12 de fevereiro de 2019

Medal of Honor: Frontline

Little man with big gun!
Desenvolvido por: EA Los Angeles
Publicado por: EA Games
Director: Brett Close
Produtor: Scott J. Langteau
Designer(s): Brady Bell, John Castro, Jon Harris, Lynn Henson, Greg Hillegas, Dave Nash, Tony A. Rowe, Stephen Skelton
Artista: Dmitri Ellingson
Compositor: Michael Giacchino
Plataforma(s): PlayStation 2, Xbox, GameCube
Lançamento: 29-05-2002 (EUA), 07-06-2002 (EU) (PS2)
Género: First Person Shooter
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (149KB mínimo), Compatível com controlo analógico: apenas joysticks, Compatível com Função de Vibração.
Estado: Completo
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o duas vezes.

(Fun fact: existe um santo padroeiro para os dentistas.)

É isso mesmo.
O tema da Segunda Guerra Mundial sempre foi alvo de muitas obras de ficção baseadas nos eventos reais, fosse em livros, filmes e como não podia deixar de ser, jogos. E foi precisamente isso que se fez com a saga Medal of Honor, onde se adaptaram alguns dos eventos mais marcantes a um FPS que surgiu ainda no tempo da velhinha PlayStation mas que na altura foi um sucesso estrondoso demonstrando o poder do hardware e o que era possível fazer com o mesmo. Uma geração a seguir voltou-se a repetir a fórmula trazendo agora uma experiência maior e mais realista. Mas será que foi melhor do que a anterior? Já lá vamos. Este exemplar foi adquirido algures entre Julho e Agosto de 2017, por 4.95€ na Play N' Play só para não variar.


Manual, papelito e disco.
Medal of Honor: Frontline foi o primeiro jogo da série a ser lançado na PlayStation 2 e lembro-me que na altura causou grande impressão nas hostes pois era de uma qualidade ímpar e com elevados níveis de produção. E de facto isso é tudo verdade mas não significa que o jogo seja excelente. A história gira em torno do tenente James Steven "Jimmy" Patterson e das suas façanhas em alguns dos momentos mais marcantes como o dia D com o famoso desembarque na Normandia e a Operação Market Garden, um dos poucos falhanços dos aliados na Holanda. Optou-se apenas por se usar uma personagem para vivermos estes eventos ao contrário de outros jogos na série onde jogamos com várias de forma a tornar as coisas mais streamlined e menos confusas.

Está um mau dia para a praia.
No aspecto gráfico, Medal of Honor: Frontline foi de facto um daqueles jogos que mostrava o que era possível fazer com o hardware da PS2 aos mais diversos níveis. Os visuais são bastante bons para a época, com bastante detalhe visual nos cenários e personagens, diversos efeitos visuais e iluminação a condizer e um bom design em termos de níveis. As animações deixam um pouco a desejar considerando a altura em que isto foi lançado e o jogo sofre um bocado em termos de performance pois a frame rate nem sempre é estável e por vezes tem quebras em períodos de mais acção, subindo para valores mais aceitáveis quando não há muita coisa no ecrã. Isto influencia um pouco a experiência que se tem em termos de acção pois por vezes pode atrapalhar a mesma. As cutscenes optam por utilizar imagens e vídeos reais conferindo assim uma excelente atmosfera ao jogo.

Com uma destas, ninguém se mete comigo!
O som em Medal of Honor: Frontline é de uma qualidade irrepreensível. Cada efeito sonoro, sejam os tiros, explosões ou um simples assobio têm uma qualidade incrível e proporcionam um ambiente perfeito e realista, que ainda hoje na minha modesta opinião continua a surtir o mesmo efeito que em 2002. A atenção dada a este campo foi deveras notável e merecedora de atenção da nossa parte. O mesmo se aplica à banda sonora, digna de uma grande produção de Hollywood, com imensas faixas espalhadas ao longo dos níveis, que nos transmitem não só a tensão e atmosfera de estarmos em território inimigo mas também aquela sensação de estarmos a fazer algo que vai mudar o curso da história. O voice-acting é também bastante bom, com boas performances por parte dos actores mas sem ser nada de relevante.

I see zee German runnin'!
Onde Medal of Honor: Frontline se vai abaixo é na parte jogável, mais a mais porque não sobrevive bem ao teste do tempo. Existem diversos esquemas de controlo mas nenhum deles é suficientemente bom a meu ver o que ocasionalmente resulta em momentos de frustração nas cenas mais intensas. E essas por norma são onde o jogo decide escalar a dificuldade sem dar cavaco a ninguém, com inimigos resistentes como tudo e poucos recursos para os eliminar. As missões são bastantes e variadas, com diferentes objectivos a cumprir desde sabotar equipamento ou maquinaria pesada, eliminar certos alvos, roubar documentos, salvar alguém ou espionagem. Isto faz com que o jogo tenha mudanças de ritmo que neste género até são bem vindas. Contudo, numa missão de stealth, basta borregar uma vez para a missão ser um free for all sem hipótese de voltarmos a ficar incógnitos. No final das missões, a nossa performance também é avaliada com medalhas que se traduzem no número de inimigos que despachámos, no tempo que levámos a completar a missão e a vida restante.

Vamos mandar a ponte abaixo.
O jogo foi ainda lançado mais tarde na GameCube e Xbox, versões que deverão à partida ser superiores a esta de PS2 e também na PS3 em HD, versão que já aqui analisei há bastante tempo e que recomendo se nunca tiverem jogado pois o controlo é bem melhor e tem um esquema mais parecido ao dos FPS actuais. Se gostam de uma boa história e variedade na jogabilidade, Medal of Honor: Frontline é um bom jogo mas ficam já a saber que tem a sua quota parte de problemas técnicos que o tornam um pouco frustrante por vezes. Sendo assim, temos aqui mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: continuamos com um FPS do mesmo tom, na PS2.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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