26 de janeiro de 2011

Battletoads in Battlemaniacs

Sapalhões de força!!
Desenvolvido por: Rare Ltd.
Publicado por: Nintendo (EU), Tradewest, (EUA), Nihon Falcom (JP)
Plataforma(s): Super Nintendo, Master System
Lançamento: Junho 1993 (EUA), ? 1993 (EU), 07-01-1994 (JP)
Género(s): Plataformas, Beat 'em up 2D, Corridas
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: Cartucho de 16 megabit
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Nunca consegui ir além do nível 5 pelo facto da dificuldade ser quase impossível.

(Facto: existem jogos difíceis. Uns onde a dificuldade vai progredindo e desafiam o jogador, outros onde é constante e começam a frustrar o jogador. Depois existe o Battletoads in Battlemaniacs...)

Mais uma em Alemão, com autocolante.
Na década de 90, as famosas Tartarugas Ninja estavam na moda. Era a época dos ninjas e todos os adoravam. E como era possível não gostar? Algumas pessoas de facto diziam que não gostavam mas lá no fundo, em casa, deviam assistir às aventuras escondidos no quarto para ninguém saber. Energúmenos... xD Para combater a febre das tartarugas, a Rare lembrou-se de criar algo parecido mas com sapos. Sim, sapos! Batráquios, se preferirem. Nasceram então os Battletoads, 3 sapos fortalhões chamados Pimple, Rash e Zits, cada qual com a sua aparência física (ao contrário das tartarugas) que se dedicavam a manter o mundo livre dos vilões e nomeadamente a espancar porcos com ar de mauzões. Isto não só deu origem a vários jogos como também a uma série de TV muito pouco rentável. Enfim, este jogo chegou-me às mãos em 1994, tendo sido oferecido pelo meu pai. Contudo, fui eu que o escolhi portanto não o posso acusar de "mau gosto" pois eu é que fui pela capa com design atractivo e nome sugestivo. Idiota... xD


O manual em PT é mais vistoso.
Battletoads in Battlemaniacs é uma sequela do original da NES, que se divide em vários géneros, sendo que não há nenhum predominante. Ora começamos num nível onde andamos a bater nos porcos maus e no final temos um boss, como andamos a subir e descer plataformas ou mesmo em cima de motas flutuantes em corridas brutalmente frustrantes. Mas já lá chegamos. A história traduz-se em algo como a Dark Queen e o seu parceiro Silas Volkmire apoderaram-se de um sistema de realidade virtual que estava a ser testado, raptando Michiko Tashoku (a filha do presidente da companhia que desenvolveu o sistema) e Zits. Pimple e Rash têm assim de entrar no sistema e resgatar os seus amigos. Até aqui tudo bem...

Martelada no porco!
Graficamente, Battletoads in Battlemaniacs é espectacular. A acção é fluída, o grafismo é colorido e rápido e dá gosto ver todos aqueles sprites das personagens a mexer no ecrã. Até mesmo certos efeitos visuais estão extremamente bem conseguidos e são um deleite visual. Neste campo a Rare sempre esteve em grande em todos os seus jogos.

Sonoramente também é um daqueles jogos de se lhe tirar o chapéu, sendo a banda sonora composta por uma rockalhada constante com excelente qualidade, típica da máquina da Nintendo. Até a música da pausa é excelente! Os efeitos, esses, também não se ficam nada atrás, especialmente quando estamos a distribuir fruta nos porcos, onde cada soco e pontapé quase que é sentido por nós.

Este nível é... HORRÍVEL!
Até aqui tudo bem mas agora perguntam vocês, então onde é que este jogo falha? Bem, não diria que é na jogabilidade, pois essa é óptima e sem grandes complicações. Seja nas partes de porrada, nas plataformas ou até mesmo em cima de veículos, os sapos portam-se bem. Nada de negativo a apontar. Mas quando chegamos à parte da dificuldade, a história muda de figura. Para começar não existe selecção de dificuldade, ou seja, partimos do principio que esta é progressiva como em qualquer outro jogo. Contudo, Battletoads in Battlemaniacs eleva a fasquia para outro patamar. Desde o primeiro nível que a dificuldade é absurda, isto para um jogador comum. Se chegarem ao boss do final do nível sem terem perdido uma vida ou energia, então podem considerar-se relativamente bons. Pessoalmente até ao 3º nível, o jogo até é fácil se formos decorando o layout e os inimigos/armadilhas. Daí para a frente a história é outra. Chegados ao 3º nível, o das motas portanto, o jogo torna-se estupidamente difícil, ao ponto de os jogadores mais nervosos atirarem o comando contra algo ou alguém. Não estou a gozar! Se jogado a dois, a frustração é a dobrar pois sempre que um morre (implica cair na piscina de bolas ou bater contra uma barreira), têm os dois de começar do inicio do nível!! Isto quer dizer que, ou jogam os dois muito bem e estão em perfeita sincronia, ou nunca vão passar desse nível. Ainda assim, após esse nível, segue-se um de plataformas pior! Basicamente temos de andar agarrados a cobras gigantes e evitar os obstáculos que se traduzem numa espécie de ouriços. Se tocarmos num, perdemos uma vida e voltamos ao inicio do cenário. A dois, same shit mas com frustração ao quadrado! No 5º nível, corridas novamente mas com um rato atrás de nós, a apontar-nos uma serra eléctrica. Se abrandamos, sapo cortado ao meio. Como se não bastasse, existem imensos obstáculos na pista. Escusado será dizer que nunca passei daqui, o jogo tornou-se incansável, impiedoso, imperdoável. Por outras palavras, estupidamente difícil, IMPOSSÍVEL! Se há coisa que os programadores devem ter em consideração na hora de fazer um jogo é que esse mesmo serve para diversão, para as pessoas se distraírem e acima de tudo DIVERTIREM e não se ENERVAREM! Enfim...

Nunca cheguei a este boss...
Battletoads in Battlemaniacs elevou a dificuldade a um novo patamar. Se conheciam Easy, Normal, Hard, Very Hard, Extreme, Impossible, esqueçam tudo isso pois agora a dificuldade máxima é Battletoads. Nada mais do que isto. É pena, pois este jogo tinha potencial para fazer frente aos jogos das Tartarugas Ninja em todos os campos mas falhou miseravelmente. Contudo não deixa de ser um JOGALHÃO DE FORÇA mas apenas por estar na minha colecção.

Amanhã volto com um jogo mais calminho... :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
  

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