Mais uma capa feita por estas bandas... |
Publicado por: Inti Creates Co., Ltd.
Produtor(es): Koji Igarashi , Takuya Aizu
Artista: Yuji Natsume
Compositor(es): Michiru Yamane
Plataforma(s): Nintendo 3DS, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation Vita, PC, XboxOne
Lançamento: 24-05-2018 (EUA/JP), 31-05-2018 (EU)
Género(s): Acção, Plataformas, Aventura
Modos de jogo: Modo história para um jogador
Media: Formato Digital
Funcionalidades: Gravação de progresso no cartão SD
Estado: Não se aplica
Condição: Não se aplica
Viciómetro: Acabei-o muitas vezes, mesmo depois de ter visto os finais todos.
(Fun fact: No Reino Unido, alguns computadores dos 80's não tinham Delete, tinham Rubout!)
Mas feita com muito gosto! |
Castlevania. Uma longa e velha saga, amada pelos fãs, que teve uma vida recheada de jogos bons e outros tantos mauzitos. Mas ultimamente, após aquele reboot por parte da MercurySteam, a saga parece ter morrido de vez embora esteja para sair um jogo mobile que ninguém pediu e muito menos quer. A Konami parece estar decidida a matar as suas séries permanentemente. Mas há quem não se conforme com isso e portanto decidiu criar a sua própria saga, claramente inspirada em Castlevania. Refiro-me a Koji Igarashi, responsável pelas rédeas durante alguns anos e que produziu os melhores jogos da série. Agora, a solo mas com uma boa equipa de gente talentosa, prepara-se para nos trazer o sucessor desta saga. Mas enquanto aguardamos por isso, com muita paciência e alguma cautela pois já se sabe o que esperar de projectos financiados via Kickstarter, a mesma equipa presenteou-nos com um miminho que nos remete para os tempos saudosos dos 8-bit da NES. Este exemplar digital foi adquirido no dia de lançamento, tendo custado 9.90€ na eShop.
Este bichinho é bem grandinho. |
Bloodstained: Curse of the Moon é um verdadeiro tributo ao melhor Castlevania da era 8-bit. É óbvio que me refiro a Simon's Quest! Ok, agora a sério, é mesmo a Castlevania III - Dracula's Curse. O jogo presta tributo aos mais variados níveis, que vamos abordar já de seguida mas antes há que saber qual é a trama. Bom, esta é simples... começamos com Zangetsu, um caçador de demónios que destrói qualquer um que se atravesse no seu caminho e cuja demanda é viajar até ao castelo onde está o maior de todos para pôr termo à sua existência. Pelo caminho vai conhecendo companheiros de aventura, que estão de algum modo ligados aos demónios, pelo que nos cabe a nós decidir o seu destino. E é isto.
O chicote de Miriam é enorme. |
O grafismo de Curse of the Moon parece saído de um cartucho de NES, com todo aquele charme característico dos 8-bit, onde temos sprites coloridos mas com animações limitadas ainda que bastante boas e cenários bastante variados com diversos locais que podemos explorar e apreciar alguns efeitos como parallax scrolling, conferindo assim mais diversidade visual. Curiosamente o jogo não obedece às limitações técnicas da época pois alguns bosses são enormes, enchendo literalmente o ecrã sem ter de recorrer a técnicas antigas como utilizar o background para o boss e o foreground para tudo o resto. Esta versão de 3DS só peca por não fazer uso do modo 3D, algo que neste jogo iria ficar excelente dada a sua natureza 2D.
Zangetsu é um verdadeiro samurai. |
Michiru Yamane ficou a cargo de tratar da banda sonora e o seu trabalho é sem dúvida de louvar pois criou temas brilhantes que nos remetem para a saga na qual este jogo se inspira e proporcionam uma atmosfera perfeita para além de serem altamente memoráveis. Mas isto era de esperar de alguém que tem um profundo conhecimento não só de música mas também de Castlevania uma vez que também trabalhou nesses. Os efeitos sonoros são excelentes e completamente perfeitos em toda a acção ao longo do jogo, com bastante variedade e sem se tornarem irritantes ou repetitivos.
A magia de Alfred é o que o torna útil. |
No que concerne à jogabilidade e mecânica, Curse of the Moon é bastante similar a Dracula's Curse em vários aspectos. A base assenta em diversos níveis, todos eles com branching paths mas que no final nos levam todos ao mesmo objectivo. Contudo, o jogo conta com diversos finais diferentes que dependem das nossas decisões ao longo da aventura. Enquanto Zangetsu, temos a opção de recrutar ou matar as outras personagens quando as conhecemos pela primeira vez. Se as matarmos, absorvemos um poder, se as recrutarmos podemos utilizá-las nos níveis, uma vez que cada uma tem habilidades específicas, podendo assim explorar partes do jogo que não estão acessíveis às outras. Isto aumenta a replayability imensamente pois as opções são mais do que muitas e até podemos mesmo impor-nos desafios como por exemplo acabar o jogo só com usando uma personagem específica.
Este nível é só ouro. |
Cada uma delas tem os seus prós e contras. Zangetsu é um all rounder, com bom ataque, vida q.b. e ataques secundários decentes (um deles é um chicote que só se usa na diagonal). Miriam é uma espécie de Belmont, com um chicote longo e armas secundárias bastante reminiscentes dessa saga mas menos vida. Alfred faz lembrar um pouco Sypha, com magia poderosa, muito pouca vida e um ataque melee patético (ele usa um bastão com pouco alcance). Por fim Gebel, é o Alucard de serviço, usando morcegos para atacar e podendo transformar-se num ele mesmo para chegar a sítios que mais ninguém consegue. Porém a sua vida não é famosa. O controlo é bastante sólido para todas as personagens, podendo a mesmas serem trocada on-the-fly e até mesmo podendo usar alguns truques mais avançados como por exemplo usar uma magia de protecção com Alfred e depois trocar para uma das outras personagens para usufruir do efeito.
Gebel safa-se bastante bem em combate. |
Se decidirmos jogar apenas com Zangetsu, podemos matar os outros e ficar com um dos seus poderes, criando assim uma espécie de Super Zangetsu ou simplesmente podemos ignorá-los e deixá-los vivos, não absorvendo poder nenhum e alterando o final devido à nossa escolha. As batalhas contra os bosses são bastante divertidas, com padrões interessantes de ataque e algumas manhas curiosas que podem abonar a nosso favor. O jogo conta com oito a nove níveis dependendo das decisões tomadas, que têm um tamanho considerável e muito sítio para explorar e apanhar certos power-ups que nos fortalecem permanentemente, seja em vida, ataque ou magia. Após um patch, existe também um Boss Rush Mode para quem aprecia derrotar os mauzões todos de seguida. Existem ainda modos de dificuldade, sendo que um deles torna o jogo demasiado fácil, oferecendo vidas infinitas e quando somos atingidos pelos inimigos não sofremos knockback, o outro é a dificuldade normal e por fim temos o Nightmare que prefiro não spoilar.
Há sempre um boss que dá nas vistas. |
Bloodstained: Curse of the Moon é daqueles jogos que merecem ser jogados, ou melhor ainda, têm simplesmente de ser jogados pois é um verdadeiro e sentido tributo a um dos melhores Castlevania da fórmula antiga com muito conteúdo para algo tão pequeno e simples. Façam um favor a vocês mesmos e à vossa consola/PC e joguem este JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: mais um indie na 3DS.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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