8 de janeiro de 2011

Street Fighter Alpha 2

Versão PAL, 20% mais lenta que a NTSC.
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Compositor(es): Setsuo Yamamoto, Shun Nishigaki, Tatsuro Suzuki
Plataforma(s): Super Nintendo e todas as que se lembrarem
Lançamento: Novembro 1996 (EUA), 19-12-1996 (EU), 20-12-1996 (JP)
Género: 2D Fighting
Modos de jogo: Modo arcade para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores
Media: Cartucho de 32-megabit com chip gráfico S-DD1
Outros nomes: Street Fighter Zero 2 (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Jogos de porrada acabam-se vezes sem conta. Este é um deles.

(Após uns dois dias sem escrever eis o meu regresso à linha da frente pronto para mais uma brilhante análise crítico-retrospectiva. Isto não soa bem nem faz sentido nenhum mas adiante...)

Caixas em Alemão, adoro-as... NOT!
Porrada! A malta gosta de ver e dar mas nunca de levar. Como é óbvio, ninguém gosta de levar mas tem de haver sempre alguém que sofre. Neste mundo dos jogos de luta 2D, houveram sempre os que são "batidos" e os que "levam na boca". Apesar de parecer que são ambos a mesma coisa, não são. Os batidos, são os que percebem da coisa, os que dominam cada um dos botões e sabem os golpes/combinações todas de cor. Os que levam na boca, penso que não preciso de exemplificar. Este "ecossistema" não poderia existir de outra forma. Agora, historicamente falando, este Street Fighter Alpha 2 aterrou na minha colecção de uma forma muito curiosa. Estávamos para aí em 1997 e eu tinha um contacto secreto que trabalhava na Concentra (a distribuidora da Ninty em Portugal, nessa época). Esse contacto por sua vez, arranjava algum material a preço de amigo. Como a N64 tinha acabado de sair, a procura era bastante e por cada uma vendida, para além de um desconto em qualquer coisa que comprasse recebia ainda um joguito à borla. Este foi um deles.


As coisas do costume.
Street Fighter Alpha 2, quem não conhece este jogo não tem direito à palavra no meio "videojoguístico". É verdade! É um jogo famosíssimo, tanto nas arcadas como nas consolas caseiras. Teve direito a diversas conversões para os mais variados sistemas, umas boas, outras menos boas, mas todas com a essência que o tornou famoso. Não é preciso grandes apresentações quando se mete Street Fighter ao barulho, portanto, vamos seguir em frente.

Folheto promocional, SNES side.
A versão de Super Nintendo deste clássico destaca-se por vários motivos. O primeiro é que a princípio ninguém queria acreditar que um jogo tão "potente" fosse capaz de correr numa consola de 16-bit. Mas a verdade está à mostra, corre e consegue fazer quase o mesmo que os seus irmãos mais velhos. Eu digo "quase" porque foi feito muito trabalho de casa para que tudo isto fosse possível. Começando logo pela parte gráfica, a Capcom conseguiu esta proeza através do chip gráfico S-DD1, que se limita a descomprimir o grafismo para que seja possível caber tudo dentro de um cartucho com muitas limitações. O resultado é que apesar de estar fiel à versão de arcada, o tamanho dos sprites das personagens foram reduzidos (estando mais ou menos com as dimensões que vimos em Street Fighter II). Por outro lado, é um dos poucos jogos em cartucho que tem tempos de loading... SIM É VERDADE! Não diz "Now Loading" mas mesmo antes de cada combate começar, mal ouvimos o "Fight!", o jogo pára por uns segundos. Queriam SFA2 na SNES? Aqui o têm. Funciona, não funciona? Pelo menos eu não me queixei.

Folheto promocional, Game Boy side.
Sonoramente também sofreu, como era de calcular. O som e a música, correspondem ao original mas soa tudo mais "abafado" do que devia. Eu penso que isto era mal geral de tudo quanto era jogo que era convertido de sistemas superiores pois a SNES tem uma boa componente de áudio (Sony btw :P) e 90% dos jogos têm bandas sonoras fabulosas. Contudo, Street Fighter's e Mortal Kombat's, por exemplo, sofriam deste "mal", talvez por serem conversões, suponho eu. Mas na minha opinião, não era algo negativo, muito menos se nunca tivessem jogado as versões originais pois aí nem iriam notar a diferença. O que interessa é que o jogo cumpria as suas funções neste campo e isso é suficiente.

O massudo defende o ha-do-ken.
Na jogabilidade nada se perdeu, antes pelo contrário. Street Fighter Alpha 2, na SNES, consegue manter o mesmo nível de qualidade que apresenta nas outras versões superiores. Seis botões são suficientes para se fazer um trabalho bem feito e a velocidade de jogo, felizmente adaptável, está toda lá. A única coisa pela qual peca é que só existe uma personagem secreta jogável, a Chun Li "clássica". E nem consideraria isto uma personagem extra pois muda o fato e pouco mais. O Shin Akuma apesar de estar presente, não dá para seleccionar, apenas podemos lutar contra ele mediante determinadas condições (acabar o jogo sem perder nenhum round e com 5 ou mais perfects). Fora isso, temos 18 lutadores, cada um com o seu cenário correspondente e ainda dois cenários secretos, os da Dramatic Battle. Por sua vez, esta opção também foi deixada de fora (malditas limitações técnicas).

Estão cá todos, todos!
Em suma, Street Fighter Alpha 2 na SNES foi uma proeza técnica e sem dúvida uma boa surpresa. Na época em que saiu rivalizava com as versões de PlayStation e Saturn mas nem por isso deixava de ser um bom jogo. Era uma prova que uma consola de 16-bit, quando levada ao extremo conseguia igualar e rivalizar com a concorrência dos 32-bit. Há mais casos assim que irei aqui expor um dia destes. Mas por agora, este é um JOGALHÃO DE FORÇA por se encontrar na minha colecção e por ser um milagre tecnológico, já ultrapassado...

Despeço-me, com amizade. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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