13 de abril de 2011

Mortal Kombat

O dragão épico.
Desenvolvido por: Sculptured Software
Publicado por: Acclaim
Designer(s): Ed Boon, John Tobias
Compositor: Dan Forden
Plataforma(s): Super Nintendo, Nintendo Game Boy, Arcade e todas as que se lembrarem.
Lançamento: Algures em 1993
Género: 2D Fighting
Modos de jogo: Modo torneio para um jogador, Modo Vs. para dois jogadores.
Media: Cartucho de 16-megabit
Funcionalidades: Não tem.
Estado: Completo.
Condição: Impecável.
Viciómetro: Acabei-o muitas e muitas vezes, também muita jogatana no modo Vs. com os amigos.

(Sol e calor, I like it!)

Autocolante feio!
1993. Aquele ano em que andava no secundário, a Nintendo estava na moda bem como a Sega e o que o pessoal gostava era dos jogos de porrada para além de andar a fazer patifarias na escola com o pessoal amigo e apalpar as miúdas. Tudo coisas normais dos treze anos, portanto. E como os jogos de porrada estavam também na moda, nada melhor do que jogar contra a malta para ver quem era o mestre na jogatana fosse em que jogo fosse. A única regra é que tinha de ser jogado por todos e claro, de porrada. Street Fighter II apesar de ser um dos jogos de eleição começava a fartar e havia que variar um bocado. Eis que surge nas consolas caseiras um jogo que já tinha revolucionado nas arcadas deixando putos malucos e pais preocupados com a violência gratuita. Este exemplar chegou-me à colecção não sei como, muito sinceramente. Não foi oferecido nem tão pouco comprado mas também não foi por meios alheios. Apenas apareceu.


Mortal Kombat é daqueles jogos que dispensa apresentações seja em que consola for mas mesmo assim e visto que o novo está quase a sair, nada como uma pequena introdução a este clássico. Shang Tsung é um feiticeiro do Outworld que resolve fazer um torneio na Terra para ver quais os guerreiros mais fortes dignos de se baterem contra o actual campeão. Estes terão de lutar entre si até à morte para chegarem ao final. O resto é conversa e como já não é a primeira vez que conto esta história por estas bandas, resume-se e não se fala mais do caso.

Manuais, cartucho e afins.
A versão de SNES foi alvo de diversas criticas, ora positivas, ora negativas e é isso que vou abordar muito sucintamente. Começando como é habitual pela parte gráfica, diria que esta versão é uma das mais fieis à de arcada, mantendo os cenários quase todo o detalhe e os sprites das personagens sendo bastante grandes e pormenorizados. No entanto a animação difere ligeiramente fazendo com que existam algumas pequenas alterações na jogabilidade. Mas é visualmente uma das melhores versões sem dúvida. Claro que este ponto positivo faz-se acompanhar de um negativo que é a falta de sangue em detrimento de uma espécie de "suor" cinzento, que sai das personagens sempre que levam na boca. Já irei tocar nesta ferida mais fundo.

No campo sonoro, MK é excelente tirando óptimo partido do poder da SNES nesta área o que aproxima esta versão do jogo ainda mais da versão de arcada, pois as músicas e os sons estão praticamente iguais com ligeiras alterações. As vozes também foram mantidas na sua grande totalidade, deixando de existir apenas algumas falas mas no geral bem melhor que a versão de Megadrive, em todos os aspectos.

O canastrão de serviço.
Na jogabilidade, a fluidez de movimentos é a ordem do dia. As personagens respondem muito bem os inputs do jogador e conservam todos os seus movimentos. Contudo e como já mencionei acima, as animações são diferentes em alguns casos, face à versão de arcada, o que impossibilita certos tipos de combos. Nada de grave mas podiam ter feito melhor. O jogo apresenta o tradicional modo torneio onde competimos contra personagens controladas pelo computador e um modo Vs. para espancarmos os nossos amigos e familiares.

Este velho é maniento!
E falando em família, vêm ao de cima os pontos negativos desta versão. Em parte devem-se à estúpida política adoptada pela Nintendo nos anos 90 que se prendia com o facto dos jogos terem de ser "Family Friendly", ou seja,, não mostrarem violência gráfica explícita, linguagem grosseira, motivos religiosos, temas de cariz sexual entre outros tantos "tabus". Assim sendo o sangue deixou de existir e os Fatalities foram altamente censurados na sua maioria ainda que possamos ver alguns como o de Scorpion, intactos. Os censurados são no mínimo ridículos e todos se passaram a chamar Finishing Moves. Por outro lado, o famoso Pit Fatality deixou de contar como tal ainda que se possa atirar o adversário da ponte mas no fundo não há corpos em decomposição, nem pendurados nos espinhos e muito menos sangue de espécie alguma. Isto foi um dos principais motivos que levaram muito boa gente a comprar uma Megadrive e um exemplar do jogo para essa consola, pois essa versão tinha um código para "descensurar" o jogo. A versão de SNES, constavam os rumores, também tinha. Mas afinal revelou ser uma valente treta pois a única maneira de ter algo remotamente parecido a sangue era com o famoso Game Genie, um adaptador que permitia a inserção de códigos para fazer batota. Existia um chamado Death Code que alterava a cor da palete do tal "suor" cinzento para vermelho, dando assim a falsa aparência. De resto, os Fatalties, continuavam a ser Finishing Moves, se me permitem a ironia.

No fundo, se a Nintendo não tivesse tomado este tipo de medidas, as vendas podiam ter sido sky rocketing, como dizem os americanos. Mas más políticas conduzem a maus resultados em tudo na vida e eis o resultado. Vá lá que com Mortal Kombat II não fizeram borrada e foi um êxito. Este primeiro não deixa de ser um bom jogo por não ter sangue e é aliás, um dos melhores jogos de luta 2D na SNES. Portanto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Amanhã voltamos ao espaço para mais uma caçada!

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

1 comentário:

  1. A versão SNES é sem dúvida das mais fieis à Arcade a nível gráfico (sendo superada pela versão PC), mas ainda assim prefiro a versão "gore" da consola da Sega. Vá lá que como tu bem dizes, a Nintendo ganhou vergonha na cara e não censurou os restantes.

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