11 de fevereiro de 2019

Capcom VS. SNK 2: Mark of the Millennium 2001

A arte de Shinkiro na capa.
Desenvolvido por: Capcom
Publicado por: Capcom
Director: Hideaki Itsuno
Designer: Hideaki Itsuno
Artista(s): Shinkiro (SNK), Kinu Nishimura (Capcom)
Compositor: Satoshi Ise
Plataforma(s): PlayStation 2, PlayStation Network, Arcade, Dreamcast, Xbox, GameCube
Lançamento: 13-09-2001 (JP), 06-11-2001 (EUA), 30-11-2001 (EU) (PS2)
Género: Fighting
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (110KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração.
Outros nomes: Capcom VS. SNK 2 - EO (GameCube/Xbox)
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o várias vezes com diversas personagens.

(Fun fact: todos os relógios em Pulp Fiction estão parados às 4:20.)

É isso mesmo.
A Capcom é provavelmente das companhias mais antigas ainda no activo e a dar cartas, se bem que por vezes a cometer alguns deslizes no seu percurso. A sua popularidade subiu em grande escala graças ao sucesso alcançado com Street Fighter II, que a colocou no mapa e tornou o género de luta num dos mais apreciados de todos os tempos. Claro que rapidamente a oposição começou a surgir e o nome SNK começou a marcar pontos não só em termos de hardware mas com software a condizer de onde surgiram imensos jogos de luta. A rivalidade era grande mas a Capcom tinha mais terreno assegurado, sobretudo nas consolas caseiras. Inevitavelmente com o aparecimento de crossovers entre universos, eis que surge aquilo com que sempre se sonhou: a Capcom contra a SNK, em jogo. E assim nasceu esta série que junta dois dos gigantes do género para um valente tira-teimas. Este meu exemplar foi adquirido algures entre Janeiro e Fevereiro de 2017, por 14.95€ na Play N' Play.


Manual e disco.
Capcom VS. SNK 2: Mark of the Millennium 2001 marca assim a segunda entrada na série deste crossover com algumas novidades e diferenças face ao primeiro jogo. Se existe alguma história aqui, no manual não há nada que a referencie pelo que tanto quanto sei, é a mesma do costume só que com alianças entre os mauzões e os heróis a fazerem o mesmo, numa disputa para salvar o mundo num torneio onde anda tudo à pancada para ver quem é o mais forte. Sendo um jogo de luta, não necessita de uma trama para se poder desfrutar em toda a sua plenitude.

Muita gente para escolher.
No departamento visual, Capcom VS. SNK 2 é um chamado mixed bag. Por um lado temos um grafismo bastante sólido com cores bem contrastantes, cenários variados com elementos tridimensionais e a acção a correr a 60 frames sem quebras, onde as nossas personagens se batem umas com as outras. Estas são sprites de dimensões consideráveis, bastante bem animados mas com um pequeno senão. A Capcom em vez de redesenhar todas as suas personagens, tal como aconteceu com as da SNK, aproveitou os sprites de jogos antigos para utilizar neste. O resultado é algo estranho que choca um bocado com a estética do jogo. Algumas personagens estão óptimas, outras assim-assim e a Morrigan (claro que tinha de ser esta) parece que saiu de um caixão pois os sprites usados são bastante antigos. Digamos que isto merecia ter tido melhor tratamento, pelo menos com o nível de SNK VS. Capcom, onde a SNK redesenhou tudo.

Até vale à espadada!
Sonoramente temos uma boa selecção de faixas com bastante ritmo e até letra em certas instâncias, que se encaixa perfeitamente na acção e atmosfera do jogo em si. Grande maioria delas opta por uma sonoridade electrónica a tender para o house, o que a meu ver resulta bastante bem. Os efeitos sonoros são muito bons, com imensos a serem utilizados ao longo do jogo e com várias vozes também a terem o seu lugar de destaque, sobretudo o announcer dos combates.

Combate de pitas.
A jogabilidade em Capcom VS. SNK 2 mudou ligeiramente desde o primeiro jogo. Existem diversos modos a experimentar desde o arcade, vs., survival, training e replay, onde podemos demonstrar os nossos dotes de combate com as 48 personagens que compõem o rol. Estas são oriundas de diversos jogos desde Street Fighter II, King of Fighters, Fatal Fury, Garou Mark of the Wolves, Samurai Showdown, Street Fighter III, Darkstalkers, Rival Schools e até, imagine-se... Final Fight 2! A escolha é bastante variada e atractiva. O sistema de combate é também ligeiramente diferente, podendo agora escolheremos entre 1 ou 3 lutadores para compor a nossa equipa, bem como o sistema de Groove de onde temos C, S, A, N, P e K, sendo que estas são baseadas em certos jogos específicos e outras tantas misturam as coisas em termos de defesa e ataque. Algumas permitem supers estilo Capcom e outras estilo SNK, agradando assim a todos. Isto também modifica a maneira como se controla a personagem pois podemos ter o estilo Capcom com movimento normal e defesa aérea ou o sistema SNK com dash, corrida e guard cancels.

Este cenário é brutal!
Desbloquear as personagens todas requer tempo, jogar várias vezes e paciência no caso de algumas, nomeadamente os bosses de onde constam Shin Akuma e Ultimate Rugal, que por si só são extremamente difíceis de derrotar mas não impossíveis. Algo que gostei de terem mudado foi o esquema de controlo que agora assenta no tradicional 6 buttons da Capcom ao contrário do que acontecia com o primeiro jogo onde eram os 4 buttons da SNK. Confesso que prefiro a Capcom neste campo pois estrategicamente dá-nos mais opções. O jogo teve direito a uma versão posteriormente lançada na GameCube e Xbox com EO (Easy Operation) no nome, onde podemos usar o joystick direito para facilmente executar golpes especiais. É a versão para meninos.

Este tipo é diabólico...
Capcom VS. SNK 2: Mark of the Millennium 2001 é um excelente crossover que devia ter sido mais acarinhado no passado mas também a culpa de viver um bocado à sombra deveu-se a outro dentro do género, Marvel Vs. Capcom 2. Será que futuramente iremos ver um Capcom VS. SNK 3? Provavelmente não e por esse mesmo motivo, devemos desfrutar deste verdadeiro JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um conhecido FPS na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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