23 de abril de 2011

Final Fantasy III

Mais uma versão americana.
Desenvolvido por: Square Enix, Matrix Software
Publicado por: Square Enix
Director: Hiromichi Tanaka
Produtor: Tomoya Asano
Artista: Akihiko Yoshida
Argumentista(s): Yasushi Otake, Michiko Fujisawa, Kazuki Yamanobe, EdgeWorks
Compositor(es): Nobuo Uematsu, Tsuyoshi Sekito, Keiji Kawamori
Plataforma(s): Nintendo DS, iOS
Lançamento: 24-08-2006 (JP), 14-11-2006 (EUA), 04-05-2007 (EU)
Género: Role Playing Game
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Cartão de jogo com 1024Mbit
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão de jogo, Wireless DS Multi-Card Play.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o uma vez com cerca de 30 e muitas horas de jogo.

(E a chuva permanece. Odeio este tempo. >_<)

De facto até agora era mesmo "untold".
Antigamente muitos jogos sofriam de um mal que era não serem localizados. Traduzindo isto para uma linguagem mais acessível a todos, não chegavam ao ocidente e quando chegavam, por norma, não passavam dos Estados Unidos, fazendo com que os Europeus ficassem a chuchar no dedo. E com este problema surgiam várias soluções. Podíamos gastar uma pipa de massa e comprar o jogo importado que necessitava de um adaptador para fazer a conversão NTSC para PAL. No caso de ser um jogo japonês, tínhamos de saber a língua o que era muito pouco provável. A outra solução era recorrer à emulação e esperar que algumas alminhas caridosas traduzissem os jogos para inglês. Felizmente, hoje em dia quase todos os jogos chegam ao ocidente e os que não chegam, não ficam muito caros se os comprarmos online pois em certas consolas não existe restrição de zona. Por outro lado, alguns desses clássicos antigos foram alvo de remakes chegando assim facilmente a todos. O jogo de hoje é um desses, que no passado nem vê-lo mas agora podemos desfrutar da sua história. O meu exemplar chegou à colecção em Agosto de 2007 por cerca de 27 euros tendo sido comprado online. É a versão americana pois na altura não consegui arranjar a europeia a um preço decente...


Manual, cartão de jogo e muito papel.
Final Fantasy III na Nintendo DS foi uma excelente surpresa pois era o único que ainda não tinha visto um lançamento oficial no ocidente, nem sequer na PlayStation que os recebeu praticamente todos. Contudo a Square Enix apostou num remake em vez de uma versão actualizada como acontece com alguns títulos da saga na PSP, conferindo-lhe assim um visual e jogabilidade renovados, bem como um novo gostinho para atrair novos fãs. A história prende-se em torno de um cristal de luz e de quatro órfãos que são atraídos até este mesmo. Conferindo-lhes algum poder, o cristal informa-os que devem partir à aventura de modo a restabelecerem o balanço do mundo ainda que os quatro não saibam bem como interpretar estas sábias palavras mas reconhecendo a sua importância. O resto cabe-nos a nós descobrir.

O cristal ordena, eles obedecem.
Como referi inicialmente, FFIII foi alvo de um extreme makeover no campo visual, sendo agora um jogo a três dimensões, tanto em termos de cenários, ainda que estes sejam apresentados quase sempre numa perspectiva top down, como personagens que têm um look chibi sem no entanto serem demasiado "fofinhos". Diria que na DS se encaixa bem este tipo de grafismo, sem muitas pretensões. Variedade é coisa que não falta em termos de cenários, com um ambiente muito clássico, característico dos FF's desta época. O mapa mundo assemelha-se um pouco ao que vimos em FFVII, por exemplo, com random encounters ocasionais. As personagens apesar de pequenas estão bastante detalhadas e fluídas, apresentando bastante variedade de aparências graças ao sistema de Jobs. Como seria de esperar, foram introduzidas cutscenes em CG, mostrando uma vez mais o belíssimo trabalho da Square nesta área.

Para mostrar que nem só de grafismo vivem os jogadores, a parte musical foi toda supervisionada pelo mestre Nobuo Uematsu sendo que Tsuyoshi Sekito e Keiji Kawamori trataram das composições. O resultado é mais do que bom, com as faixas clássicas, algumas delas agora remixadas e ainda algumas em jeito de bónus, autoria dos The Black Mages, uma banda da qual estes senhores fazem todos parte. Os efeitos sonoros e afins são suficientemente competentes para manterem a acção do jogo em alta, sempre com aquele ambiente típico dos RPGs japoneses.

Chocobos, os cavalos de Final Fantasy.
A jogabilidade de FFIII mantém-se em parte igual à do original mas algumas adições agradáveis foram introduzidas. Ainda que a acção decorra de forma idêntica entre história, exploração e combate, o sistema de Jobs foi refinado e rebalançado para ser mais user friendly. Deixámos de ter o Onion Knight como Job principal para dar lugar ao Freelancer, ainda que o primeiro esteja disponível mas seja a modos que secreto. Inversamente ao original, todos os Jobs têm a sua utilidade ao longo do jogo sem se tornarem obsoletos com o aparecimento de outros tidos como melhores, se bem que o Ninja e o Sage são os melhores na opinião geral. Equipamento, magias, armas e itens diversos continuam a ter um papel mais do que preponderante na acção, sendo possível equipar duas espadas, a título de exemplo numa personagem Warrior, conferindo-lhe ataques com mais combos e consequentemente mais dano. Contudo mudar de Job pode acarretar problemas devido à Job Transition Phase, que consiste numa penalidade que nos baixa as estatísticas das personagens, ainda que isso possa não ser muito grave se o Job actual for parecido ao anterior. A duração oscila entre as zero e a dez batalhas.

Achar screenshots em inglês é mentira.
Novidades exclusivas a esta versão incluem ainda um novo cristal, novos acontecimentos e ainda uma masmorra nova. Com as capacidades Wi-Fi da DS, a Mognet está presente, podendo o jogador trocar informação que se resume a e-mails, com Moogles ou outros jogadores. Mas uma coisa em tudo isto não mudou e isso prende-se com o método de gravação que continua a ser à antiga, mesmo podendo gravar temporariamente dentro das masmorras. No entanto isto nem sempre ajuda e é arcaico. Curiosidades acerca deste título começam logo antes da sua produção tendo sido especulado o seu lançamento na WonderSwan Color, que teve direito a FF e FFII, no Game Boy Advance, na PlayStation e até mesmo na PlayStation 2, até a Nintendo ter "convencido" a Square a lançá-lo na DS, graças ao seu sucesso comercial. Mais tarde um port foi lançado para iOS, estando acessível aos iPod e iPhone.

E Final Fantasy III na DS é isto. Um RPG clássico com visual novo e algumas inovações que o tornam ainda mais divertido. Não é um jogo fácil mas tal como os restantes na série, é para ir evoluindo e avançando lentamente pois assim é melhor. Portanto creio que não há dúvidas, é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã voltamos à pancadaria na SNES. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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