19 de janeiro de 2011

Final Fantasy Crystal Chronicles

Que capa tão fofa...
Desenvolvido por: The Game Designers Studio
Publicado por: Nintendo
Director: Kazuhiko Aoki
Produtor: Akitoshi Kawazu
Designer: Toshiyuki Itahana
Compositor(es): Kumi Tanioka, Hidenori Iwasaki
Plataforma: Nintendo GameCube
Lançamento: 08-08-2003 (JP), 09-02-2004 (EUA), 12-03-2004 (EU)
Género: Action Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um ou quatro jogadores em simultâneo
Media: Nintendo Optical Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Memory Card (22 Blocos), Compatível com Game Boy Advance, 4 Jogadores em simultâneo (4 GBA)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Nunca o acabei, fiquei na última masmorra e perdi o interesse.

(É verdade, eis que apresento aqui um dos poucos jogos que não acabei. Sim, porque existem jogos que não acabamos e provavelmente nunca o iremos fazer por diversos motivos. A pontuação atribuída a este jogo é com base na experiência geral que tive até ao sítio onde o larguei.)

Autocolantes a estragar tudo.
Role Playing Game ou RPG, é um género apreciado por muitos, seja de origem ocidental ou oriental. Isto porque é um género em que assumimos uma persona e deixamos de ser nós, residindo aí a piada da coisa. Contudo nem todos os RPG's nos entusiasmam ao ponto de continuarmos a assumir esse papel por muito tempo. Este é um deles. Comprei-o na Fnac do Almada Fórum a 13-01-2004, por 9.99€. Guardar os talões é uma jogada inteligente como auxiliar de memória... :)







Manual, disco e afins.
Final Fantasy Crystal Chronicles é um jogo que poderia muito bem não ter Final Fantasy no nome, pois a única coisa que partilha nesse aspecto é o ambiente e o folclore tradicional da saga. De resto pouco tem em comum com os títulos da série principal. Neste capítulo podemos escolher uma de várias raças à disposição para iniciar a nossa jornada na busca de Myrrh, uma substância liquida que activa os cristais que protegem as cidades e afins do mortífero gás Miasma. Claro que isto só dura um ano pelo que todos os anos a demanda repete-se e o jogo é isto, até ao fim, mudando a localização da tão preciosa Myrrh, daí existirem várias masmorras.

Folheto promocional, lado A.
Crystal Chronicles apresenta-se com um visual de luxo. As personagens estão incrivelmente detalhadas e os cenários conseguem transmitir-nos todo aquele ambiente de fantasia e até um certo bucolismo. Apesar da variedade não ser muita pois as aldeias e as masmorras têm todas o mesmo aspecto, é agradável a experiência neste campo. A composição sonora é igualmente agradável (hoje estou para usar e abusar desta palavra). Nada de grandioso mas competente e funcional. Sinceramente não é jogo que tenha ficado na memória neste departamento, o que é de estranhar pois os Final Fantasy deixam sempre "marcas". Mas este como é spin-off, talvez seja por isso não deixou.

Folheto promocional, lado B.
Onde se destaca é na sua jogabilidade. Tendo sido feito a pensar na cooperação entre jogadores, Crystal Chronicles quando jogado sozinho pode ser um bocado frustrante, especialmente em certos combates contra bosses onde dois jogadores humanos funcionam infinitamente melhor do que um com ajuda de uma personagem controlada de forma estúpida pelo computador. É que para se ir progredindo existe necessidade de andar sempre com um bicharoco atrás, visto que este carrega o precioso Myrrh para afastar a Miasma que nos afecta severamente. Contudo, se forem duas pessoas mais o bichinho a coisa funciona bem pois um ataca e o outro, se for necessário, cura, usa magia e em último recurso carrega com o reservatório de Myrrh. Sozinhos, temos de fazer tudo e por vezes é bastante complicado. Claro que o grande problema reside precisamente no multiplayer pois implica ter quatro GBA's. Sim, QUATRO! É ridículo, deveria dar para jogar com quatro comandos normais mas não dá. A ideia dos senhores que conceberam o jogo era que cada jogador tivesse o seu próprio ecrã de jogo. Ora, isto no papel até parece ser uma ideia excelente mas na realidade não funciona assim tão bem.  

Este tipo tem mau hálito.
Online talvez tivesse potencial mas nesta época o online ainda não era algo mandatório numa consola e mesmo existindo, não era grande coisa. No caso deste jogo, não existia nenhuma funcionalidade online. Quero com isto dizer que o que poderia ser um bom jogo foi arruinado por mau planeamento. A jogabilidade é boa, aliás muito boa até, extremamente bem pensada mas este método de jogar é que não funciona nem à pancada. Talvez funcione no Japão onde cada cidadão é capaz de ter um GBA (hoje em dia uma DS ou PSP) mas cá, e até mesmo no ocidente em geral, não funciona! É pena, pois se o multiplayer não fosse tão à frente no seu tempo, tinha sido um jogo divertido.

A quatro é sempre melhor.
Em suma, Final Fantasy Crystal Chronicles não é jogo para todos e muito menos o recomendo a alguém. Comprei-o porque estava baratinho e também porque esperava algo diferente. Não me enganei, é bastante diferente de facto mas surpreendeu-me pela negativa. Só é um JOGALHÃO DE FORÇA por estar na colecção, nada mais do que isso.




MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

2 comentários:

  1. Li agora a tua review e até concordo com o que dizes no que diz respeito ao multiplayer: podiam ter deixado o pessoal usar mais que um comando da GC ao invés ser obrigatório cabos e GBAs para esse efeito. Mas acredito que tenha sido pressão da própria Nintendo para que assim fosse, o Zelda 4 Swords Adventures também é assim. Em relação a um modo online... também seria algo engraçado de se ter implementado na altura, mas a BigN não estava para aí virada.

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  2. Sim, 4 GBA's é a coisa mais ridícula de sempre. Já o Four Swords Adventures caiu nesse erro mas tem uma coisa a seu favor que este não tem: o single player é divertido e excelente!

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