28 de janeiro de 2011

Castlevania: Lament of Innocence

Esta capa é feia!
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami
Produtor: Koji Igarashi
Artista: Ayami Kojima
Compositor: Michiru Yamane
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 21-10-2003 (EUA), 27-11-2003 (JP), 13-02-2004 (EU), 20-02-2004 (AUS)
Género(s): Acção, Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (124KB mínimo), Compatível com comando analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o duas vezes e chega.

(Já repararam que o visual do blog mudou substancialmente? Obviamente que sim, até porque se nota bem! Chegamos assim à v3, muda o logo mas tudo o resto continua igual.)

Autocolantes pequenos...
3D or not 3D, that is the question. Em tempos passados, o 3D era coisa do futuro. Os jogos moviam-se em 2 dimensões apenas e mais nada. Não existiam polígonos, apenas sprites e pixeis. E era assim que funcionavam, sendo que ainda hoje muitos funcionam da mesma maneira. Mas o avanço da tecnologia faz com que as coisas evoluam, mesmo que contra a nossa vontade. Claro que, a passagem do 2D para o 3D sempre gerou expectativa, exaltação e polémica. Em alguns casos fez furor, sucesso até, mas noutros provocou reacções opostas. E na saga Castlevania? Já lá vamos... :) Este jogo entrou para a minha colecção, algures em 2004, creio que no Natal ou assim. Sei que foi presente da minha irmã mais nova mas datas em concreto não me recordo.


Papelada, manual e DVD.
Castlevania: Lament of Innocence é a 3ª tentativa de trazer o universo de uma das sagas mais adoradas dos videojogos para a 3ª dimensão. As duas primeiras não tiveram muito êxito, devido a diversos factores e condicionantes mas esta foi a aposta forte da Konami neste terreno. E que consola melhor senão a PlayStation 2 para o fazer? Tinha o hardware e o público desejados, nada podia correr mal. Contudo, não foi tudo um mar de rosas. A história deste jogo centra-se em Leon Belmont, o primeiro Belmont da linhagem a enfrentar as forças das trevas. Mathias Cronqvist, amigo de longa data, alerta-o para o facto da sua amada Sara ser prisioneira de um vampiro, Walter Berhard. Leon inicia assim a sua jornada até ao castelo, conhecendo pelo caminho Rinaldo Gandolfi, um alquimista que o vai ajudar na sua demanda.

Este poster devia ser a capa!
Lament of Innocence perdeu este subtítulo no seu lançamento europeu (e japonês) não sei bem porque razão mas talvez porque como a história é o inicio de tudo, alguém achou por bem que se chamasse apenas Castlevania, iniciando uma confusão sem precedentes. De qualquer modo, aqui e para mim terá sempre o subtítulo. Sendo o primeiro jogo da saga a chegar à PlayStation 2, esta sua chegada era aguardada com alguma expectativa relativamente a todos os aspectos. Na parte visual não desagradou, apesar de ser a 3D, o grafismo é bonito e transmite um ambiente sombrio e claustrofóbico, típico da saga. Os modelos das personagens estão bem animados, bastante detalhados e creio que isso é suficiente para agradar. Em termos de cenários, é neste ponto que o jogo tende a ser um bocado monótono. Ainda que haja uma relativa variedade de ambientes, estes começam por se repetir e o layout dos níveis parece quase sempre igual. A dada altura damos por nós a percorrer corredores enormes, vazios e sem nada para fazer ou explorar, algo que não acontece nos antigos jogos que apostaram no 2D.

Medusa, um dos residentes do castelo.
No departamento musical e sonoro, é um misto de sentimentos. Se por um lado a composição musical é excelente, oferecendo uma sonoridade variada desde piano a rock, um pouco por todas as áreas do jogo, já os efeitos e o voice acting são, no mínimo, desapontantes. Em jogos da saga, como por exemplo Symphony of the Night e até mesmo os de GBA, era raro o inimigo que não fizesse qualquer espécie de barulho ou até mesmo proferisse uma frase qualquer em inglês ou japonês. Neste jogo os inimigos devem ter feito um voto de silêncio pois raramente nada dizem, nem um pio. Por outro lado o voice acting é manhoso, especialmente porque é em inglês, com diálogos estranhos e por vezes forçados. A versão japonesa neste aspecto deve ser melhor, penso eu.

Uma passeata pelo castelo.
Em termos jogáveis, Lament of Innocence mantém o padrão de jogabilidade ao qual a Konami nos habituou. É fácil de aprender e a acção é suficientemente fluída para que tudo se desenrole sem solavancos. O grande problema é que ao contrário de outros jogos, existem poucos itens e power-ups para irmos apanhando. O que aqui se tentou foi um misto de jogabilidade clássica com a mecânica dos jogos da "Linha Symphony of the Night" que, a meu ver, não resultou como se esperava. Ainda que existam vários chicotes à disposição, a diferença entre usar uns ou outros é quase imperceptível, sendo que alguns nem sequer os vão achar pois fazem parte de áreas secretas, com bosses igualmente secretos. Por outro lado, a falta de itens, ter de usar estes mesmos itens sem recorrer ao menu (isto durante uma batalha é meio caminho andado para morrer), os ângulos de câmara complicados e a pouca variedade de inimigos mancha também este jogo pois o fã da saga que lhe pegue vai notar uma diferença brutal neste campo e torcer o nariz. Como se isso não bastasse, a já referida monotonia que se sente nos níveis pode arruinar por completo a experiência para os jogadores menos pacientes, ou que não sejam fãs de Castlevania. Claro que o jogo tem várias coisas para oferecer, incluindo um boss secreto gigantesco que é provavelmente a melhor coisa deste jogo (juntamente com todos os outros bosses) e duas personagens extra para jogarem uma nova partida, se acabarem a anterior mediante determinadas condições.

Uh! Que medo...
Em suma, Castlevania: Lament of Innocence foi uma desilusão no geral. Por um lado por ser 3D, por outro por oferecer um jogo vazio, desprovido de áreas povoadas de inimigos ou itens e claro por pouco apelar e incitar à exploração. Contudo não é um mau jogo, longe disso mas é daqueles que só recomendo a um verdadeiro fã de Castlevania. Para novatos, há bem melhor! :) Mas é um JOGALHÃO DE FORÇA, não importam os defeitos.

PS3, amanhã, em força!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. Tanto este como o outro Castelo de Vânia para a PS2, apesar dos seus defeitos são jogos que irei definitivamente comprar mais tarde ou mais cedo. Bom texto!

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