6 de janeiro de 2019

Earth's Dawn

Excelente artwork.
Desenvolvido por: One or Eight
Publicado por: Rising Star games (EU), Maximum Games (EUA)
Plataforma(s): PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, PC
Lançamento: 18-09-2015 (JP), 01-11-2016 (EU/EUA)
Género(s): Acção, Hack 'n Slash
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (1.09GB), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, Funcionalidades de rede, Suporte Remote Play com PSVita
Outros nomes: Earth Wars (JP)
Estado: Completo
Condição: Impecável 
Viciómetro: Acabei-o duas vezes, Normal e Hard. Platina alcançada.

(Está frio... mas pelo menos não chove!)

Autocolantes foleiros...
Actualmente, tanto a PS4 como a Switch têm um catálogo interminável de jogos que só explorando com um bocado de tempo é que se consegue encontrar algo interessante. E o grande problema, ou não, é que se vai achar mais do que um se nos empenharmos com afinco nesta demanda. Sempre que decido vasculhar a lista acabo por encontrar algo que posteriormente adiciono à wishlist, seja ela a física ou a digital (sim, em alguns casos não há lançamento físico). Foi numa dessas incursões que descobri o jogo que vos apresento aqui hoje, sobretudo porque a arte do mesmo me cativou desde logo e creio que seja importante este ponto. Este meu exemplar foi adquirido algures entre Março e Abril de 2017, por €29.90, na Fnac do Almada Fórum.


Papelito e disco.
Earth's Dawn é mais um daqueles jogos que passou ao lado de todos. Não sendo um AAA mas apenas um indie, é normal que assim seja mas no caso deste jogo, tal como tantos outros, a visibilidade foi praticamente nula. Só dei conta do mesmo quando me deparei ao caso com um trailer e reparei que ia ter lançamento físico pois de outra forma se calhar ainda não o tinha descoberto. A história é do mais básico que existe: uma força alienígena denominada E.B.E. invadiu a Terra e quase que dizimou toda a população, consumindo tudo o que se encontrava no seu caminho. Sendo praticamente invencíveis contra meios de guerra convencionais, a humanidade descobriu que usando a tecnologia destes seres, é possível conseguir derrotá-los. Rapidamente se recrutaram os melhores soldados para serem implantados bionicamente e assim dar luta a esta ameaça de modo a reconquistar o planeta.

Este senhor dá ordens.
Comecei por dizer que a arte deste jogo foi um dos chamarizes que me atraiu e de facto não fiquei desapontado. A arte 2D é toda ela desenhada à mão e tem um aspecto incrível, seja a nível de cenários com bastantes pormenores como as personagens, com o seu look super deformed (ou chibi, se preferirem) e claro, os inimigos. Estes são bastante detalhados, sobretudo os bosses, alguns deles imensamente enormes e isto é sempre um ponto positivo. As cutscenes fazem uso da mesma arte e não seria de esperar que fosse de outra forma. Algo que não apreciei foi a animação que me pareceu demasiado rígida e mecânica, dando a sensação que podiam ter feito melhor mas deixaram ficar assim. Num jogo 2D como este esperava ver algo mais fluido e natural tendo em conta a acção.

Prontos para a toscaria.
O som em Earth's Dawn é mediano quanto baste, com muitos dos efeitos sonoros a serem repetidos vezes sem conta mas isso é algo que já seria de esperar. Ainda assim, a banda sonora é composta por diversas faixas que podemos ouvir em determinadas partes do jogo ou durante momentos fulcrais da acção, sendo que o som ambiente toma as rédeas durante o resto do tempo. O voice-acting é todo ele em Japonês, e pode ser ouvido não só durante cutscenes mas também durante as missões, onde algumas das personagens comunicam umas com as outras.

Este tipo é grande mas... há maiores!
Em termos de jogabilidade, Earth's Dawn lembra-me muito Muramasa - The Demon Blade (já aqui analisado) por ser muito parecido mas mais simplificado. Aqui podemos começar por criar uma personagem ao nosso gosto para depois equipá-la com armas, armadura e acessórios. As armas dividem-se entre melee e armas de fogo, onde temos metralhadoras, one e two handed swords, bows e shurikens, cada qual com as suas características e vantagens em combate. O mesmo se aplica às armaduras e acessórios. Ao lutarmos contra os inimigos vamos ganhado experiência que depois nos permite subir de nível, assim como num RPG. Estes também largam imensos itens que posteriormente podemos utilizar para criar novas armas, fazer upgrade às existentes bem como aplicar o mesmo principio ao restante equipamento.

Este boss consegue ser um grande fdp...
Algumas destas só serão possíveis de criar depois de adquirirmos blueprints para o efeito. Não só podemos fazer tudo isto bem como expandir os stats da nossa personagem, conferindo-lhe novos atributos, habilidades activas e passivas, bem como permitir-lhe utilizar determinadas armas. O combate é bastante simples, onde usamos melee para despacharmos as hostilidades e armas de fogo como recurso, de modo a manter a acção variada. Contudo, o sistema de combos é muito limitado quando comparado ao já referido Muramasa. O jogo é compreendido por diversas missões que se separam entre história e side quests. As de história seguem o tradicional caminho de se irem desbloqueando à medida que as completamos mas com uma nuance: sempre que completamos uma, temos de esperar algumas horas pela próxima (horas que não são em tempo real, felizmente), levando-nos assim a optar pelas side quests disponíveis.

Estes tipos são chatinhos em grupos.
Estas mesmas podem ser fetch quests, gauntlets de inimigos ou somente bosses onde a dificuldade é bastante acima da média, pelo que é necessário algum grinding de antemão. Embora tenha achado um jogo fácil, o certo é que algumas missões são bastante difíceis sem o equipamento e preparação adequados, e outras tantas, curiosamente só dão boas recompensas se forem jogadas em Hard. Portanto opções de abordagem não nos faltam e é tudo uma questão de gostarem ou não de repetição. Algo que achei estranho é o facto de termos um esquadrão quase sempre connosco mas em combate simplesmente desaparecem, dando a crer que a dado ponto o jogo teria multiplayer mas cuja ideia foi descartada. Os programadores dizem que é algo meramente cosmético mas isso não me convenceu.

Embora não seja uma hidden gem, Earth's Dawn é um jogo a ter pelo preço certo e creio que agora seja bem mais barato do que quando o comprei. É divertido o suficiente para lhe darem uma oportunidade mas também se torna bastante repetitivo o que pode afastar alguns. Mesmo com tudo isto é um JOGALHÃO DE FORÇA!

Próximo jogo: um exclusivo da Sony, na PS3.

MURRALHÕES DE FORÇA:
 
 

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