Mim forte! |
Publicado por: Capcom
Director: Motohide Eshiro
Produtor: Yoshinori Ono
Designer: Hiroto Nishitani
Argumentista(s): Hiroshi Yamashita, Motohide Eshiro
Compositor: Yoshino Aoki
Plataforma: PlayStation 2
Lançamento: 04-02-2005 (EUA), 08-02-2005 (EUA), 10-03-2005 (JP)
Género(s): Acção, Hack 'n Slash, Stealth
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (166KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.
(Fun fact: no Japão existe Kit Kat de sushi.)
Os autocolantes voaram! |
Continuando a eterna demanda de chafurdar no vasto catálogo de PS2, eis que me deparo com um título ao qual nem sequer prestei atenção na altura em que saiu. Muito por culpa minha, confesso, pois não era grande apreciador de coisas relacionadas com gladiadores e esse foi provavelmente o grande motivo pelo qual deixei passar este jogo. Mas com o passar dos anos, e após ver a série Spartacus, ganhei o gosto pela coisa e lá tive de ir à procura de jogos relacionados com o tema em si. E há alguns bastante interessantes, tal como este que trago até aqui hoje, que foi adquirido durante o mês de Setembro de 2018 por 3.95€ no local do costume, a Play N' Play.
Manual e disco. |
Shadow of Rome é um daqueles jogos que me conseguiu surpreender imenso, coisa que hoje em dia é raro acontecer. Sabendo da sua existência desde que saiu, foi jogo que nada me dizia dada a temática em si mas foi realmente preciso pegar no dito e experimentar tudo o que tinha para oferecer para concluir que é uma hidden gem. A história é uma versão alternativa e bastante fictícia do assassinato de Júlio César, onde o pai de Agrippa, o nosso herói, é acusado desse crime enquanto o filho combatia contra os exércitos germânicos. Sabendo das notícias, Agrippa apressa-se a chegar a Roma onde é confrontado com tal cenário e vai ter agora de combater na arena para revelar toda a verdade, contando com a ajuda do seu fiel amigo Octavianus, que age nas sombras.
Attention whore... |
Sendo um jogo lançado já numa fase avançada do ciclo de vida da PS2, Shadow of Rome conta com uns visuais bastante bons, onde embora grande parte da acção decorra quase sempre nos mesmos locais, a variedade destes é suficientemente grande para se manter fresca e interessante, com muita coisa para ser apreciada. Os cenários tendem a ser vastos com alguma, ainda que pouca, exploração a fazer e coisas para interagirmos. As arenas também têm a sua dose de variedade pois nem todas são iguais, com algumas a oferecerem armadilhas e outras engenhocas para manter a acção a rodos. Certas zonas optam por nos deixar explorar os interiores de certos edifícios e outros locais de interesse. As personagens são bastante detalhadas, com boas animações sendo que alguns dos inimigos são bem grandinhos quando comparados com os nossos heróis. A performance do jogo é também muito boa, tentando alcançar os 60 frames durante a maioria do tempo.
Vale tudo! |
No campo audível, Shadow of Rome é excelente. A banda sonora mantém o espírito e ambiente que caracterizam este período da história, com temas adequados a cada momento da acção, seja nas partes de combate intenso ou nas zonas onde o stealth é necessário, conferindo uma atmosfera de mistério. Por outro lado, os efeitos sonoros são igualmente excelente, com uma panóplia vasta de sons de combate, gritos, grunhidos e a euforia do público que puxa por nós quando estamos a ter uma boa prestação. Neste aspecto diria que este jogo é brilhante. O voice-acting também marca pontos por ser bastante bom, com diálogos interessantes e muito para se ouvir.
Por vezes fazem-nos perguntas... |
Shadow of Rome combina diversos tipos de jogabilidade e mecânicas mantendo assim o seu todo bastante interessante e nada aborrecido. Os combates são sempre bastante intensos e viscerais, onde o controlo de Agrippa é bastante fácil e intuitivo, podendo este usar os seus punhos ou simplesmente pegar em qualquer arma ou escudo que esteja à mão. Durante estas escaramuças, vale literalmente tudo e qualquer arma é sempre bem vinda, tendo cada uma a sua devida utilização e eficácia consoante as situações e inimigos a enfrentar. O jogo chega a ser tão visceral que até podemos usar os braços e pernas dos adversários como armas contra eles. É aqui que entram também os combos que podemos efectuar, com nomes sonantes e que quando bem encadeados resultam na ovação do público que se traduz em Salvos. Quanto melhor a nossa performance, mais Salvos recebemos e estes servem não só para o público nos atirar as melhores e mais raras armas bem como para desbloquearmos equipamento no final de cada combate. Também podemos chamar à atenção do público para que nos atirem coisas mais básicas como itens de cura e afins.
Quieto bichano! |
Mas o combate não se cinge apenas a isto pois certas arenas são verdadeiras armadilhas que podemos usar contra os nossos inimigos, visto que eles farão o mesmo. E nem todos os combates se resume a carnificina pois alguns têm objectivos mais específicos como salvar reféns, destruir certos objectos em equipa com outros gladiadores e até mesmo combatermos contra animais ferozes. Mas Shadow of Rome gosta de inovar e ser variado e oferece-nos assim outras secções de jogo onde controlamos Octavianus, um jovem rapaz que não é perito em combate mas sim em espionagem e política e as partes dele consistem nisso mesmo, infiltra-se à la Solid Snake e assim ir progredindo na história. Não podendo combater, tem de despachar os inimigos de forma não letal e até mesmo usar disfarces para conseguir entrar em certos locais. Isto podia quebrar um pouco o ritmo do jogo mas acreditem que é uma lufada de ar fresco. Por outro lado, ainda temos as corridas de quadrigas, onde o objectivo é, claro está, vencer. Mas podemos fazê-lo de duas formas: ficar em primeiro lugar ou simplesmente aniquilar toda a concorrência na pista. E claro, há bosses para derrotar, alguns bastante bestiais no duplo sentido da palavra.
Este tipo é um fdp! |
Shadow of Rome tem apenas um pequeno problema a meu ver e este prende-se com a câmara, que nem sempre está onde queremos mas sendo esta manual podemos corrigir a sua persistência. Por outro lado e a titulo de curiosidade, este jogo teve vendas muito fracas nos Estados Unidos pelo que a ideia de fazer uma sequela foi por água abaixo. Contudo nem tudo se perdeu pois este jogo deu origem a outra saga, Dead Rising. É verdade, se são fãs dessa podem agradecer a este pequeno grande jogo. E se tiverem jogado ambos vão ver que as semelhanças em termos de mecânica são mais do que muitas mas se tivesse de escolher, preferia que Shadow of Rome tivesse tido sucesso.
Se gostam de gladiadores, de combates violentos, intrigas e jogabilidade sólida, Shadow of Rome é um jogo a terem na colecção. É sem sombra de dúvida uma hidden gem na PS2 e um verdadeiro JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: a sequela de um óptimo jogo, no Game Boy.
MURRALHÕES DE FORÇA:
Eu recordo até hoje o quão impactante foi ver Shadow of Rome pela primeira vez. Um amigo havia comprado o PlayStation 2 e me convidou para vê-lo jogar, e Shadow of Rome foi disparado um dos mais incríveis ao lado do God of War.
ResponderEliminarÉ bacana ver que tu gostou dos trecho em stealth, pois em algumas revistas de games aqui do Brasil esse ponto foi criticado como quebra de ritmo. Eu sou da mesma opinião que você, achei que essa mudança só acrescentou ao game.
Caraa, eu desconhecia que Dead Rising usava da mesma mecânica. Eu fiquei até com vontade de rejogar Shadow of Rome, HAHAHA!
Abraço
Yep, parte da equipa que fez o Dead Rising original veio do Shadow of Rome e isso faz-se notar bastante na mecânica. Quanto a mim, qualquer jogo que apresente variedade na jogabilidade e seja bem implementada ganha sempre pontos.
Eliminar