24 de abril de 2011

Mortal Kombat 3

Esta capa suga bananas.
Desenvolvido por: Sculptured Software
Publicado por: Acclaim, Williams Entertainment
Designer(s): Ed Boon, John Tobias
Plataforma(s): Super Nintendo, Mega Drive, Game Boy e todas as que se lembrarem.
Lançamento: 13-10-1995 (EUA), Novembro de 1995 (EU)
Género: 2D Fighting
Modos de jogo: Modo história para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores
Media: Cartucho de 32-megabit
Funcionalidades: Não tem.
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o umas duas vezes, é difícil e frustrante. Mas joguei-o diversas vezes em Vs., como é de calcular.

(A chuva foi-se! :D)

Muito texto em muitas línguas.
Ports, ou conversões, escrevendo em Português corrente, é um termo que estará sempre associado aos videojogos, existindo desde sempre. Muitos dos jogos que jogámos nas nossas consolas eram ports de versões superiores, nomeadamente, das máquinas de arcada onde uma vez por outro gastávamos as nossas moedas. Hoje em dia é mais tradicional ouvir-se falar de ports entre plataformas com características similares, ainda que algumas sejam bastante diferentes em termos de arquitectura. Mas voltando atrás, as comparações com o original eram inevitáveis e as comparações entre outras plataformas mais ainda, sempre com o objectivo de ver qual era a versão caseira superior. Ora o jogo de hoje é um excelente exemplo de um bom port, ainda que a concorrência tivesse recebido um igualmente bom jogo. Não faço puto de ideia como é que este jogo chegou à minha colecção pois não foi comprado, nem emprestado, nem trocado por nada. Apenas apareceu e por cá ficou.


Manual, cartucho e papelada.
Mortal Kombat 3 na SNES é sem dúvida um dos melhores ports de arcada para a 16-bit da Nintendo, mantendo quase todos os pormenores considerando a capacidade e limitações do hardware. Mas o cartucho de 32-megabit servia o seu propósito com rigor. Em termos de história, os jogos de luta não primam por brilhantismos nem tramas complexas, muito antes pelo contrário. Tendo sido derrotado por Liu Kang no torneio do Outworld, em MKII, e consequentemente após todas as outras derrotas, Shao Kahn põe em marcha um plano com cerca de 10 mil anos, onde basicamente pretende ressuscitar a sua rainha Sindel, que morreu muito jovem, com a ajuda de Shang Tsung e os Shadow Priests. Mas ao invés de o levar a cabo no Outworld, decide fazê-lo no reino da Terra, podendo assim quebrar a linha que separa ambos para poder reclamar a sua rainha. Sindel ressuscita, Shao Kahn invade o reino da Terra com os seus exércitos de extermínio e ambos os mundos ficam parcialmente fundidos. Milhares de almas são levadas mas Raiden consegue que algumas sejam poupadas ainda que pouco possa fazer visto não ter poder no Outworld, mais a mais, dada esta situação. Assim começa mais um torneio, desta vez pelo destino da humanidade...

Não é o melhor elenco de sempre...
Sendo um dos diversos ports aos quais o jogo teve direito, MK3 na SNES é uma recriação muito fiel do original, mantendo um aspecto visual quase que idêntico, com apenas umas pequenas modificações. Os cenários 2D estão todos presentes, com imensos pormenores visuais, como por exemplo, papeis a voar na rua mas acima de tudo superiores a qualquer um dos jogos anteriores. Por outro lado, os sprites voltam a apostar num estilo mais realista, inversamente a MKII onde as personagens apesar de digitalizadas a partir dos actores, tinham um certo aspecto animado que a meu ver estava muito bom. Em MK3, voltam a ter o aspecto mais humano mas mantendo todo o detalhe ao qual estamos habituados nesta série. Obviamente os sprites são inferiores aos da versão de arcada mas são igualmente fluidos e retêm praticamente todas as animações.

Sonoramente não sofreu muito com a conversão, coisa que por norma acontece devido à limitação de espaço dos cartuchos mas neste caso, todas as músicas transitaram para a SNES, bem como efeitos sonoros e vozes. Em termos musicais há uma notória mudança de estilo, abandonando aquele estilo oriental que ouvimos nos dois jogos anteriores, dando lugar a algo mais moderno e instrumental. Não é de todo uma boa mudança na minha modesta opinião mas lá nisso todo o jogo sofre desse mal.

Sub-zero arrefece Sonya.
Se jogaram os seus antecessores não terão problemas com MK3, dado que grande parte dos elementos de jogabilidade se mantêm intactos. Foram, contudo, introduzidas algumas novidades como um botão para correr, que se rege por uma barra de corrida, transição vertical entre cenários via uppercut e o sistema de combos, ainda que estes sejam pré-definidos. Isto tudo foi concebido para tornar o jogo mais dinâmico e competitivo mas creio que teve um efeito inverso. A juntar aos Fatalities, Stage Fatalities, Babalities e Friendships, os Animalities deixaram de ser um rumor que começou em MKII para ser tornarem em algo real mas que deixa muito a desejar enquanto golpe de misericórdia. Claro que este MK desiludiu imensa gente por muitos motivos. Um deles prende-se com o elenco, que passou a ter 15 lutadores (sendo Smoke secreto), mas alguns dos mais icónicos ficaram pela estrada, fortalecendo a ira dos fãs. Scorpion, Raiden e Johnny Cage, por exemplo, deixaram de fazer parte do grupo para dar lugar a personagens como Sindel, Sheeva e Striker. Isto deve-se em parte por motivos de história mas não é desculpa pois mais tarde, em revisões e versões actualizadas deste jogo, essas personagens voltaram à ribalta. A estes 15 lutadores, juntam-se ainda os bosses Motaro, um centauro enorme e o pérfido Shao Kahn. Existe ainda um lutador secreto não jogável que pode ser desbloqueado através de um Kombat Kode, outra das novidades deste jogo e que permite fazer diversas alterações no jogo, nomeadamente nos combates. Smoke também é desbloqueado deste modo. Não menos importante é o modo história, dividido em três colunas que se traduzem na dificuldade do jogo. Ainda assim é difícil em qualquer uma delas. Ah, antes que me esqueça, tem sangue, bastante até mas já MKII tinha e como resultou, a Nintendo decidiu manter a fórmula.

Voa porca!
Mortal Kombat 3 revelou-se uma desilusão para os fãs, não só pela história que deixou de fazer muito sentido mas também pela omissão de algumas das personagens mais carismáticas dos títulos anteriores. Não obstante, as novidades na jogabilidade não foram suficientes para colmatar estas falhas. Mas de qualquer forma não deixa de ter marcado uma época e acima de tudo ter proporcionado horas de diversão sendo portanto um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã vamos uma vez mais ao espaço na companhia de uma caçadora muito especial. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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