8 de julho de 2011

Onimusha: Dawn of Dreams

Soki em grande.
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Director: Koichi Kimura
Produtor: Yoshinori Ono
Argumentista: Hiroshi Yamashita
Compositor(es): Hideyuki Fukasawa, Jamie Christopherson
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 26-01-2006 (JP), 08-03-2006 (EUA), 18-03-2006 (EU)
Género: Acção, Aventura, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador (ou dois jogadores, se souberem como)
Media: 2x DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (311KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes.

(Confesso que este tempo me começa a afectar a boa disposição seriamente...)

Autocolantes, pfft!
A PlayStation 2 foi responsável por algumas das sagas mais conhecidas de hoje em dia, que se popularizaram por diversos motivos, desde o género de jogo até à jogabilidade viciante e desafio que o próprio jogo proporcionava. Tristemente nem todas estas sagas tiveram direito a continuidade nesta actual geração de consolas. Bom, pelo menos até agora, nunca se sabe se não virá para aí alguma boa notícia. Mas ainda assim, temos de nos conformar que por enquanto não há nada de novo. Um bom exemplo disso é a saga Onimusha que teve direito a quatro jogos na PS2, vulgo, quatro excelentes jogos. Hoje trago aqui o quatro e último a aterrar nesta plataforma, que se despede em grande e com uma qualidade acima da média. Este meu exemplar comprei-o novo, no Jumbo do Almada Fórum por 9.90€, juntamente com o Killer7 (já aqui analisado).


Manual e discos.
Onimusha: Dawn of Dreams marca o final, aparentemente, desta saga. Pelo menos na PS2 mas até à data mais nada se falou acerca disto. A trama deste decorre em 1597, cerca de 15 anos depois da derrota de Oda Nobunaga como visto em Onimusha 3. Pouco depois, o seu antigo servo Hideyoshi Toyotomi assume controlo da situação, unificando o país sob um única bandeira, acabando de vez com as guerras que o assolaram. Contudo, após algum tempo, começam os maus presságios com desastres naturais, a aparição da Omen Star e o regresso dos Genma ao Japão. Toyotomi ignora isto e decide enviar exércitos para conquistar o resto da Ásia, aliando-se aos Genma no processo. O grande objectivo é utilizar os exércitos Genma para recolher todas as cerejeiras do Japão para conseguir ressuscitar o demónio Fortinbras. Sem Samanosuke mais uma vez, cabe a Soki (Yuki Hideyasu), um guerreiro que possui o poder de Black Oni acabar com este estratagema diabólico.

Soki e Akane, no primeiro encontro.
Eu pensava que era difícil melhorar o trabalho feito em Onimusha 3 mas este Dawn of Dreams veio mostrar-me que sim, é possível. Começando logo pela parte visual, que aproveita o esquema do anterior, com cenários completamente tridimensionais, onde as personagens se digladiam umas com as outras, estando dotadas de excelentes animações e uma fluidez impressionante, sempre a 60 frames constantes. O bónus surge com a câmara que agora pode ser controlada por nós, ao nosso gosto, impedindo assim aqueles ângulos manhosos que por vezes dificultavam os combates. Isso acabou, agora controlamos nós e mais nada. A meu ver acho que o grafismo consegue estar ainda um bocadinho melhor do que o seu antecessor. As cutscenes em CG estão certamente ao mesmo nível mas não são tão épicas em termos de conteúdo.

E com bons visuais, quase que obrigatoriamente, tem de vir uma boa banda sonora, algo que Dawn of Dreams não desaponta. Os compositores apesar de não serem os mesmos, fizeram um excelente trabalho, tendo Hideyuki Fukasawa, conhecido pelo seu trabalho em Chaos Legion ficado com toda a parte in-game e Jamie Christopherson, encarregou-se da composição orquestral das cutscenes, algo digno de um filme de Hollywood. Todo o som no geral é de elevada qualidade, desde os habituais grunhidos, efeitos das armas e afins, com especial atenção ao voice-acting. Para grande pena minha, a versão PAL não incluí o áudio em Japonês, algo que está presente na NTSC.

Aquele senhor deixou de ter tosse.
A jogabilidade mantém-se praticamente intacta, com uns quantos tweaks. Continuamos a distribuir fruta nos Genma com várias armas e absorvendo as habituais almas que vêm em várias cores. A grande novidade é não nos cingirmos apenas a Soki e termos mais quatro personagens jogáveis, que nos acompanham ao longo do jogo, numa espécie de sistema de partner zapping, como em Resident Evil 0. Podemos trocar de personagem on-the-fly, sendo que a outra é controlada pelo computador mas podemos dar-lhe ordens com o D-Pad, que se traduzem em tácticas ofensivas ou defensivas. Isto torna o jogo bastante mais divertido e variado, na minha opinião, pois nem todas usam espadas, fazendo-se valer por outro tipo de armas como bastões e até a força bruta dos punhos. Outra novidade inclui um sistema de loja, onde podemos comprar armas, fazer upgrades às mesmas, bem como comprar outros tipos de itens, como coisas para nos curarmos e até acessórios com efeitos específicos. Obviamente e para manter o estilo da saga, o poder de Onimusha pode ser libertado quando tivermos energia suficiente para o fazer, espalhando assim o terror pelos corações dos Genma.

Tenkai, o nosso amigo monge.
Este Onimusha é também o maior na série, estando dividido em dois DVD's, proporcionando também alguns extras interessantes quando se termina o jogo, como por exemplo as indumentárias de Street Fighter para cada personagem, joke weapons e ainda um modo para dois jogadores co-op, algo também visto em DMC3. De bons extras a malta gosta! Tal como o primeiro jogo, este apresenta a possibilidade de trocar o áudio mas tal como referi, esta opção foi omitida da versão PAL, por motivos que me são desconhecidos. Só as NTSC têm este bónus. Em Onimusha 2 e Onimusha 3, tal opção nem sequer existe. Gente bera esta que decide fazer isto.

Não pretendo alargar-me mais nesta exposição, portanto só me resta dizer para jogarem este excelente jogo. Melhor ainda, joguem-nos todos por ordem, se os conseguirem pois tal como os anteriores, este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã no JDF, Kratos regressa para a sua derradeira vingança. :)

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

10 comentários:

  1. é incrível como esse jogo é tão bom, é o hack 'n slash mais duradouro que já vi até hoje

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    1. Só é pena que esta série tenha sido esquecida pela Capcom mas mesmo assim 4 jogos na PS2 foi muito bom pois são todos excelentes! Só não joguei o de Game Boy Advance pois não é o meu género.

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    2. a capcom tem tanto poder nas mãos mas não usa

      Onimusha, Devil may cry (passou pra outra empresa), Megaman X, Resident evil(descaracterizado), Dino Crisis, Final Fight. E até quem sabe um God Hand bom.

      Uma pena

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    3. Atenção que o DMC não "passou" para outra empresa, continua a ser da Capcom, eles apenas recorreram ao outsourcing como fizeram por exemplo com o Dead Rising 2 e futuramente com o Lost Planet 3. Ambos os casos foram bem recebidos e se assim for, é preferível que recorram a meios externos para continuarmos a ter bons jogos. Dino Crisis e Final Fight morreram há muito, para grande pena minha. :\

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    4. Entendo. Só que pelos vídeos que vi, não quero nem ver esse novo DMC na minha frente. Eles simplesmente ignoraram qualquer edição já feita, tanto pela história tanto pelo título do jogo que é só Devil May Cry, sem números, como se fosse o primeiro. odeio quando fazem isso.

      Dino Crisis 2 e Final Fight 3 estão entre os melhores jogos que já joguei nessa vida, jogou eles também, Pedro?

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    5. Por isso é que é um reboot. Fizeram o mesmo com Mortal Kombat, que ficou excelente e vão fazer o mesmo com Tomb Raider. São "males" necessários e no caso do DmC, foi bom o resultado. O Dino Crisis 2 está analisado aqui no blog, quanto ao Final Fight 3, joguei-o, tal como o 1 e o 2 na SNES mas não os tenho na colecção. O meu favorito é o 2 pois foi o que mais joguei até hoje.

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  2. O MK foi vendido porque a Midway faliu :S Esse MK9 é quase perfeito, só não gostei do jeito que os X-rays foram implantados no jogo.

    Vou ver sua review do DC2 então.
    Os Beat'em up eram incríveis, pena não aproveitarem nomes fortes como o próprio Final Fight e Streets of Rage e fazê-los nos novos consoles com a jogabilidade incrível que as novas plataformas proporcionam. Em vez disso ficam fazendo Darksiders e Asura's Wrath --'

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    1. Apesar da falência da Midway, o jogo continua a ser produzido pelas mesmas pessoas do original pois tudo foi vendido à Warner Bros. Interactive, sendo que agora a Midway Chicago é a NetherRealm Studios. Darksiders e Asura's Wrath são tudo menos beat 'em ups, na minha opinião e ambos bons jogos. :)

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    2. sim, sim, é a mesma equipe ainda, tanto que o nosso velho conhecido Boon se inspirou em SFIV pra fazer o novo MK.

      Não quis dizer que são beat'em ups, quis dizer que em vez de ressucitar clássicos fodas, ficam fazendo jogos sem originalidade nenhuma, pra mim esses hack 'n slash de hoje em dia vivem só na sombra de God of War, salva-se Beserk (lançado só no Japão) que é um God Hand da vida, cheio de idéias interessantíssimas, mas não tão bem produzido.

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  3. É questão de gosto mas para mim é o menos excelente dos quatro

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