9 de janeiro de 2019

Baldur's Gate: Dark Alliance

Aquele texto em espanhol...
Desenvolvido por: Snowblind Studios
Publicado por: Black Isle Studios
Produtor: Darren Monahan
Designer(s): Chris Avellone, Erza Dreisbach, Ryan Geithman
Artista: John Van Deusen
Compositor(es): Jeremy Soule, Will Loconto
Plataforma(s): PlayStation 2 , Xbox, GameCube
Lançamento: 04-12-2001 (EUA), 14-12-2001 (EU)
Género(s): Role Playing Game, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um ou dois jogadores
Media: DVD-ROM (4.7GB)
Funcionalidades: Gravação de progresso no Memory Card (343KB mínimo), Compatível com controlo analógico: todos os botões, Compatível com Função de Vibração
Estado: Incompleto. Falta o manual e a caixa original
Condição: Boa
Viciómetro: Acabei-o umas três vezes, duas em Normal e uma em Hard mas hei-de de repetir a dose.

(Como não tenho nada de pertinente para comentar, aqui fica um tongue twister: selfish shellfish selfies.)

Ah, pois começou!
A PlayStation 2 é um poço sem fundo. Sempre que penso que atingi o limite, eis que aparece um novo para voltar tudo à estaca zero. É impressionante como em 2019, ainda encontro jogos que me interessam nesta plataforma e que por uma razão qualquer deixei passar na altura em que foram lançados. Ou na volta nem sequer sabia da sua existência. O que vale é que hoje em dia, grande maioria desses jogos são baratos e até comuns, com algumas excepções que provavelmente vão demorar mais a encontrar, seja pela raridade ou mesmo pelo preço. O jogo que vos apresento aqui hoje é algo incomum e não é dos mais baratos (daqueles que andam entre os 2 e 9 euros) mas neste caso concreto não me custou nada. Foi uma oferta do amigo Gonçalo Gonçalves, do St1ka's Retro Corner, no YouTube. Dêem uma espreitadela ao canal pois tem conteúdo bastante interessante. Mas só depois de lerem esta análise!


O solitário disco...
Baldur's Gate: Dark Alliance é mais um capítulo no mundo Forgotten Realms da conhecida saga Dungeons & Dragons, onde desta feita vamos até ao continente de Faerûn, mais concretamente até a Sword Coast e depois às Western Heartlands. A aventura começa mesmo com a chegada dos nossos heróis, Vahn, Adrianna e Kromlech a Baldur's Gate, onde rapidamente após um pequeno contratempo, numa conversa com a menina da taverna, Alyth Elendara, são incumbidos com uma missão: matar ratos na cave. Exacto, controlo de pragas. Mas, claro está, isto é apenas o pretexto para descobrirem que algo mais se passa por aquelas bandas e está prestes a surgir uma aventura maior do que eles próprios.

Toca a mudar de roupa!
Visualmente este Dark Alliance é um dos melhores jogos que me lembro de ver na PS2. O grafismo é excelente, com bastante fluidez nas animações das personagens e inimigos, bom detalhe no geral e uma boa variedade de locais para explorar. Destaco em particular os modelos das personagens, que estão bastante bem conseguidos e pormenorizados, sobretudo no que concerne às meninas cujos atributos foram realçados por algum motivo. Mas é sempre bom ver um jogo de PS2 com este nível de qualidade visual. Outro aspecto que achei interessante foi a física da água e no geral dos líquidos, que se assemelha ao que pudemos ver na geração de consolas a seguir, uma vez que não me recordo de nenhum outro jogo desta era que utilizasse a mesma. O jogo corre também a 60 frames, durante a maioria do tempo, com uma ou outra quebra ocasional.

Burn, motherf*cker, buuuurrrn!
Sonoramente, Dark Alliance conta com um bom elenco no que toca ao voice-acting, onde as performances são todas elas boas, na minha opinião. Nomes como Michael Bell, Jennifer Hale e Cam Clarke (Liquid Snake anyone...?) são mais que conhecidos e injectam vida nas personagens que lhe couberam, tornando assim os diálogos bastante agradáveis de se ouvir. Os efeitos sonoros são aquilo que se espera de um jogo deste género com muita cacofonia de grunhidos, gritos e espadada pelo meio, que nunca se torna cansativa. A banda sonora é igualmente competente na sua função, com temas bastante adequados a toda a acção e que nos conseguem manter imersos neste ambiente medieval e fantástico.

Não há festa sem esqueletos!
Onde Dark Alliance brilha ainda mais, sem dúvida alguma, é na jogabilidade. O controlo da nossa personagem é bastante simples e intuitivo, onde o combate é rápido e até por vezes frenético. Podemos desde logo escolher uma das três classes disponíveis que se adeqúe ao nosso estilo: Dwarven Fighter (Kromlech), Human Archer (Vahn) ou Elven Sorceress (Adrianna). Cada uma tem os seus altos e baixos mas todas elas são divertidas o suficiente para serem experimentadas. Ao combatermos, vamos ganhado experiência que pode ser distribuída pelos nossos atributos e feitiços. A cada quatro níveis atingidos, ganhamos um ponto de habilidade que pode ser distribuído pelos seis atributos base (strength, intelligence, wisdom, dexterity, constitution, charisma).

Daaaamn, girl!
Cada classe tem também o seu estilo de combate e os seus feitiços. Kromlech é força bruta e os seus feitiços servem para fortalecer não só a sua pessoa como os seus ataques. Vahn opta por manter a distância, dando menos dano mas podendo dar efeitos às suas flechas através dos feitiços. Já Adrianna é a feiticeira por excelência tendo acesso aos feitiços mais fortes e devastadores do jogo. Em termos de equipamento, armas e itens, vamos poder comprá-los ao longo do jogo a mercadores que se encontram em locais específicos, sendo que as coisas vão-se aumentando de preço e de qualidade à medida que se progride. Obviamente também podemos encontrar tudo isto espalhado pelos diversos locais e mesmo em treasure chests.

Desculpe, vim a uma consulta de optometria.
Toda a acção decorre numa perspectiva isométrica 3D, que podemos rodar em 360 graus para obtermos o melhor ângulo de visibilidade. Para além da main quest, temos ainda alguns NPC's com side quest opcionais mas que têm de ser completadas dentro do acto em que nos encontremos presentemente. Se tiverem companhia, podem optar pelo multiplayer local onde a cooperação é imperativa pois não podem (ou devem) açambarcar tudo. Passo a explicar, cada inimigo derrotado por um jogador conta 60% da experiência para esse mesmo jogador e 40% para o outro. Mas no caso do ouro, cada drop recolhido conta apenas 100% para quem o recolheu. O jogo conta ainda com vários modos de dificuldade onde temos Easy, Normal, Hard e Extreme. Este último só desbloqueia depois de termos completado The Gauntlet, uma mini masmorra que se desbloqueia ao terminar o jogo em qualquer dificuldade. Nesta jogamos com Drizzt Do'Urden, uma personagem bem peculiar. O modo Extreme é uma espécie de New Game Plus, tendo o jogador de importar uma das suas personagens de um save anterior e ao ser completado, desbloqueia Drizzt Do'Urden para ser usado normalmente.

Baldur's Gate: Dark Alliance é um excelente jogo, não só dentro do género mas também de toda a vasta biblioteca de PS2. Fosse eu adivinhar e já tinha entrado nesta saga há muito mais tempo. Agora resta arranjar a sequela para ver o resto da história, e se possível arranjar um exemplar completo deste, entretanto. Até lá, aqui temos mais um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: vamos até ao Japão para o início de uma excelente saga, na PS4.

MURRALHÕES DE FORÇA: 
 

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