17 de abril de 2011

Silent Hill: Origins

Uma capa interessante.
Desenvolvido por: Climax Studios
Publicado por: Konami Digital Entertainment
Director: Mark Simmons
Produtor: William Oertel
Designer: Sam Barlow
Argumentista: Sam Barlow
Compositor: Akira Yamaoka
Plataforma(s): PlayStation Portable, PlayStation 2
Lançamento: 06-11-2007 (EUA), 16-11-2007 (EU), 06-12-2007 (JP)
Género: Acção, Survival Horror
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Universal Media Disc (1.5GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Stick (544KB mínimo)
Outros nomes: Silent Hill Zero (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o três vezes para ver os três finais.

(É Domingo, nada a declarar!)

Traseira pouco elaborada.
Com o decorrer dos anos, é natural que algumas sagas se expandam pelos vários sistemas de entretenimento existentes no mercado fazendo com que os verdadeiros fãs e seguidores, se vejam na obrigação de comprar uma máquina nova para poder desfrutar da mais recente aventura. Isto aos olhos de muitas gente é capaz de parecer mal pois é um meio de fazer dinheiro fácil dos pobres inocentes mas no fundo é uma consequência da evolução e uma tentativa de abranger um mercado muito maior. A minha opinião sobre este assunto é e sempre será a mesma pois acho muito bem que assim seja, visto no final de contas, mais tarde ou mais cedo, acabo por comprar uma consola nova para jogar algo que realmente quero. Bom, esta conversa toda serve apenas mas introduzir o jogo de hoje, que faz parte de uma saga não muito grande mas suficientemente famosa e amada pela comunidade. O meu exemplar entrou na colecção a Fevereiro de 2010 por cerca de 9 euros, tendo sido adquirido numa loja online.


Manual, inlay e UMD.
Silent Hill: Origins marca a estreia desta conhecida saga da Konami (conhecida por Kunami à pala dos Gato Fedorento e os seus torneios de PES) na PSP. E a melhor maneira de se estrear foi presentear-nos com uma nova história, dentro da timeline oficial, levando-nos até às mais antigas origens, como o nome sugere. Assim sendo, esta prequela de tudo aquilo que conhecemos tem lugar antes dos eventos do primeiro jogo, onde tomamos as rédeas do destino de Travis Grady (não, este não é o Touchdown de NMH), que decide cortar caminho com o seu camião pela cidade de Silent Hill. Como era de esperar, a dada altura aparece uma miúda no meio da estrada obrigando Travis a dar uma guinada com o veículo. Não contente com o sucedido, decide ir atrás da pequena acabado por entrar em Silent Hill. Tendo perdido o rasto da miúda, Travis depara-se agora com uma casa em chamas e uma mulher que escapa do local. Um grito vindo da casa é tudo o que Travis precisa para entrar, dar de caras com um cenário sinistro e um pequeno corpo ainda vivo completamente queimado, trazendo de imediato para fora do local. Após isto desmaia para mais tarde acordar no hospital da cidade. Mas a verdade é que está longe de saber o que o trouxe até ali pois quem entra em Silent Hill, guarda sempre alguma lembrança de lá ter estado...

Graficamente, Origins tem bom aspecto se considerarmos outros jogos da saga, ainda que todos sejam muito semelhantes. O ambiente de tensão foi recriado perfeitamente, mantendo o famoso efeito de grão e dando sempre aquela sensação de vazio mas ao mesmo tempo de que algo está ali ao virar da esquina à nossa espera. Os modelos das personagens e dos inimigos estão muito bons, considerando os limites da portátil da Sony, ainda que hoje em dia hajam jogos que encostem este a um canto. Mas no geral são agradáveis e os cenários suficientemente convincentes, sem apostarem muito no detalhe ou na variedade, ainda que hajam situações onde os cenários são excelentes. Mas no fundo esta saga sempre foi assim, é uma cidade que é sempre igual, com uma ou outra alteração visível, nomeadamente a nível de interiores ou novas localizações. No que concerne a animações não é nada de especial, parecendo até que houve um bocado de desleixo neste campo mas a verdade é que não anda muito longe dos demais jogos da saga.

À martelada tudo se resolve!
Akira Yamaoka volta a mostrar o seu talento contribuindo com excelentes composições sonoras, desde o tema de abertura a todas as músicas que acompanham a acção nos momentos mais críticos. O som e todos os efeitos mostram bem o trabalho deste senhor nesta saga, onde o mais tenebroso dos sons pode muito bem ter sido feito com uma folha de papel amachucada e uma barra de ferro a raspar num bloco de cimento, sendo tudo depois tocado ao contrário. Sim, o senhor Yamaoka tem destas coisas. O voice-acting é mediano, não prima por ser empolgante ou extremamente profissional mas desempenha bem o seu trabalho que é contar a história.

Silent Hill acolhe-nos... pois, pois.
A jogabilidade em Origins poderá deixar um pouco a desejar para quem se habituou demasiado aos jogos de PS2 e aos seus dois analógicos. Eu não tive problemas, no entanto. Sendo a PSP dotada só de um analógico, controlar uma personagem num ambiente tridimensional onde a câmara não tem ângulos fixos pode revelar-se complicado e neste jogo tem os seus momentos. Contudo, com o auxílio dos botões superiores, facilmente se consegue controlar a câmara enquanto movemos a personagem no sentido pretendido. Em termos de acção, desenrola-se de maneira similar aos outros jogos da saga, podendo Travis utilizar tanto armas brancas como armas de fogo. A grande novidade é que se não tiver nada disto, pode muito bem utilizar os seus punhos para atacar ou qualquer objecto que encontre pelo caminho, desde uma torradeira, a uma televisão. E podemos apanhar quantas quisermos, o inventário parece não ter limite. Irrealista? Sem dúvida mas quem é que se importa com isso? Outra novidade é que foram introduzidos Quick Time Events (QTE) mas só quando somos atacados pelos inimigos, dando-nos assim a oportunidade de sairmos ilesos de um "abraço" forçado. De resto o jogo aposta pouco na exploração ainda que se possa fazer alguma e encontrar itens, usado o mapa para não nos perdermos e a combinação lanterna/rádio para termos os inimigos sempre na nossa mira. A dada altura aparecerá um inimigo com uns ares de Pyramid Head, de Silent Hill 2, para nos manter nervosinhos q.b. mas no fundo mantém-nos mais curiosos ainda.

Esta enfermeira vai aparecer na televisão!
Como é normal, antes de sair houve a sua dose de rumores, tendo esta começado por ser um remake do original, ter a história do filme e até mesmo ser chamado Original Sin, adoptando uma câmara semelhante à de Resident Evil 4. Todas estas hipóteses foram descartadas e algumas rejeitadas pela própria Konami. Para manter o jogo dentro da timeline, a Climax teve de consultar a Team Silent, os criadores originais, de modo a que a história de Origins fizesse sentido. Outras broncas incluem a equipa americana da Climax ter sido substituída por uma equipa inglesa devido ao produto apresentado não ir de encontro à expectativas e apresentando falhas como por exemplo ter apenas três horas de duração, bem como uma demo ter sido publicada na internet, ao qual a Climax afirmou-se não ter sido nem da sua autoria o feito, muito menos da sua responsabilidade. Ah, e os japoneses com a mania de ser diferentes, chamaram-lhe Silent Hill Zero...

E é assim Silent Hill: Origins, um óptimo jogo para se jogar na PSP. Mais tarde lançaram um port para PS2, que irei trazer aqui bem lá mais para a frente. Mas este é que fez a diferença e é portanto um JOGALHÃO DE FORÇA!

Forças paranormais e uma equipa para tratar do caso irá estar aqui amanhã. :)

MURRALHÕES DE FORÇA:
 

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