3 de abril de 2011

Castlevania: Rondo Of Blood

A capa do jogo original.
Desenvolvido por: Konami
Publicado por: Konami
Director(es): Toru Hagihara
Produtor: Yoshiaki Yamada
Compositor(es): Akiropito, Jigokuguruma Nakamura, Sanoppi, Mikio Saito
Plataforma(s): Virtual Console, PC Engine
Lançamento: 22-04-2008 (JP), 15-10-2010 (EUA), 19-10-2010 (EU)
Género: Aventura, Plataformas
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Download na Wii Shop Channel
Funcionalidades: Gravação de progresso na memória interna da Wii
Outros nomes: Akumajō Dracula X: Chi no Rondo (悪魔城ドラキュラX 血の輪廻) que traduzido dá "Devil's Castle Dracula X: Rondo of Blood" (JP)
Estado: Não se aplica.
Condição: Não se aplica.
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, é o Castlevania perfeito.

(Mais um dia cinzento nesta Primavera que teima em não nos dar sol. Mas dará, sabemos que sim.)

Já não é a primeira vez que falo deste jogo aqui no blog. De facto, fazendo ele parte integrante como extra secreto de Dracula X Chronicles na PSP, é natural que o tenha referido na altura que analisei esse jogo mas como a ideia era a análise do remake, não toquei no original. Eis que chega então a altura de meter as mãos na massa, e que bela massa! Este meu exemplar digital chegou-me à consola no próprio dia em que foi disponibilizado na Wii Shop Channel. Creio que gastei 1000 pontos que se traduz em 10 euros. Muito bem gastos por sinal. :)


Puxem o botão de correr!
Castlevania: Rondo of Blood, como é conhecido no ocidente, é mais um dos imensos episódios desta longa saga que desta vez nos conta a história de Richter Belmont, neto de Simon. Os Belmont são conhecidos pela sua secular demanda contra Drácula e mais uma vez, um deles tem de pegar no Vampire Killer (o famoso chicote) e fazer-se à estrada mas não sem um bom motivo. E que melhor motivo do que exterminar o senhor da eterna escuridão? Bom, apesar desse ser bom por si só, parece que o senhor Vlad, decidiu raptar a amada de Richter, uma bela jovem de nome Annette, mais umas quantas raparigas de um vilarejo onde se encontrava também a pequena Maria Renard. Sim, a que aparece em Symphony of the Night, mas aqui ainda era criança. Porquê? Porque este jogo, para todos os efeitos, é a prequela de SOTN... :P

Say hello to my little friend!
A verdade é que até à bastante pouco tempo, a maneira mais fácil de jogar Rondo of Blood era através de meios pouco ortodoxos, ou traduzindo, por emulação. Bastava o melhor emulador de PC Engine (que não vou referir qual é), uma imagem do CD do jogo original bem extraída e um PC minimamente decente. Foi assim que a grande maioria dos fãs originais o jogaram pela primeira vez. Outro método era gastar uma batelada de dinheiro e comprar o sistema para correr o jogo, obviamente acompanhado por um exemplar do jogo. Uma opção considerada por poucos, penso eu de que. Felizmente a PSP recebeu o remake que se fez acompanhar pelo original e em 2010, foi a vez de uma consola Nintendo o receber, na integra sem adaptações de espécie alguma (tal como a versão de PSP).

Arde lacaio dos infernos! ARDEEE!
E quando me refiro "sem adaptações de espécie alguma", estou a incluir todos os aspectos. A começar logo pelo grafismo, imaculado, mantendo o aspecto 16-bit, colorido, detalhado, fluido, numa palavra excelente. Dá gosto ver aqueles sprites em movimento, contrastando com os belíssimos cenários, que por si só são bastante variados e conseguem transmitir tudo aquilo que a saga Castlevania tem de bom. Por outro lado, visto o suporte original ser CD, foi possível abusar de certos efeitos visuais bem como introduzir cutscenes semi-animadas, estilo anime, com uma intro excelente onde vemos um ritual de ressurreição do lorde das trevas, bem como Richter a chegar à aldeia e salvar o dia. Curiosamente, certos eventos no decorrer do jogo, são também eles contados através destas cutscenes. E imaculados também ficaram os menus, que se apresentam tal como o original, em inglês mas com algum texto em japonês; e claro, o ecrã inicial, onde se pode ler o nome original do jogo. Não fazia sentido tocar nisto pois os jogos na Virtual Console são tal e qual os originais.

Anime dos anos 80, dá ares.
Se visualmente é excelente, sonoramente é ainda melhor. Todos aqueles sons característicos da era dos 16-bit da Konami estão aqui, com uma qualidade acima da média e a música é fantástica pois o formato CD permitiu fazer aquilo que a PlayStation viria a fazer mais tarde, ou seja, bandas sonoras impecáveis. E se por um lado temos uma composição sonora de luxo, por outro fomos presenteados com vozes! Sim, as nossas personagens falam, bem como todas as restantes do jogo. O único senão são os diálogos serem em japonês e não estarem legendados mas pessoalmente não me importo nem um pouco, até porque podem procurar a tradução destes na internet e mesmo seguindo o contexto do jogo, percebe-se perfeitamente o que se passa. Na intro do jogo, curiosamente a narração é feita em alemão e legendada em japonês, tal como a versão original.

Richter: Boa noite, sou o decorador de interiores.
Na sua parte jogável, Rondo of Blood é uma maravilha. Inicialmente poderá parecer um pouco rígido mas rapidamente dá lugar a uma jogabilidade precisa e sem grandes percalços. Se jogaram qualquer um dos outros jogos da saga, dentro deste estilo clássico, este jogo não irá desapontar. A meu ver só peca por ter regredido num pequeno pormenor, as direcções em que podemos usar o chicote, que se resumem apenas em frente. É pena, pois devia ter adoptado o sistema de Super Castlevania IV. Mas fora isso, não há nada a apontar. Para além do nosso fiel Vampire Killer, temos ainda as habituais armas secundárias que podemos usar de duas maneiras: normalmente ou através de item crash, sendo assim o seu poder superior. Richter é uma personagem bem ágil quando comparado a outros familiares, podendo executar diversos movimentos como o Back Flip e o Back Step, úteis para sair de situações mais bicudas. No entanto se encontrarem e salvarem Maria Renard, poderão optar por jogar com ela que apesar de ser apenas uma criança, tem movimentos mais rápidos e ágeis, contando também com ataques muito mais fortes e com a ajuda de criaturas representadas na mitologia chinesa para espalhar o terror pelos inimigos. O contra disto tudo é que é muito mais fraca fisicamente e o jogo fica consideravelmente mais fácil.

Isto não é o que parece...
E por falar em fácil, este é um daqueles jogos que não é um walk in the park, pois requer prática, especialmente nos inúmeros bosses espalhados pelos níveis. Estes níveis, têm sempre vários caminhos para se seguir e muitos segredos bem escondidos, que dão sempre origem a dois bosses por nível. Cabe ao jogador que caminho seguir mas o final será sempre o mesmo. Ora isto é um excelente incentivo para se rejogar outra vez e descobrir mais umas quantas coisas. Para manter isto tudo em ordem, para além de um mapa onde os níveis vão aparecendo, podemos gravar o progresso depois de perdermos as vidas todas, sem sermos penalizados por isso pois tem mesmo de ser assim. Podemos começar em qualquer um dos níveis desbloqueados e com qualquer uma das personagens, se já tivermos desbloqueado Maria Renard. O jogo conta ainda com alguns extras como uma jukebox onde podemos ouvir as faixas do jogo bem como um menu chamado technic, onde podemos comprar com o dinheiro que apanhamos pelo jogo fora, clips das batalhas contra todos os bosses, para assim vermos como podemos melhorar o nosso desempenho. Tudo coisas boas! :)

É pequena mas dá conta do recado.
A título de curiosidade, saiu uma versão para SNES que na época era tida como este jogo para a consola da Nintendo. Contudo foi apenas uma versão muito inferior deste título, partilhando apenas alguns elementos nomeadamente gráficos mas mesmo assim, muito alterados, tais como os níveis. Não deixava de ser um jogo visual e sonoramente bonito mas não é dos melhores Castlevania nem tão pouco deixa saudades. Ah, e tem a pior e mais difícil batalha contra Drácula de que há memória...

Posto isto, só me resta dizer uma coisa: façam o favor de o jogar! Se têm uma Wii não há desculpa possível para não gastar 1000 pontinhos nesta obra de arte. E melhor ainda é que é tal e qual o original! Se forem adeptos da Sony, a versão de PSP é mais complicada de achar mas com sorte talvez consigam. Por tudo o que aqui foi escrito, não há dúvidas que este é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Zombies, amanhã, aqui neste espaço! Apareçam mas tragam uma caçadeira... :D

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

4 comentários:

  1. Sou um grande fan de Castlevania. Não me canso de ver aqueles sprites a toda a hora.

    Comecei por jogar o Super Castlevania IV e o Aria of Sorrow e a partir dai não larguei os jogos.

    No entanto ainda me falta jogar este xD. Só espero que o Ritcher seja tão hábil como o Simon no Castlevania IV. Já muito farto de cair em buracos por causa do raio das medusas estou eu...

    Por acaso também já ando há algum tempo a pensar em fazer Retrospectivas no meu blog, em que posso falar de séries inteiras, resumidamente. Estou a pensar em começar com as minhas séries favoritas: Castlevania e Kunio Kun (River City Ransom!).

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    1. Se fosse a ti apostava no Kunio-kun, até porque existem vários jogos, de vários géneros e são completamente desconhecidos do público em geral.

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  2. Rondo of Blood é ótimo, mas tem um porém: é meio fácil...não tem outros níveis de dificuldade no jogo? No mais, dos Castlevanias lineares, esse é o melhor de todos. A versão do SNES é o fraco Vampire Kiss.

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    1. Não, a dificuldade não dá para aumentar (ou diminuir). Porém, a versão de PSP, mais concretamente o remake, tem um boss final bem mais difícil que o da versão original. Na minha opinião, o Vampire's Kiss foi um erro e uma nódoa tremenda na série.

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