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The name's Craig... Daniel Craig! |
Desenvolvido por: Eurocom
Publicado por: Activision
Argumentista: Bruce Feirstein
Compositor(es): David Arnold, Kevin Kiner
Motor Gráfico: Enhanced IW Engine
Plataforma: Nintendo Wii
Lançamento: 02-11-2010 (EUA), 05-11-2010 (EU)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Multiplayer local (2-4 jogadores) e online (2-8 jogadores)
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii, Suporta os modos 50Hz/60Hz, Compatível com EDTV/HDTV, Suporta o Classic Controller (Normal e Pro), Wii Remote + Nunchuk, GameCube Controller e Wii Zapper.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o só uma vez ainda. Talvez o tente passar novamente de futuro pois não achei muita piada ao último nível.
(Perco-me por edições especiais, é um facto mais do que comprovado. Se fosse rico comprava-as todas mesmo que só tivessem uma folha diferente no manual de instruções.)
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Não creio que aquilo seja verdade. |
Remake. Um palavrão que há uns bons anos atrás nada nos dizia mas que hoje aparece em todo o lado, até no mais simples produto de higiene diária. Sim, é verdade. E como a palavra sugere, é refazer algo que já foi feito anteriormente, conferindo-lhe uma nova perspectiva, uma nova visão mas mantendo a raiz da ideia original. Alguns resultam bem, outros menos bem e há aqueles que não resultam. Existe sempre um misto de opiniões pois há quem goste de remakes, crendo que trazem sempre algo de novo a uma boa história e há quem os deteste pois acabam por deturpar a visão do autor original. A meu ver, se as coisas forem bem feitas, os remakes são sempre bem-vindos. Este em particular entrou na minha colecção no Natal de 2010 e foi um presente da minha mãe que tanto ajudou a cultivar este hobby. De referir que se trata da Collector's Edition, que traz um Classic Controller Pro em dourado.
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Folhetos, manual e disco. |
GoldenEye 007 é um remake, também jocosamente apelidado de "Wiimake", do clássico da Nintendo 64 que tanta tinta fez correr por esse mundo fora, para além das muitas horas perdidas no excelente multiplayer que ainda hoje é bem capaz de reunir velhos amigos em frente da televisão. E como remake que é, muitas alterações foram feitas, nomeadamente ao argumento, para se adaptar aos tempos modernos e ao ano em que se desenrola a acção: 2010. Como já devem ter calculado, Pierce Brosnan deu lugar a Daniel Craig (para desgosto de muitos), todos os gadgets da tanga deram lugar a armas convencionais e a tecnologia mais credível e claro, o próprio Bond deixou de ser um tipo pintas com jeito para armar confusão contra tudo e todos para dar lugar a um Bond mais discreto, que prefere entrar sem ser detectado e usar força bruta mas silenciosa ao invés de correr de metralhadora em riste a fazer um escabeche desgraçado. Ah, esqueci-me de referir a história... essa continua praticamente igual à do jogo original/filme, com algumas alterações de localização (por exemplo, Barcelona, Dubai e Nigéria fazem agora parte do plano) e claro, algumas alterações no background e motivações das próprias personagens.
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Zee Golden Controller! |
Como qualquer remake que se preze, a parte gráfica foi alvo de atenção. As melhorias são obviamente notórias, não se trata de um facelift mas sim de um extreme makeover. E este GoldenEye 007 não desaponta neste aspecto, mostrando o que a Wii consegue de melhor num FPS. Personagens detalhadas, ambientes bastante variados e um bom trabalho de iluminação, tendo em consideração as capacidade do hardware. Ainda que existam algumas semelhanças nos níveis iniciais com o jogo antigo, rapidamente deixam de existir nos restantes, dando lugar a um jogo completamente novo e bastante diferente. Ninguém disse que ia ser igual, os fãs e os hypados (grupo de pessoínhas excitadas) é que assim pensaram que fosse...
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Severnaya é um bonito local de férias. |
Uma coisa que adorei neste jogo foi o tema inicial. Já no original (filme), Tina Turner interpretava o tema com garra e conseguia transmitir toda aquela mística inerente a Bond mas com este remake, esse fardo ficou a cargo de Nicole Scherzinger, das antigas Pussycat Dolls. Escusado será dizer que a menina fez um excelente trabalho nesta área, o que, inicialmente, me fez pensar que tinham mantido a versão original, com alguns retoques. Ao longo do jogo, a música desempenha o seu papel de forma harmoniosa e discreta, ou seja, entra nos momentos certos e desaparece quase imperceptivelmente, quando precisamos de ouvir o meio envolvente, não deixando porém de manter o espírito característico desta saga. O voice acting pareceu-me bem durante o jogo inteiro, com pequenas excepções de diálogo entre Bond e Natalya, onde esta nem sempre parecia natural no seu discurso. Fora isso, é convincente. Os sons das armas em geral estão dentro do habitual neste tipo de jogos mas os inimigos, por vezes, soam-me a Helghast saídos de Killzone. Não estou a gozar! São os que usam máscaras e vêm armados até aos dentes, em certos níveis ou quando somos descobertos pelos que andam a patrulhar. Alguém na Eurocom é fã da saga da Guerrilla...
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Bond também tem licença para seduzir. |
Claro que com tanta coisa boa como os "gráfiques" bonitos e som a condizer tinha de acompanhar uma jogabilidade à altura. Mas é aqui que se dá o FAIL. E porquê? Simplesmente porque existem 4, sim QUATRO, tipos de controlo que podem utilizar mas nenhum funciona na perfeição. Note-se que isto é a minha opinião, há quem ache o jogo o máximo mas eu não acho, não neste campo. Mas isso nem é discutível, aqui mando eu! Com o Wii Remote, previa-se que fosse a melhor maneira de controlar o jogo mas revela ser mais frustrante do que aparenta. Até se achar um ponto óptimo de controlo sobre os movimentos da personagem é capaz de se perder algum tempo. Isto para não contar com o controlo sobre o movimento da cabeça, que felizmente, pode ser "preso". Dá um aspecto menos real, é verdade, mas é assim que me habituei e gosto de jogar. Obviamente, podem ligar tudo quanto é ajuda e apoio a este método de controlo mas é o mesmo que o jogo estar em modo de demonstração pois só precisam de carregar no B e andar, o resto é tudo automático. Jogar com o Classic Controller, Normal ou Pro, assemelha-se ao estilo da PS3 ou Xbox360, com as acções atribuídas mais ou menos aos botões habituais. Claro que, para correr não carregam em L3 e para melee attack não carregam em R3 e isso pode fazer uma confusão tremenda à partida. Com hábito até funciona mas perde-se muito em precisão face ao Wii Remote, já para não dizer que perde precisão face a outros FPS com um controlo semelhante. Posso apenas ser eu a ser picuinhas mas não acredito muito nisso. Se optarem pelo comando da GameCube, é parecido ao Classic Controller, com menos um botão mas com vibração e talvez seja a melhor opção para este jogo. Não comento o Wii Zapper porque não o testei, não o tenho nem faço tenção de o ter, a menos que seja uma pechincha, oferta ou doação.
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A famosa cena do WC. |
Em termos de dificuldade, apesar de podermos seleccionar vários modos, esta é progressiva, sem dúvida alguma ao longo do jogo sendo que quanto maior for o nível de dificuldade, mais objectivos têm de ser cumpridos para se progredir. Contudo, no último nível exageraram ao máximo fazendo com que todos os jogadores, sem excepção, se passem da cabeça quando tiverem de proteger a Natalya enquanto esta trata dos computadores. Já no original tinha um nível com este objectivo estapafúrdio, aqui tinham de o colocar novamente só pelo lulz (como se diz nas internetes) ou simplesmente porque os programadores gostam de trollar (outro termo internético) os jogadores. O modo multiplayer não lhe toquei, nem local nem online, simplesmente porque não me puxou para isso. Talvez experimente o local um dia destes mas não espero o divertimento nem a palhaçada do clássico da N64.
Apesar de prometer muito, GoldenEye 007 deu pouco e tornou-se, para mim, na maior desilusão videojoguística de 2010 e provavelmente de todos os tempos. Não é um mau jogo, até gostei da "viagem" mas simplesmente não me surpreendeu nem me deixou a pedir mais, pois esperava algo diferente. Valeu a tentativa e é um JOGALHÃO DE FORÇA por isso.
Em seu último parágrafo eu faço das suas as minhas palavras. Isso foi uma tremenda palhaçada por parte da Activison, Eurocom e Nintendo. Tenho até hoje o N64 e somente o cartucho do Goldeneye. Pena que a tecnologia de led e lcd não me permita ter momentos nostalgicos porque destroem a imagem do N64.
ResponderEliminarAliás, eu acredito que esse jogo foi feito mais para levantar a MGM que está quase falindo do que dar aos fãs um jogo classico que tinha tudo para marca a vida do Wii por muito tempo. Daqui a pouco será mais um console morto no mercado.