Time Crisis 3

É sempre tempo de crise!

Desenvolvido por: Nextech
Publicado por: Namco
Director: Takashi Satsukawa
Produtor: Hajime Nakatani
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 21-10-2003 (EUA), 31-10-2003 (EU), 10-11-2003 (JP)
Género(s): On Rail Shooter
Modos de jogo: Modo arcade para um ou dois jogadores, Outros modos para um ou dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (215KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração, Compatível com G-Con45, Compatível com G-con 2, Compatível com iLink
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o diversas vezes.

(Fun fact: um polvo é do tamanho de uma pulga quando nasce.)

No fugly stickers!

A Namco sempre foi conhecida por dois motivos: jogos arcade e estar associada desde o início à PlayStation. Estas duas coisas juntas foram um dos factores de sucesso para ambas as marcas, aliando a experiência na matéria ao hardware para a qual depois seria adaptada. Desta união resultaram imensos jogos, alguns bastante bons e que provavelmente toda a gente ainda se recorda, mesmo aqueles que pouco ligam a videojogos mas que de uma forma ou outra, algures no decorrer da sua vida, teve contacto com os mesmos. Das diversas séries produzidas pela Namco, uma das que mais se destacou pela sua inovação foi Time Crisis, um on rail shooter que pegou na fórmula anteriormente popularizada por Virtua Cop e deu-lhe um twist para tornar as coisas mais interessantes. E foram vários os jogos que saíram nesta série mas hoje apresento-vos um na PS2, exemplar este que chegou à colecção algures entre Julho e Agosto de 2018, por 5 euros, tendo sido adquirido numa loja de usados aqui na zona.

Manual, booklet e disco.

Time Crisis 3 marca assim a terceira entrada na saga onde desta vez vamos até uma ilha no mediterrâneo, Astigos, onde está implementada a nação de Lukano. Esta mesma é invadida pela Zangorian Federation, sua vizinha, liderada pelo general Giorgio Zott. Cabe-nos a nós e ao nosso trio de heróis, Alan, Wesley e Alicia, pegar no seu arsenal e dar conta do recado, ao bom velho estilo arcade. É um facto que neste género de jogos, ninguém quer mesmo saber da história mas ainda assim há um esforço por se contar alguma coisa, nem que seja nas custscenes.

É prudente sair da frente!

No departamento visual, Time Crisis 3 está um patamar acima do seu antecessor com um grafismo bastante melhorado um pouco por todo o lado, onde os visuais são coloridos, bastante variados em termos de locais e acima de tudo com uma fluidez impecável no que concerne à acção. Esta mesma corre a 60 frames sem quebras de espécie alguma, fazendo com que o jogo seja realmente um frenesim do início ao final, algo que neste género é fundamental. As animações dos inimigos são também bastante boas assim como todos os pormenores e detalhes visuais que podemos ir apreciando ao longo da nossa jornada.

As coisas estão a aquecer.

Algo que não apreciei assim tanto neste título foi a banda sonora. Embora seja competente e bastante adequa ao jogo em si, com uma sensação de heroísmo ao longo de cada faixa, nenhuma em particular me ficou no ouvido ao contrário de títulos anteriores, em especial o primeiro jogo cuja banda sonora ainda hoje permanece no imaginário de muitos. Existe bastante voice-acting para ser ouvido nas cutscenes embora a qualidade deste não seja nada de fascinante ou merecedor de atenção. Claro, que temos sempre o eterno senhor que diz "Action!" e este jogo sem ele não faria sentido. De resto, os efeitos sonoros cumprem o seu papel sem nada de especial a destacar.

Com este boss é tudo à grande.

A acção em Time Crisis 3 assenta na mesmíssima base dos seus antecessores mas adiciona algumas inovações que a meu ver tornaram o jogo em si ainda melhor, mais dinâmico e acima de tudo mais divertido. A lógica é a mesma de sempre: matar os inimigos, recarregar a arma recorrendo a locais fixos para o efeito e repetir isto até ao final evitando ser atingido. Contudo, agora para além da nossa fiel pistola com munição infinita, contamos ainda com uma submachinegun, uma shotgun e um lança-granadas, que podemos escolher quando nos escondemos e usamos o botão de disparo. Estas três armas têm munição limitada pelo que certos inimigos largam balas extra quando atingidos. Mas o seu poder de fogo é especialmente útil em diversas situações e claro, nos bosses. Por outro lado, é também mais fácil evitar aqueles tiros que nos atingem quase 100% das vezes pois existe um pequeno delay entre o aviso e o tiro em si, sendo mais fácil prever quando corremos risco. Quanto mais vezes jogarmos, mais créditos vamos ganhado até ficarem infinitos. Como seria de esperar, o jogo suporta a duas lightguns da Namco mas infelizmente joguei sempre com o Dualshock2, algo que não é tão mau quanto parece mas torna o jogo mais difícil em certas áreas.

Tanto macaco para atingir!

Para além do modo arcade, Time Crisis 3 alberga ainda outros modos que podemos desbloquear ao indo jogando várias vezes, sendo que um deles é o Rescue Mission, onde jogamos somente com Alicia (que previamente era apenas uma personagem não controlável) e podemos em algumas zonas usar a sua sniper rifle, conferindo assim outra novidade à acção. Por outro lado, este modo é tão grande ou maior que o modo arcade e muito mais difícil, sobretudo se jogarem com comando. Mas isto é algo que aumenta consideravelmente a longevidade de um jogo por si só algo curto. Outro modo é o Crisis Mission, uma série de missões individuais com objectivos específicos para treinar os nossos skills e pontaria, que podemos ir desbloqueando ao jogar o modo arcade diversas vezes.

Time Crisis 3 é sem dúvida um óptimo jogo para aqueles momentos em que não nos apetece jogar nada complexo ou com demasiada história para seguir e ler. É um jogo arcade puro, com uma replayability praticamente infinita e que daqui a 20 anos continuará a ser bom. Podia ser mais longo mas ainda assim isto não é nada que o impeça de ser apreciado e de ser um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um RPG caricato na... SNES Mini!

MURRALHÕES DE FORÇA: