14 de janeiro de 2011

Dino Crisis

Que grande gânfia!
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom (JP/EUA), Virgin Interactive (EU)
Director: Shinji Mikami
Produtor: Shinji Mikami
Designer(s): Shu Takumi, Kuniomi Matsushita, Hiroyuki Kobayashi
Desenho de personagens: Kazunori Tazaki, Yasuyo Kondo, Yuichi Akimoto
Compositor(es): Makoto Tomozawa, Sayaka Fujita, Akari Kaida, Shun Nishigaki
Plataforma(s): PlayStation, PlayStation Network, Dreamcast, PC
Lançamento: 01-07-1999 (JP), 31-08-1999 (EUA), 01-10-1999 (EU)
Género(s): Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: CD-ROM (650MB)
Funcionalidades: Memory Card (1 bloco por save), Compatível com Controlo Analógico
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes para ver os diversos finais.

(Hoje não me apetece escrever aqui nada.)

Português em destaque!
Dinossauros. Já foram donos e senhores disto tudo. Hoje não passam de um monte de ossos fossilizados numa camada qualquer do subsolo ou suspensos num museu qualquer de história natural. Mas o curioso é que adoramos estes reptilianos gigantes, não sei bem porquê. A ideia de os ver a mexer pulula na mente de cada um mas caçá-los suscita ainda mais reacções. Sim, caçá-los, pois ou são eles ou somos nós e eles estão em vantagem considerável. Mas como só existem em filmes e jogos, temos de viver essas experiências através desses meios. Este Dino Crisis é mais um daqueles jogos que chegou cá sem eu me recordar como. Oferecido? É muito provável que sim. A única certeza que tenho é que não fui eu que o comprei. A data também não sei precisar mas apostava em finais de 1999, principio de 2000.


Jogalhão impecável? Confere!
Dino Crisis é um jogo onde a acção é secundária. Se vêm com a ideia de andar a caçar dinossauros sugiro vivamente que vão jogar Turok. E mesmo nesse, caçam mais humanos e andróides do que repteis enormes. Bom, então afinal este jogo é o quê? Eu diria que é um Survival Horror, sem zombies, pois o horror não se traduz só em zombies. Velociraptors também assustam e provocam ataques de pânico, mesmo estando com uma SPAS12 na mão. E neste jogo o que não falta são bichinhos desses. A história... uma ilha, uma chamada de emergência, uma equipa de resgate, já estão a ver, não é?

Olha um Velociraptor... MATA!
O que este jogo tem de realmente muito bom é o ambiente, que ganha vida através do grafismo escuro e frio da ilha. Desde as partes exteriores timidamente iluminadas por meia dúzia de luzes aos corredores tenebrosos do gigantesco complexo laboratorial, temos sempre a sensação que algo vai saltar de repente e que a nossa vida vai acabar no momento. E muitas vezes isso acontece. Apesar de sombrio, este grafismo consegue superar aquele que vimos em Resident Evil, especialmente por apostar no 3D na sua totalidade e deixar de lado os cenários pré-renderizados. Isto podia ser um contra mas os ângulos de câmara fixos continuam presentes e o clima de tensão mantêm-se. Shinji Mikami neste campo é o deus supremo e consegue sempre surpreender o pessoal.

Bela dentição...
Na parte audível Dino Crisis brilha. A música consegue manter-nos sempre naquele clima de suspeita e inquietação pois nunca sabemos o que está à nossa espera ao virar da esquina ou ao abrirmos uma porta. Às vezes nada, outras vezes tudo o que possamos imaginar. O som em si então completa o circulo, debitando toda a tensão possível e imaginária, desde o mais ligeiro "arrastar de algo ou alguém" aos guinchos estridentes de um dinossauro de pequeno porte. Isto já para não referir quando se encontra o T-Rex... :D

Isto não é bom sinal...
O campo onde se destaca menos é na jogabilidade. Parece datada e na verdade é pois continua com aquele esquema "tanque" da safa Resident Evil, ainda que ligeiramente melhorado. Não requer habituação se já forem veteranos do outro mas se forem novatos irão certamente estranhar. Fora isso, até se mexe bem. Contudo, Dino Crisis é difícil mas não é aquele" difícil" de deixar o jogador irritado e frustrado ao ponto de mandar um "rage quit" (para os leigos, passar-se da cabeça e atirar com o comando enquanto profere obscenidades). Nada disso, é uma dificuldade progressiva invertida (sofre do síndrome de Bioshock na dificuldade Survivor). Traduzindo isto para linguagem menos geek, ao inicio parece um pesadelo, depois vai-se tornando mais fácil. Isto tudo porque não temos muitas armas à nossa disposição, os itens de cura também são escassos e a munição tem de ser muito bem contadinha. A meu ver isto é muito bom, evita criar vícios de limpar tudo quanto é área e incute no jogador o hábito de poupar. Quem disse que os videojogos não ensinam?

No fundo, Dino Crisis é uma boa experiência e recomendo-o a qualquer fã deste tipo de jogos de terror. Se gostam de dinossauros, melhor ainda, agora podem enchê-los de chumbo. E um jogo onde se pode fazer tal coisa, é um JOGALHÃO DE FORÇA! :)

Mais já de seguida.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

2 comentários:

  1. Este jogo é simplesmente espectacular, ainda me lembro dos sustos que apanhei e já la vão uns 11 anitos.

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  2. Mesmo! É pena terem estragado a série na Xbox...

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