O herói de serviço. |
Publicado por: Sony Interactive Entertainment, Koei Tecmo (JP)
Director(es): Fumihiko Yasuda, Yosuke Hayashi
Artista: Hirohisa Kaneko
Argumentista(s): Kazunori Taguchi, Masahiko Kochi
Compositor: Yugo Kanno
Plataforma: PlayStation 4, PC
Lançamento: 07-02-2017 (EUA), 29-08-02-2017 (EU). 09-02-2017 (JP)
Lançamento: 07-02-2017 (EUA), 29-08-02-2017 (EU). 09-02-2017 (JP)
Género(s): Action Role Playing Game, Souls like
Modos de jogo: Modo história para um jogado, Multiplayer online para dois jogadores
Modos de jogo: Modo história para um jogado, Multiplayer online para dois jogadores
Media: Blu-Ray
Funcionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (46GB Mínimo), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, PS4 Pro Enhanced, Multiplayer online com PS Plus
Estado: CompletoFuncionalidades: Instalação obrigatória no disco rígido (46GB Mínimo), Gravação de progresso no disco rígido, Compatível com função de vibração do DualShock4, HD 720p, 1080i, 1080p, PS4 Pro Enhanced, Multiplayer online com PS Plus
Condição: Impecável
Viciómetro: Acabei-o várias vezes, em diferentes dificuldades com mais de 135 horas de jogo. Platina alcançada.
(Hoje não esteve frio!)
Em Português, bom Português. |
Até há bem pouco tempo, a minha relação com jogos do género souls like não era das melhores pois simplesmente não entendia como se poderia tirar proveito ou divertimento de algo com uma dificuldade tão acentuada. Mas após ter pegado em Bloodborne, com calma, paciência e acima de tudo empenho e perseverança, descobri um género onde a verdadeira dificuldade reside em nós próprios e na nossa capacidade de tomar decisões nas mais variadas situações em que o jogo nos coloca. Os jogos em si não são difíceis, o difícil é fazer as coisas bem ou com uma margem de erro muito pequena e isso sim, tem a sua piada e é altamente recompensador e gratificante quando corre bem. Não querendo ficar apenas por um jogo, lá decidi começar a explorar o género e eis que surge o jogo que apresento aqui hoje. Este exemplar foi-me oferecido pela minha irmã no meu aniversário em Março de 2018.
Papelito e disco. |
Nioh é um jogo que conta com um desenvolvimento atribulado. Tendo começado em 2004, como um projecto multimédia baseado num guião inacabado de Akira Kurosawa, Nioh viu inúmeras revisões ao longo de oito longos anos até a Team Ninja ter ficado encarregue de fazer algo palpável. Lembro-me que a primeira vez que vi algo deste jogo, foi na época da PS3 e aquilo parecia brutal. Mas só com a chegada da PS4 é que as coisas se tornaram de facto reais. A história é vagamente inspirada nos eventos de vida de William Adams, um samurai ocidental e nas suas façanhas pelas terras do sol nascente em pleno período feudal onde tudo se resolvia à lei da espada. Obviamente foram adicionados elementos sobrenaturais para apimentar as coisas e a trama gira em torno de vilões e pactos feitos com demónios com algo mais por detrás.
Onde há fumo há fogo... |
A componente visual de Nioh foi das coisas que mais me atraíram inicialmente pois em termos gráficos, estamos perante um jogo impressionante do ponto de vista técnico mas ainda mais bonito do ponto de vista artístico, com locais variados, cheios daquela atmosfera típica do Japão, com imensos detalhes, não só cénicos mas a nível de personagens, inimigos e sobretudo nas suas animações que são, na minha opinião, soberbas. A fluidez do jogo é um dos pontos altos, dando-nos a escolher várias opções de performance que se podem traduzir em framerate elevada a troco de alguma perda de fidelidade visual ou o inverso, onde se mantém o grafismo ao máximo mas reduz-se a framerate pra metade. Se jogarem na PS4 Pro, podem ter o melhor dos dois mundos mas sinceramente, numa PS4 normal, a correr a 60 frames, não reparei em perda nenhuma que justificasse jogar isto de outra maneira. E sim, a performance é deveras boa sem que tenha notado nenhum solavanco durante toda a duração do jogo.
A primeira bestinha que vamos encontrar. |
Nioh opta por uma banda sonora dinâmica, tal como tantos outros jogos actuais, onde a música se faz sentir nas partes de história, tensão ou com mais acção, como por exemplo nas lutas contra bosses. Esta mesma é composta por diversas faixas com aquela sonoridade característica da época onde decorre a acção, proporcionando um óptimo ambiente. Os efeitos sonoros e som ambiente são excelentes e durante a maioria do tempo são de extrema importância para que o nosso sucesso seja positivo, pois podemos evitar emboscadas e afins se estivermos atentos ao som que nos rodeia. O voice-acting é impecável, com excelentes performances por parte dos actores que oscila entre inglês e japonês consoante os diálogos e personagens.
Há que estar sempre fashion... |
Ainda que possa parecer um clone de Dark Souls mas com samurais, Nioh consegue distanciar-se desse rótulo com bastante mestria e sucesso. Embora a fórmula seja a mesma, com uma base semelhante em muitos aspectos, Nioh opta por uma jogabilidade mais fluída, mais rápida e onde podemos escolher entre diversos estilos de combate, adaptando-se assim a diversos tipos de jogador. Começamos sempre como um samurai mas podemos tornar as coisas mais interessantes ao optarmos por aumentar os nossos skills ninja ou até onmyo, sendo que isto nos permite usar magia tanto ofensiva, como defensiva ou até mesmo para fortalecer armas e afins. Os combates são sempre bastante rápidos e frenéticos, mesmo quando se trata de inimigos pequenos ou gigantescos, onde a margem de erro é muito pequena e qualquer falha pode ser a nossa morte.
I see what you did there... |
Os nossos ataques são variados e o dano que damos e recebemos depende da stance que utilizemos, onde existem três que podemos trocar livremente durante toda a acção. Obviamente, tudo o que fazemos gasta a nossa barra de Ki, seja a atacar, correr, defender ou a desviar de ataques. Mas podemos sempre recuperar algum ao utilizar um movimento de nome Ki Pulse, que com o timing certo nos permite também eliminar o miasma que os demónios largam e que nos gasta o Ki mais rapidamente. O nosso sucesso em combate recompensa-nos com XP que pode ser usada em vários atributos para nos fortalecer. Existem ainda diversos Guardian Spirits que nos permitem fazer um ataque especial quando estão cheios e conferem ainda diversos atributos activos e passivos, podendo estes ser também evoluídos. Se morrermos prematuramente, este espírito fica nesse mesmo local com toda a XP acumulada à espera de ser recolhido. Se a coisa correr mal antes disso, o XP vai à vida e o espírito é-nos devolvido.
Um dos inimigos mais difíceis no jogo. |
A estrutura de Nioh é diferente da de Dark Souls pois aqui temos diversos níveis à nossa disposição, tanto de história como sidequests, que podemos fazer pela ordem que nos de mais jeito e repetir as vezes que quisermos. Alguns níveis opcionais surgem de noite, após a 19 horas, onde a dificuldade escala para níveis impensáveis, com inimigos novos e novas variantes de outros. Mas estes são bastante recompensadores pois o jogo tem um sistema de loot ao estilo de Diablo. Armas e equipamento é deixado pelos inimigos ou encontrado em certas zonas dentro dos níveis e existem imensos para coleccionar e até fazer sets com armaduras e armas específicas, cujos atributos se complementam quando temos o set completo. Este é outro do motivos pelos quais tenho mais de 135 horas de jogo pois encontrar tudo demora o seu tempo. Melhor ainda é o facto de podermos evoluir o equipamento nas dificuldades mais elevadas, que só desbloqueiam depois de se acabar o jogo a primeira vez, e outra delas, só se tivermos o DLC comprado. Mas inicialmente, isto não é possível e apenas podemos encontrar ou forjar equipamento normal. Aqui temos imensas coisas a apanhar, desde armaduras, capacetes, calças, até às armas que vão desde espadas, lanças, machados e afins, sem esquecer as armas de fogo que são consideradas de recurso e com pouca munição.
They see me burning', they hatin'... |
O jogo conta ainda com multiplayer que nos permite jogar com outras pessoas, nomeadamente para nos ajudarem (ou nós ajudarmos) nos níveis mais difíceis. Mas confesso que jogar sozinho foi muito mais divertido. Ainda assim, ao estarmos online, podemos combater contra um inimigo específico que dá pelo nome de Revenant e que não é nada mais, nada menos que outros jogadores que morreram naquela zona onde os encontramos. Antes de os invocarmos, podemos ver o nível deles, equipamento e quem os matou para ter noção do perigo que corremos na zona ou simplesmente se vale a pena combater contra estes fantasma. E sugiro que sim, pois o loot que os Revenants largam consegue até ser melhor que o dos bosses. E por falar em bosses, há muitos, variados e até lutas com dois ao mesmo tempo, que em alguns casos são verdadeiros testes de destreza e paciência mas sempre, sempre divertidos.
O ataque final ao castelo. |
Nioh é sem dúvida um dos meus jogos preferidos na PS4 e um daqueles aos quais tenciono regressar assim que apanhar o season pass em promoção pois o DLC vale mesmo a pena uma vez que expande a história com mais níveis, bosses e algumas surpresas para quem é fã da Team Ninja. E também porque o patch mais recente já o instalou na consola, sendo que é só preciso a licença para o desbloquear. Portanto, joguem esta maravilha e desfrutem deste verdadeiro JOGALHÃO DE FORÇA!
Próximo jogo: um miminho 8-bits enquanto se espera pelo prato principal, na 3DS.
MURRALHÕES DE FORÇA:
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