker é impecável e serviu de exemplo a outros jogos da série.

O departamento sonoro também não se fica atrás, sobretudo com a banda sonora que oscila entre novas composições e arranjos de faixas já nossas velhas conhecidas e que tantas memórias nos despertam. Jogar um Zelda é também absorver a música pois esta vai muito além não se limitando apenas a ser uma banda sonora mas sim uma obra de arte em formato digital. Como é habitual não existem vozes, apenas certos sons e exclamações, bem como reacções a determinados eventos e situações. O som no geral é óptimo, continuando com a mesma qualidade de qualquer outro título da saga que tenha jogado.

É sempre a subir, depois mergulhas.
Uma vez que a jogabilidade se resume a um mundo tridimensional com total liberdade de movimentos, o controlo é muito semelhante ao de Ocarina of Time, com todos os botões do comando da GameCube a serem utilizados para realizar as mais diversas acções e tarefas, desde a exploração ao combate que recai mais uma vez numa mecânica de lock-on, sempre bem vinda. O jogo continua a apostar nas masmorras para o progresso na história, com os habituais itens obrigatórios para progredir e resolver certos puzzles, bem como derrotar os bosses no final de cada nível. Tal como outros, side quests existem com conta peso e medida, ainda que algumas se revelem aborrecidas. Encontrar tesouros tornou-se um passatempo para Link, uma vez que anda de barco durante grande parte do jogo e é aqui que este se torna enfadonho.

Uh! Um navio fantasma.
Explorar o mapa é uma tarefa hercúlea e faseada pois temos de avançar na história para abrirmos caminho. Por outro lado, no mar pouco ou nada há para fazer a não ser procurar tesouros que se traduzem em Rupees, Pieces of Heart ou mapas de tesouro adicionais, algumas batalhas contra piratas e pouco mais. Nos antigos, sempre tínhamos uma grande variedade de ambientes, desde aldeias a florestas, passando por grutas e afins, sempre com inimigos e coisas por descobrir. Aqui temos água, um barco que fala com uma grua para salvados e uma batuta para tocarmos melodias que vão desde nos transportarem para outros locais a mudar a direcção do vento para velejarmos mais rápido. A Nintendo parece que decidiu levar o Water Temple de Ocarina of Time, um passo mais adiante e presenteou-nos com esta piada de mau gosto. Ninguém gosta de níveis na água! É um facto mais do que comprovado.

Mesmo com este grande problema, Wind Waker não é um mau jogo, nada disso. Eu é que apenas não gostei do mesmo e acho na minha mais modesta opinião como jogador, que este não é o melhor exemplo de um bom jogo feito pela Nintendo. Se querem um Zelda bom, qualquer um dos outros que não têm água é bom. Este é apenas razoável. Mas mesmo assim, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã no Jogalhões, pancadaria da boa na PlayStation. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

1 comentário:

  1. Acho que foi o primeiro jogo da GC que eu terminei, já em 2002/2003. Deu-me um gozo tremendo, principalmente naquela parte em que se desceu ao fundo do mar e não quero dizer mais senão posso estar a "spoilar" alguma coisa a algum leitor.
    O único defeito é realmente o enorme deserto de água que temos pela frente, no Twilight Princess as coisas estão mais variadas realmente. Ainda assim é um dos meus Zeldas preferidos, espero falar dele no GHZ brevemente.

    ResponderEliminar